"O destino não é coisa que se saiba pelas sinas, nem obra do acaso, nem artes para adivinhos ou leitores de palmas de mão, nem nada que se modifique com caprichos da fatalidade. O destino de cada indivíduo neste mundo está por cima do seu próprio caso pessoal". Almada Negreiros, in "Ensaios"
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segunda-feira, 19 de maio de 2025
Passadiços do Mondego
segunda-feira, 18 de março de 2024
Dois dias em Guimarães
segunda-feira, 19 de junho de 2023
Um Paraíso chamado "Ilhas das Berlengas"
- Circular apenas nos trilhos e respeitar a sinalização,
- Ao circular pela ilha não atirar pedras para o mar,
- Colocar o lixo nos locais apropriados ou levá-lo de volta consigo,
- Não apanhar plantas nem amostras geológicas,
- Manter-se à distância dos animais e não os alimentar.
segunda-feira, 22 de maio de 2023
Trilho da Barca da Amieira

É um dos trilhos mais recentes do país e tem uma extensão de cerca 3,6 km. O trilho é linear, de baixa dificuldade e quase sempre em terreno plano.
Começamos o trilho no Miradouro Transparente do Tejo “Skywalk”, próximo da Barragem do Fratel, onde parte do chão é em vidro, daí o nome de miradouro transparente. A paisagem deste lugar é fantástica. Daqui podemos admirar o Rio Tejo e a imponente Barragem do Fratel.
Ao longo do trilho vai havendo informações sobre a flora e a fauna, ilustrações, postos de observação e distrações como baloiços e uma Ponte Pedonal Suspensa. A ponte suspensa é o local do trilho com mais adrenalina e que por isso tem regras bem definidas que devem ser cumpridas.
De realçar que a maior parte do Trilho da Barca d’Amieira não é feito em passadiços de madeira, mas sim pelo muro de sirga, com vistas impressionantes para o Rio Tejo.
O trilho termina na Amieira do Tejo, onde antigamente havia uma embarcação que fazia a ligação entre a estação ferroviária da Barca d’Amieira – Envendos (Beira Baixa), margem norte do Rio Tejo, e a Amieira do Tejo (Alto Alentejo), margem sul do Rio Tejo. Hoje em dia existe uma embarcação mais moderna que assegura a passagem de motas e carros ligeiros entre os dois cais.
De seguida, visitámos o Castelo da Amieira do Tejo que se encontra muito bem preservado. No interior da torre principal do castelo há um pequeno museu que conta a importância e história deste castelo para a região e para Portugal. Muito interessante!
Já que estamos perto aproveitamos também para visitar a vila de Nisa conhecida pela olaria pedrada, o queijo e o seu artesanato.
Entrámos na Vila pela Porta de Montalvão e percorremos a encantadora Ruinha de Santa Maria, calcetada a barro e mármore em homenagem à olaria pedrada, uma arte centenária candidata a Património Imaterial da Humanidade.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023
Camino de Hierro
domingo, 30 de outubro de 2022
Visita aos Passadiços do Paiva e à Ponte Suspensa
segunda-feira, 6 de junho de 2022
Fim de semana no Porto
quarta-feira, 8 de dezembro de 2021
Natal em Lisboa
O Natal para mim é possivelmente o período do ano mais especial. O espirito que se vive nesta altura é único e as luzes e os enfeites de natal ajudam a torná-la numa época mágica.
Viver o natal em qualquer sítio do país é especial, mas as festividades natalícias na nossa capital são levadas a um nível mais elevado. Ano após ano os governantes têm investido em atividades e decorações cada vez mais elaboradas e magnificas. E daí nasceu a minha vontade em conjunto com umas amigas, para irmos passar uns dias à capital para poder vivenciar todo este ambiente natalício.
As atrações temáticas são imensas, desde mercados de natal espalhados pela cidade, como a iluminação de Natal nas principais ruas do centro, que por si só já é uma atração, dando especial destaque à árvore de Natal do Terreiro do Paço.
Outra atração é o Wonderland Lisboa, situado no parque Eduardo VII e que tem várias atrações, como uma pista de gelo, bancas de artesanato e de outros produtos, bancas de comida e uma roda gigante.
