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quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Viagem ao Sri Lanka


Apesar dos últimos acontecimentos trágicos no Sri Lanka, decidimos arriscar e visitá-lo, pois era um destino já há muito desejado. E o que verificamos é que o país vive com alguns receios mas segue com a sua vida regular.

O nosso roteiro de viagem incluiu os destinos que fazem parte da rota normalmente calcorreada pelos turistas independentes.
Em 19 dias percorremos o Sri Lanka no sentido dos ponteiros do relógio – ou seja, primeiro o Triângulo Cultural (mais a norte) e depois as praias da costa sul.

1. Colombo 

Aterrámos no Aeroporto Internacional Bandaranaike, que fica a mais ou menos 30 km de Colombo e dali fomos para a capital.
Optamos apenas por pernoitar lá, pois regressaríamos no ultimo dia com mais calma para a visitar. 
No dia seguinte, partimos de autocarro com AC para Kandy. Uma viagem alucinante mas sem percalços. Aliás todas as viagens de autocarro foram alucinantes mas sem consequências, por isso a certa altura deixamos de olhar...!!!

2. Kandy
Chegámos a Kandy e abateu-se um diluvio durante o inicio da nossa visita à cidade que foi desmoralizador. Mas rapidamente desvaneceu-se e aproveitamos para visitar o Lago e o complexo de museus, nomeadamente o Museu Internacional do Budismo. 
Ao fim da tarde, entramos no Templo do Dente Sagrado, local de peregrinação por albergar o dente do Buda. Aqui assistimos à cerimónia e vimos os crentes em oração e a entregar as suas oferendas de flores e arroz.

No dia seguinte partimos para norte em direcção a Dambulla, num autocarro com AC porque ninguém aguenta este calor e esta humidade.

3. Dambulla
Ficamos aqui 4 noites e f
izemos de Dambulla a nossa cidade base para visitar o Triângulo Cultural. 

No 1º dia visitamos as magníficas grutas de Dambulla, incluídas na lista de Património da Humanidade do Sri Lanka. As grutas estão situadas dentro de uma enorme rocha e têm no seu interior inúmeras estátuas de Buda e impressionantes frescos no tecto. 

4. Annuradhapura
2º dia e apanhámos um autocarro para visitar a cidade antiga de Annuradhapura. Foi 
a primeira capital do Sri Lanka, fundada há 5000 anos e está classificada como Património da Humanidade pela UNESCO.
Já lá combinamos um preço com um condutor de tuk tuk que nos conduziu pelo complexo.
Durante a visita aos templos tivemos que nos descalçar inúmeras vezes. Algo muito comum na visita a todos os templos neste país, por isso um conselho prático é levar meias, pois por vezes o chão está tão quente que queimamos os pés. 
Contudo, apesar do chão abrasador, durante a visita houve mais um diluvio e acabamos por optar em andar descalças o resto do tempo.  

5. Polonnaruwa
3º dia em Dambulla e apanhamos um autocarro para Polonnaruwa, com o objectivo de conhecer a cidade antiga reconhecida também como Património Mundial Da UNESCO. 
Lá alugámos umas bicicletas e visitamos todo o complexo arqueológico que durou a maior parte do dia. Foi uma visita fascinante onde vimos monumentos e templos milenares. 
Tivemos sorte com o tempo porque apenas chuviscou um pouco, que nem fez mossa.

6. Sigiriya
4º e último dia. Saimos de Dambulla e f
omos de tuk-tuk para Sigiriya. 
Este foi um dia cansativo mas magnífico. Foi sem duvida um dos momentos altos da viagem.

Compramos o bilhete no local. Este não é propriamente barato (30$) mas vale a pena. 

A temperatura estava ideal para caminhar e fizemos a subida de toda a escadaria pela rocha rumo à antiga fortaleza no topo. Reza a teoria mais consensual que o Rei Kashyapa do Sri Lanka mandou construir aqui o seu palácio real, no século 5 A.D.
A subida é esgotante mas vale a pena, pois as ruínas do topo e a paisagem em redor são magnificas!

A seguir à visita a Sigiriya, aproveitamos e subimos ao topo da rocha que tem a melhor vista sobre a fortaleza - Pidurangala Rock. 
Pidurangala é uma formação rochosa impressionante, localizada a pouquíssimos quilómetros de Sigiriya. A primeira parte do trilho é feita através de uma escadaria irregular mas que é fácil. A segunda (e última) parte da subida, é muito exigente. Não há trilho e é preciso escalar rochas graníticas, mas o esforço compensa. Lá em cima, a vista é magnífica. De um lado, a rocha de Sigiriya envolta em selva e em todo o resto, kms e kms de vegetação abundante, de natureza no seu estado puro.  

Da parte da tarde, tivemos outra aventura fascinante. Aceitamos a sugestão e fizemos um safari no Parque Nacional de Minneriya. Fomos de jipe para o parque, as únicas duas no jipe, e ao longo do passeio vimos inúmeras manadas de elefantes andar em liberdade pela imensa planície. Que experiência fantástica!!

7. Kandy
Saímos de Dambulla e regressámos a Kandy de autocarro.
Desta vez, como já conhecíamos a cidade, aproveitamos para relaxar e andar pela cidade sem pressas. E desta vez sem chuva! Fomos conhecer o mercado local e algumas lojas.

O dia seguinte foi dedicado à mais famosa viagem de comboio do Sri Lanka. Apanhámos o comboio em direcção a Nuwara Eliya e fomos em 2ª classe com lugares reservados.
A viagem é conhecida pelas suas paisagens deslumbrantes e são sem duvida alguma. A certa altura na viagem, aparecem belíssimas montanhas verdes com infindáveis plantações de chá. É possível durante a viagem sentarmo-nos na porta do comboio e ver de mais perto a vista fabulosa.

8. Nuwara Eliya
Chegamos a Nuwara Eliya, denominada por Little England, fruto da influência britânica que, ainda hoje, é possível observar na cidade.
Aqui ficámos 2 noites. Durante a nossa estadia na cidade a chuva esteve sempre presente.
Já munidas de um chapéu de chuva fizemos a visita ao Grand Hotel onde fomos tomar o Afternoon Tea, que foi surpreendente.

No 2º dia visitámos o Parque Nacional de Horton Plains onde fizemos uma caminhada de 9 km. A caminhada é relativamente fácil, onde passamos por vários tipos de paisagens. O ponto alto da caminhada é a vista do World´s End e também da cascata de Baker´s Falls. 

Nesse mesmo dia visitámos também as Ramboda Falls e fizemos uma visita a uma fábrica de chá - Blue Field, pois esta região é onde está a maior produção e a melhor qualidade de chá do Sri Lanka. Participamos numa visita guiada para conhecer as instalações e todo o processo de produção de chá. Valeu a pena. No final ainda tivemos direito a uma prova de chá.

No dia seguinte, fizemos a ultima parte da 
famosa viagem de comboio do Sri Lanka, Nuwara Eliya - Ella que apesar de ser de sonho para muitos, para nós diria que foi a viagem pesadelo. 
Para além de o comboio se ter atrasado horas, o dia estava chuvoso e nublado, a meio da viagem tivemos que sair do comboio, no meio de plantações de chá, sem plataforma, o que implicou um salto gigantesco pela vida. Com o dia já a escurecer, sem qualquer luz eléctrica, trocámos para outro comboio, guiadas pelas lanternas dos telemóveis e fizemos o resto da viagem para Ella. Ou seja, nem sequer vislumbramos a paisagem tão idílica que tantos falam. Mas o que interessa é sobreviver!!

9. Ella
Chegámos a Ella já de noite e a chover.

No 1º dia em Ella visitámos o Little Adam’s Peak que é um trilho completamente plano, largo e em terra batida e que corre por entre as plantações de chá. Vale pela vista no topo. Uma vista de 360° sobre as montanhas, plantações de chá e vales de Ella.
De seguida, fomos por um trilho que nos levou à chamada Ponte dos 9 Arcos (Nine Arch Bridges). A certa altura chegámos a um miradouro transformado em tasco. Aí ficamos a tomar um sumo de fruta à espera da passagem do comboio, pois realmente a vista é privilegiada. Depois de muitas fotos e vídeos o comboio passou e descemos até à ponte.
Da ponte fomos a pé para Ella pelo caminho de ferro, a rezar para que o comboio não passasse. E não passou...

No 2º dia fomos visitar Ella Rock, que implicou uma caminhada e subida com algum esforço. O trilho a seguir, praticamente, não está definido o que nos deixou um bocadinho hesitantes, mas acabamos por encontrá-lo, e seguimos até o topo. A vista do topo é novamente feita de verdes colinas e de muito muito verde.
Da parte da tarde começou um dilúvio de proporções quase Bíblicas o que provocou o fecho da estrada por onde queríamos seguir viagem. Desta forma tivemos que alterar os planos e no dia seguinte apanhar um comboio e 2 autocarros públicos que demoraram uma eternidade para chegar a Tangalle.