Claro que aproveitamos para comer aqui e em andar na roda. De lá de cima, tem-se uma vista privilegiada do parque Eduardo VII assim como do Marquês Pombal e da Avenida da Liberdade.
Visitámos também o Mercado de Natal do Rossio, mas o que foi mesmo especial foi caminhar pelas várias ruas e apreciar as luzes, as montras enquanto se ouviam as músicas de natal e se comiam umas castanhas. As ruas estavam apinhadas de gente a fazer o mesmo que nós.
Sem dúvida que nesta época do Natal, a cidade de Lisboa torna-se ainda mais vibrante e encantadora. Foram uns belos passeios natalícios.
segunda-feira, 25 de outubro de 2021
Comboio Histórico do Douro
sexta-feira, 7 de maio de 2021
Férias para deconfinar
Portugal continua em estado de emergência, no entanto, já iniciou medidas de descofinamento e como tal, o objetivo nestas férias era ir para fora, nomeadamente até aos picos da Europa no país vizinho. Mas tal não deu, pois apesar do descofinamento, as fronteias continuam encerradas e por isso tive que alterar os meus planos e ficar cá dentro.
Sesimbra é uma pitoresca vila piscatória, às portas do Parque Natural da Arrábida, ideal para descansar e relaxar de um inicio de ano muito stressante.
Fiquei alojada no SANA Sesimbra Hotel, que fica no coração da vila a poucos passos da areia e da praia de águas azuis.
A estadia fui muito relaxante e agradável. A altura escolhida não podia ter sido melhor, pois havia poucas pessoas na rua, na praia e nas esplanadas, tornando o ambiente sereno e seguro.
Tive sorte com o tempo e por isso passei os dias entre a piscina e a passear à beira mar e pela marginal. Ao fim do dia nada mais revigorante que ver o pôr do sol.
Aproveitei também para fazer alguma atividade cultural e visitei o Forte de Santiago do século XVII. Este monumento já serviu de fortaleza, alfândega e por ultimo de quartel da Guarda Fiscal. Atualmente, dentro da Fortaleza está o posto de turismo, um Museu e um restaurante. Vale a pena a visita, pois a fortaleza está muito bem conservada e tem uma vista fabulosa sob o mar.
Visitei também o castelo de Sesimbra que está bem preservado e de onde a paisagem sobre a vila, o mar e a serra é arrebatadora. Dentro das muralhas é possível visitar a Igreja Santa Maria do Castelo, cujo interior surpreende pelos painéis de azulejo.
Construído numa localização estratégica, o Castelo possui uma vista fantástica, avistando-se de um lado Setúbal, o Rio Sado e a Serra da Arrábida e do outro lado, o rio Tejo e Lisboa.
segunda-feira, 26 de abril de 2021
Caminhada Rota dos Arrozais
Aproveitei que estava de folga no feriado de 25 de abril para fazer uma caminhada pela natureza. Desta vez, escolhi a região da Figueira da Foz.
Juntei-me à agência de viagens Ás de Ir e fui com eles num passeio pedestre pelas Rota dos Arrozais. É um trilho circular, relativamente fácil de 13km e que durou cerca de 4h30.
O ponto de encontro foi no centro da vila de Maiorca, no Terreiro do Paço, junto ao Paço dos Viscondes de Maiorca, mais conhecido por Paço de Maiorca.
Passámos por várias pontes (Ponte dos Arcos, Ponte das Cinco Portas, Ponte do Arco Porqueiro) e alguns pontos de Interesse, como os Montes de Santa Olaia e Ferrestelo, um sitio classificado, mas que está completamente abandonado.
As suas águas são de um azul-esverdeada o que lhe dá um ar paradisíaco, tornando-o num local de rara beleza.
Existem, no entanto, partes do trilho menos empolgantes, como por exemplo, a parte que se percorre na estrada de acesso à A14 em direção a Maiorca.
Valeu a pena pela caminhada e pelo convívio.
quinta-feira, 19 de novembro de 2020
Férias em Pandemia
1. Óbidos
Saí de Óbidos em direção a Foz do Arelho onde fiquei alojada no INATEL , que tem uma vista privilegiada para a Lagoa de Óbidos e para a Praia de Foz do Arelho. São sem sombra de dúvida dois paraísos naturais com uma paisagem única.