10. Tangalle
Entre as dezenas e dezenas de praias existentes, escolhemos Tangalle para ficar.
Não tivemos grande sorte com o tempo pois choveu o tempo todo que lá tivemos. 
O alojamento onde ficamos estava situado mesmo em frente à praia, verdadeiramente paradisíaco, o que foi desolador por não haver nem uma nesga de sol para poder dar um pequeno mergulho no mar!!
Aproveitamos o tempo para descansar e relaxar.


11. Mirissa
No dia seguinte fomos de autocarro para Mirissa, conhecida pela praia dos surfistas. Aqui vimos muitos turistas ocidentais. O local respira todo um ambiente muito descontraído.


No 2º dia, o tempo começou a ficar melhor e deu para ir à praia. Aproveitamos o bom tempo e almoçamos 
numa esplanada directamente sobre a praia.

12. Galle 
Partimos para Galle de autocarro. 
Lá ficamos alojadas dentro do forte o que deu para explorar a pé o que a UNESCO classifica como Património da Humanidade. 
Foi em 1505 que Lourenço de Almeida chegou à Taprobana “por mares nunca dantes navegados”e as gentes de Galle, quando dizemos que somos portuguesas vão-nos lembrando destes feitos. A presença portuguesa aqui ainda é recordada.
Andar pelas ruas do forte é um encanto onde vimos casas coloniais, lojas, restaurantes e hotéis com muito bom aspecto e muito charme!!

No dia seguinte já contamos com o sol e passamos o dia na praia de Unawatuna, o que foi incrível. Foi um dia de
dolce far niente, entre mergulhos e deitadas ao sol nas espreguiçadeiras.

No dia seguinte, apanhamos o comboio para Colombo que segue sempre junto à costa tornando-se uma viagem interessante.

13. Colombo 
Regressamos à capital. Durante a tarde aproveitamos para explorar a cidade. Visitamos o templo budista Gangaramaya (que vale a pena a visita), o Beira Lake (“Beira” ainda do tempo dos portugueses) e passeamos pelo Viharamahadevi parque
Depois seguimos para a zona do Forte de Colombo, onde terminamos o dia no Dutch Hospital, que agora é uma zona com lojas e cafés trendy
Regressamos ao hotel e terminamos assim o nosso roteiro pelo Sri Lanka.


Apesar dos problemas de segurança que afectaram o Sri Lanka, o país continua a ser um extraordinário destino de viagem. 
É um país limpo, arrumado, com gente simpática, humilde e hospitaleira, cheio de paisagens maravilhosas, onde o verde domina completamente a paisagem, praias com coqueiros, dignas de postal e templos coloridos. 

É muito fácil deslocarmo-nos pelo país por nossa conta, pois os autocarros são baratíssimos e percorrem todo o país, apesar de demorarem uma eternidade.
Ao longo de toda a viagem cruzamo-nos com turistas de todos os tipos – de mochileiros à chique mulher russa, passando por casais com filhos pequenos e viajantes maduros.
Sri Lanka é sem duvida um destino a conhecer.


segunda-feira, 1 de julho de 2019

Operação Embondeiro - Missão p'ra Vida


No dia 14 de Março, Moçambique foi atingido por um ciclone tropical que devastou a província de Sofala, no centro de país.
Moçambique é um país com graves carências na área da saúde e o ciclone veio agravar essa situação.

Na sequência deste desastre natural, a Cruz Vermelha Portuguesa em parceria com os Médicos do Mundo criou a Operação Embondeiro com o intuito de ajudar as populações da cidade da Beira, com cuidados de saúde, assim como auxiliar nas obras de reconstrução da Maternidade e Centro de Saúde de Macurungo. 

Surge assim a oportunidade de participar nesta missão e quando soube que poderia ir nem sequer hesitei. 
Esta viagem era muito importante para mim, pois fazer voluntariado sempre foi uma coisa que quis fazer.


Quando se parte para este tipo de missões nunca se sabe o que vai se encontrar. É mesmo agarrar o desafio pela vontade de querer ajudar de alguma forma, mas nunca temos noção da realidade que vamos encontrar no momento.

Parti em missão no dia 5 de Junho, juntamente com uma equipa fantástica de 7 elementos, todos diferentes mas todos empenhados em dar o seu melhor. Estivemos cerca de 3 semanas na cidade da Beira. A diferença uniu-nos e gerou um espírito de equipa fantástico.

O nosso local de trabalho era no Centro de Saúde e Maternidade de Macurungo, um dos bairros mais pobres e degradados da cidade. Todos os dias nos deslocávamos para aqui onde prestávamos cuidados de saúde aos utentes em parceria com os profissionais de saúde. Procurávamos ao mesmo tempo realizar algumas formações aos mesmos.

Conheci lugares e pessoas fantásticas. 
Durante a minha estadia vi pobreza, vi coisas menos boas e entristecedoras. Mas vi também crianças felizes a brincar e a sorrir e com elas brinquei, dançei, cantei, abraçei e chorei. 

Vivi imensas emoções fortes mas que valeram muito a pena. Vale a pena sair da nossa zona de conforto habitual e arriscar, para se poder ajudar quem mais precisa.

Participar nesta missão foi uma experiência de vida enorme com a qual aprendi que posso fazer muito, com muito pouco. 

Aprendi também que não precisamos de tanto coisa para viver, pois vivemos rodeados com "coisas a mais" que pensámos que nos fazem felizes!!

Foi também um ponto de viragem no meu íntimo, enquanto ser humano, por ter sentido muito profundamente que dar Amor e Carinho é a coisa mais fácil do Mundo!



“A solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana” 
                                                                             Franz Kafka

quarta-feira, 8 de maio de 2019

Pelas Terras Altas Escocesas


A Escócia, em especial a ilha de Skye, era um destino que, há muito tempo, fazia parte dos paraísos naturais que eu e a minha irmã desejávamos visitar. E por isso tiramos 1 semana de férias para fazê-lo.

A nossa viagem pela Escócia começou em Edimburgo mas a roadtrip em si começou apenas em Glasgow, pois só aí é que alugamos um carro, e acabou em Edimburgo, onde o devolvemos.

Conduzir pela esquerda seria novamente um desafio mas se já o conseguimos uma vez, desta vez iria ser mais fácil.

O roteiro era ambicioso e implicou percorrer muitos km por dia, pois v
isitar a Ilha de Skye e as Highlands escocesas era o principal objectivo. 

Dia 1
✈ voo Lisboa - Edimburgo

Visitar Edimburgo foi uma surpresa contínua!
Ficámos alojadas num hostel muito bem localizado, perto do Castelo e da Royal Mile, o que foi bom porque assim ficamos perto das atracções da cidade e visitámos tudo a pé, poupando assim o dinheiro em transportes.

A Royal Mile é possivelmente uma das ruas mais famosas da Europa e sem qualquer dúvida a rua mais famosa de Edimburgo.

Percorrer as ruas da cidade antiga é um verdadeiro regalo para os olhos. A arquitectura dos edifícios, a forma como estão bem conservados, assim como o equilíbrio de cores e de vida na rua é perfeito. À medida que se percorre as ruas apercebemo-nos que a quantidade de pessoas na rua, nomeadamente de turistas é grande, e em qualquer parte surge o som alegre e vibrante de alguém a tocar gaita de foles.

Existe outra parte da cidade que também vale a pena conhecer a pé. A cidade possui uma enorme oferta cultural com ruas cheias de galerias de arte e várias actividades de rua. Uma das melhores maneiras de absorver e conhecer todo este conteúdo cultural é com uma visita ao museu nacional da Escócia.

O museu é fantástico, para além de ser totalmente gratuito possui um enorme espolio. O museu está dividido em várias áreas de interesse: vida animal, história da Escócia, ciência, arte e cultura. Infelizmente o tempo que tínhamos disponível não nos permitiu ver todas as secções mas as que visitámos foram mesmo muito boas, sobretudo pela interactividade que todas as exposições do museu tem.


Dia 2
🚆 Edimburgo - Glasgow


Fizemos a viagem de comboio para Glasgow, que demorou cerca de 1h.
Apesar de Edimburgo ser a capital, Glasgow é a maior cidade da Escócia.

É uma cidade jovem, cheia de gente e bastante grande. Para a visitar gasta-se bem a sola do sapato! Para os mais preguiçosos a cidade tem metro.
O Centro de Glasgow é cheio de vida, com várias ruas fechadas para pedestres, repletas de artistas de rua. 
Vale a pena visitar a Catedral, a Universidade de Glasgow e terminar o dia a beber um pint na Ashton Lane. 