No dia seguinte, meti-me a caminho da cidade das Caldas da Rainha, para visitar a cidade, mas em particular o Museu José Malhoa.
É um museu que queria visitar há muito e chegou a oportunidade. O museu é um belo edifício que fica no coração do parque D. Carlos I. Aqui encontra-se o maior núcleo da obra do pintor naturalista, assim como de artistas contemporâneos do pintor. Percorri o museu lentamente apreciar as obras de arte e recordo o encantamento de obras como "Retrato da Rainha D. Leonor" e "As promessas".
Vale a pena a visita pois na minha perspetiva excedeu em muito as minhas expectativas.
Aproveitei também para passear no Parque D. Carlos I, um jardim de estilo romântico, muito bonito. Atravessei o jardim e demorei-me a percorrer as alamedas, a admirar a vegetação, o lago, o coreto, e os “Pavilhões do Parque” que serviram de alojamento aos frequentadores da estância termal. Estes edifícios têm uma arquitetura única, cheia de imponência e que lamentavelmente estão ao abandono.
Logo ao lado fica o Hospital Termal Rainha D. Leonor, fundado em 1485 e considerado o hospital mais antigo do mundo. Descobri mais tarde que é possível fazer uma visita ao espaço. Terá que ficar para uma próxima visita.
domingo, 6 de setembro de 2020
Passadiços das Fragas de São Simão
Uma vez que os passadiços estão na moda decidimos fazer um passeio em família e visitar os novos passadiços das Fragas de São Simão, no concelho de Figueiró dos Vinhos. Assim, aproveita-se para passear ao ar livre e exercitar o corpo, enquanto admirámos a paisagem, uma vez que ultimamente as nossas vidas e liberdade tem sofrido bastante por causa do Coronavírus.
À chegada ficamos um pouco indecisos onde deixar o carro, pois existem 3 locais para estacionar. Acabamos por deixar os carros no parque de estacionamento que fica a meio e que tem acesso direto à Praia Fluvial das Fragas de São Simão.
Daí subimos a escadaria de madeira até ao miradouro panorâmico de onde a vista é deslumbrante. De lá vêem-se as imponentes cristas quártzicas que se destacam na paisagem. A vista é maravilhosa e vale o esforço de subir. Para cima custa um bocadinho, sobretudo se houver muito calor, pois o troço não tem qualquer tipo de sombras. De seguida voltamos a descer até à praia fluvial que se fez muito bem. O percurso tem aproximadamente 1 km.
Lá em baixo, pelo meio das fragas, passa a Ribeira de Alge, dando origem à praia fluvial de são simão.
A praia fluvial estende-se por uma grande área entre inúmeras árvores, tornando-a muito refrescante. Ai conseguimos encontrar um sitio idílico para o nosso pic-nic, onde passamos o resto da tarde. Nos intervalos entre comer e beber, íamos à água, que apesar de fria é tão límpida, que se vislumbram as mais pequenas pedras.
Mais tarde fui fazer o outro troço do Passadiço das Fragas de São Simão que liga a praia fluvial à aldeia do Casal de São Simão. O percurso pedestre tem igualmente 1 km de extensão e sobe pelo bosque acima até à aldeia de xisto.
O caminho é um misto de passadiço e pequenas escadas em madeira com terra batida e não um passadiço contínuo. É bastante agradável.
Chegados à aldeia, vimos as casinhas arranjadas e enfileiradas que a torna muito charmosa. É uma aldeia pequena que se visita rapidamente. Terminada a visita regressámos pelo mesmo caminho até a praia fluvial.
segunda-feira, 22 de junho de 2020
Viagem pela Estrada Nacional 2
Nestas férias decidi percorrer de carro a Estrada Nacional 2. O entusiasmo era grande pois a estrada, dizem os entendidos, é mítica. Dizem que é 3ª maior estrada nacional do mundo!! Ela conta com 739 km e atravessa Portugal de norte a sul pelo seu maravilhoso interior, desde Chaves a Faro.
Parti então de Leiria em direção a Chaves, o quilómetro zero da estrada. Pelo caminho fiz uma paragem em Amarante para uma visita relâmpago, que valeu a pena, pois a cidade transpira charme.