Dia 3
🚗 Glasgow - Fort William


De Glasgow partimos para as terras altas escocesas, seguindo pela A82, 
considerada uma das estradas mais bonitas da Escócia. Viajámos ao lado de vários lagos, entre os quais o comprido Loch Lommond.

A certa altura chegámos ao majestoso Glencoe Valley e ficamos deslumbradas. As paisagens são lindíssimas, com montanhas, lagos e vales.

Um dos locais mais bonitos do nosso percurso, foi o miradouro The Three Sisters. Este nome deriva do facto de ali se encontrarem três grandes montanhas: A Short Ridge, a Black Ridge e a Long Hill.

A vista neste ponto é simplesmente de tirar a respiração. Ficámos neste local durante algum tempo, não só a tirar fotografias mas sobretudo a desfrutar deste pequeno cantinho escocês verdadeiramente belo.

Já a chegar a Fort William ficamos totalmente impressionadas com a famosa montanha Ben Nevis. Este é o ponto mais alto do Reino Unido com 1344 metros de altitude. Ainda deu para fazermos uma pequena visita à montanha.


Dia 4
🚗 Fort William - Ilha de Skye


Partimos de manhã, em direcção a Mallaig e no caminho passamos pelo Glenfinnen Viaduct. 
Este é um daqueles locais que deixou de ser apenas escocês e passou a ser do Mundo.

Adorámos conhecer este local sobretudo pela beleza do enquadramento do viaduto com as montanhas envolventes. 

Tivemos ainda a sorte de ver passar a locomotiva a vapor, levando a nossa imaginação de imediato para o caminho da escola de Hogwarts, local onde filmaram uma cena do filme Harry Potter. 

Apanhamos o ferry Mallaig-Armadale (ilha de Skye) cuja travessia demorou cerca de 30min.

Chegámos à ilha de Skye ainda de dia e fomos logo visitar Fairy Pools e fizemos o trilho de cerca 
2,4 km.  

De seguida fomos para o longínquo farol de Neist Point, que fica na ponta oeste da ilha. Já não chegamos a tempo do pôr-do-sol e o vento forte e a chuva não nos deixaram apreciar o local correctamente.

Chegamos ao alojamento já bastante tarde. 


Dia 5
🚗 Ilha de Skye - Inverness


Visitamos o resto da ilha de carro com destaque para Quiraing, Old Man of Storr e Portree. Lugares com paisagens inacreditáveis!!

Fizemos algumas caminhadas, nomeadamente a de Fairy Glen, de Quiraing e de Old Man of Storr, apesar de não termos feito as ultimas na totalidade. 

Skye é uma ilha maravilhosa cheia de paisagens incríveis que nos obriga estar sempre a parar.
A paisagem é agreste, muito montanhosa, acastanhada e pedregosa, e o vento sopra sem piedade. A vida na ilha é sem dúvida difícil mas Skye é um lugar magnífico.

Despedimo-nos da ilha e saímos pela Skye Bridge na estrada A87, passando 
pelo Eilean Donan Castle. 

O magnífico castelo fica numa pequena ilha do Loch Luich, unida a terra por uma ponte de pedra. 
Este é um dos locais mais fotografados na Escócia pela sua beleza e cenário romântico. 

Seguimos de carro até Inverness e a certa altura passamos pela margem direita do Loch Ness. O Loch Ness é o segundo maior lago da Escócia. 

Passámos ao lado do lago tendo sempre à nossa esquerda uma encosta com uma floresta densa de abetos gigantes e de grandes carvalhos e à direita o lago que se perde de vista. 
A certa altura deparamo-nos com veados e tal foi a excitação!!

Paramos para apreciar a vista do lago. Não é um local propriamente bonito, pois não se distingue em nada dos outros lagos da Escócia, mas é possível perceber a serenidade natural que este local emana. Só se ouve a água, os pássaros e as nossas vozes.

Chegámos a Beauly, uma localidade relativamente perto de Inverness onde f
icámos alojadas.


Dia 6
🚗 Inverness - Stirling


Antes de irmos para Inverness fizemos um desvio para noroeste para visitar Ullapool. 


Ullapool é uma pequena aldeia piscatória a cerca de 72 km a noroeste de Inverness. Possui um importante porto de pesca, conhecido pela qualidade do seu marisco. A aldeia em si não tem muito para ver mas as paisagens até lá são fantásticas.