Comecei em Chaves e percorri a estrada em 7 dias, a um ritmo lento, onde pude apreciar as paisagens, as aldeias e as vilas. Foi sem duvida uma oportunidade para visitar o interior do País e descobrir Portugal numa nova perspetiva.
Passei por vários distritos, serras e rios, o que por si revela a sua variedade.
Ao longo da rota fiz alguns desvios para visitar lugares que me foram sugeridos com algum interesse cultural ou paisagens inesquecíveis.
Quanto aos alojamentos, as ofertas são variadas, desde hotéis a alojamentos Airbnb. Sendo esta época particularmente especial, todos em que fiquei apresentaram regras de higiene e segurança o que me tranquilizou.
Roteiro:
1º dia
Chaves - Vidago - Pedras Salgadas - Vila Pouca de Aguiar - Lagoa do Alvão - Vila Real - Santa Maria de Penaguião - Miradouro São Leonardo da Galafura - Peso da Régua
Em Chaves visitei a cidade a pé, pelas suas ruas estreitas, revelando-se uma cidade pequena mas encantadora. Visitei o Castelo e subi a Torre de Menagem onde visitei o Museu Militar. Atravessei a Ponte de Trajano, a milenar ponte romana sobre o rio Tâmega e apreciei as vistas sobre o rio.
De seguida, iniciei a rota pela Estrada Nacional 2 rumo a Vidago, a localidade onde se encontra o histórico Vidago-Palace Hotel que, para minha tristeza, se encontrava fechado. Próxima paragem foi o Parque Termal de Pedras Salgadas, que também se encontrava fechado, no entanto, deu para andar pelo parque que é muito agradável.
Em Vila Pouca de Aguiar, fiz uma visita ao Castelo, que fica um pouco afastado da localidade e que também se encontrava fechado. Aí fiz um desvio para visitar a Lagoa do Alvão, que apresenta passadiços em volta da Lagoa, sendo um passeio bastante aprazível. Segui para Vila Real mas não parei e ao ir para Santa Maria de Penaguião fiz um desvio para o Miradouro São Leonardo de Galafura, que fica a 640m de altura. As vistas sobre o Douro Vinhateiro são soberbas e por isso vale a pena o desvio.
Terminei o dia em Peso da Régua, com um passeio pela ecopista ribeirinha onde dá para apreciar o rio Douro de perto. Aqui fiquei alojada no Hotel Columbano.
2º dia
Peso da Régua - Lamego - Serra de Montemuro - Castro Daire - Viseu - Tondela - Caldas de Sangemil
No segundo dia pela EN2 continuei pelas sinuosas estradas do Douro Vinhateiro que me levaram até Lamego. Aí visitei a Sé Catedral e os seus claustros e de seguida subi a escadaria infindável do Santuário de Nossa Senhora dos Remédios. Segui em rumo a Castro Daire, mas pelo caminho fiz um desvio para visitar a Serra de Montemuro, cuja estrada até lá tem paisagens super cénicas. Passei ao lado de Castro Daire e de Viseu, perdendo muitas vezes a vista aos marcos da EN2 tornando-se confuso. Segui até Tondela e fiz um desvio até às Caldas de Sangemil, onde pernoitei no Hotel Beira Dão, situado no Vale do Rio Dão, justamente na praia fluvial de Caldas de Sangemil. Um local muito agradável e tranquilo, onde deu para terminar o dia apreciar o rio Dão.
3º dia
Caldas de Sandgemil - Santa Comba Dão - Barragem da Aguieira - Penacova - Góis - Pedrógão Grande
Parti em direção a Tondela, passando de seguida ao lado de Santa Comba Dão. Aqui o troço até Penacova torna-se novamente confuso, devido à IP3 e perdemos por momentos a EN2 de vista. Passei pela Albufeira da Barragem da Aguieira e pela Livraria do Mondego. Segui para a zona que me é bastante familiar, pela proximidade a casa, ou seja, de Penacova a Góis. Na vila de Góis, visitei o monumento mais emblemático - a Ponte Real - junto à Praia Fluvial da Peneda, que se encontrava interdita a banhos por causa do COVID. De Góis a EN2 segue em direção a Pedrogão Grande e pelo caminho fiz um pequeno desvio para visitar algumas Aldeias do Xisto da Serra da Lousã - Aigra Nova e Aigra Velha. A estrada até Pedrógão Grande é bastante agradável com vistas espetaculares da Serra da Lousã. Já em Pedrogão Grande passei na bonita Albufeira da Barragem de Cabril e aí pernoitei no Hotel da Montanha com uma vista fabulosa para esta albufeira.