De seguida, regressamos a Inverness, a capital das Highlands. Caminhamos um pouco pela cidade, visitamos o seu centro e o castelo, que não é aberto ao publico, mas tem uma vista bonita sobre o rio Ness e sobre a cidade.

Continuamos o nosso roteiro e seguimos em direcção a Stirling, passando pela região das montanhas Cairngorms, onde nos demoramos mais. 


O parque nacional de Cairngorms situa-se no coração das Terras Altas escocesas e é o maior parque nacional da Grã-Bretanha. As paisagens são de tirar o fôlego.

Não fizemos nenhum percurso pedestre, no entanto, encontramos um lago com uma paisagem magnifica onde ficamos a contemplar e a fotografar durante um bom bocado. 


Continuamos caminho até Stirling, passando sempre por estradas secundárias e a passar por dentro de pequenas aldeias com paisagens verdejantes. Fabuloso!!

Chegamos a Stirling já de noite, onde ficamos alojadas.


Dia 7
🚗 Stirling - Edimburgo


Visitamos Stirling, que é uma cidade medieval, cheia de história e com lugares de interesse como o seu castelo e a Igreja Holy Rude.

Visitámos o monumento erigido em honra de Sir William Wallace, o lendário herói da independência retratado por Mel Gibson no filme Braveheart. Vale pela vista sobre a cidade de Stirling.


Saímos da cidade e pusemo-nos a caminho de Edimburgo. Antes de chegar à capital, fizemos um pequeno desvio para visitar a Capela Rosslyn, a mais recente atracção turística da região, muito procurada desde que fora referenciada no livro «O Código Da Vinci», de Dan Brown.  

Diz a lenda que ela foi construída pelos Cavaleiros Templários para proteger o Santo Graal, que, como se diz, está em baixo da rosa. Rosslyn é a linha rosa original, por isso a tal lenda. 

Pois é graças a tudo isto que a capela está transformada numa verdadeira caixa-forte e com isso explorada ao máximo. A entrada é paga e bem paga. Se resolveres não entrar é completamente impossível ter um pequeno vislumbre da capela e do seu exterior, pelos muros altos que a circundam. 
O desvio revelou-se portanto, uma desilusão. 

Continuamos caminho até Edimburgo e desta vez visitámos outra parte da cidade e fomos a Dean Village. 
É uma vila pequena, situada perto do centro da cidade, que fica junto ao rio Leith, e que tem casinhas e cenários encantadores. Ao caminhar pelas ruelas parece que estamos num conto-de-fadas.

Entregamos o carro no aeroporto de Edimburgo e optamos por ficar alojadas perto do aeroporto.


Dia 8
✈ Edimburgo - Lisboa


Partida para Lisboa.

A Escócia não só preencheu todas as expectativas que tinha, como me surpreendeu a cada minuto.

Viajar de carro pela Escócia foi fantástico, pois viajar nas Terras Altas da Escócia e pela Ilha de Skye, é mais do que ir coleccionando lugares, já que o caminho percorrido entre eles é tão ou mais impressionante.


Deparei-me com um país fantástico cheio de história, com um património incrível, com paisagens marcadas pela história e cheias de histórias, um povo orgulhoso dos seus feitos mas sempre simpático e receptivo.

segunda-feira, 11 de março de 2019

Marcha branca no Dia da Mulher



No Dia da Mulher foi convocada uma marcha branca pela enfermagem com o objectivo de mostrar a união da classe.

E acederam ao apelo várias centenas de enfermeiros, falam de cerca de 20 mil enfermeiros, todos vestidos de branco, empunhando um cravo da mesma cor.

Esta marcha ocorre depois de um período de contestação nunca antes feita, que se traduziu em duas greves em blocos operatórios, provocando um braço de ferro com o Governo, em especial com o ministério da saúde, que em resposta decretou uma requisição civil (injustamente) com o objectivo de travar a segunda greve.

E por isso a união foi mais que nunca!!

Pelas 14:30 concentramo-nos no Parque da Bela Vista, em Lisboa, e iniciámos a nossa marcha em direcção ao Hospital de Santa Maria, onde terminou.

Foi um dia memorável. Não há palavras para este dia!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Scott Mathews

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Um homem. Uma guitarra. Uma voz e uma presença única. Foi uma revelação surpreendente e sem duvida um concerto memorável.