4º dia
Pedrogão Grande - Pedrogão Pequeno - Sertã - Dornes - Centro Geodésico - Vila de Rei - Abrantes
Primeira visita do dia foi em Pedrogão Pequeno, à sua Ponte Filipina sobre o rio Zêzere, onde tive que fazer uma pequena caminhada para a conhecer, mas valeu a pena.
Segui para a Sertã, uma vila pacata, onde fiz uma paragem no seu jardim, junto ao rio e visitei também a sua Ponte Filipina. Aqui a estrada segue para sul, mas eu fiz um desvio até Dornes, a aldeia templária, que há muito tempo queria conhecer. Chegada à aldeia, constatei que esta é muito pequena, mas com muito charme. Visitei a praia fluvial, e a sua conhecida Igreja, mas não entrei por estar a decorrer a missa. O que há a realçar nesta pequena aldeia é a sua tranquilidade.
Despedi-me de Dornes e segui o caminho de volta até a EN2 rumo ao Centro Geodésico de Portugal, que assinala, com pompa e circunstância, o Centro de Portugal. Daqui as vistas são longínquas e conseguimos avistar a Serra da Estrela. Segui a EN2 e passei ao lado de Vila de Rei até Abrantes, onde terminei o dia. Aqui visitei a parte antiga da cidade a pé. O ponto alto da visita foi o passeio pelo jardim do castelo e as vistas sobre o rio Tejo. Nesta cidade arrendei uma casa muito agradável no centro histórico - A Casa da Barca.
5º dia
Abrantes - Ponte de Sor - Galveias - Avis - Parque Ecológico do Gameiro - Montargil
Abrantes visitada é hora de atravessar o rio Tejo e seguir em direção a Ponte de Sor. Aqui a paisagem muda drasticamente e começam as extensas planícies alentejanas. Depois desta cidade fiz um desvio da EN2 e segui até as Galveias. Pequena aldeia alentejana que é muito querida à minha mãe e por isso fiz questão de a visitar. Seguiu-se a vila de Avis, onde fiz uma visita ao seu castelo, que se encontra praticamente em ruínas. Uma pena!!
Ao longo da estrada torna-se bastante apetecível fazer uma paragem para um pic-nic nas planícies, no entanto, a realidade é que essa ideia poderá tornar-se bastante desagradável pela quantidade de mosquitos!!
Próxima paragem foi o Parque Ecológico do Gameiro, um sitio bem agradável com uma praia fluvial, onde fiz uma paragem para descansar e tomar um refresco. A estadia desta vez foi em Montargil, no Monte da Granja Nova, uma herdade com vários alojamentos, bastante agradável para terminar o dia.
6º dia
Montargil - Barragem de Montargil - Mora - Brotas - Ciborro - Montemor-o-Novo - Santiago do Escoural - Anta de São Brissos - Alcáçovas - Torrão - Ferreira do Alentejo
Fui conhecer a albufeira da Barragem de Montargil que fica paralela à EN2. De seguida passei por Mora, Brotas, Ciborro, parando apenas em Montemor-o-Novo. Nesta cidade aproveitei para visitar o Castelo de Montemor, que a julgar pelo que resta, deveria ser um castelo bastante imponente.
Aproveitei e almocei pela cidade. De Montemor-o-Novo avancei em direção a Santiago do Escoural e aí fiz um desvio para a Anta de São Brissos. Trata-se de uma anta primitiva que foi transformada em capela, mas que se encontrava fechada.
Regressei à EN2, em direção a Alcáçovas onde queria visitar o Paço dos Henriques, mas que também se encontrava fechado.
Segui para Torrão e terminei o dia em Ferreira do Alentejo. Aproveitei para jantar nesta vila e pernoitei no Monte Chalaça.
7º dia
Ferreira do Alentejo - Ervidel - Aljustrel - Castro Daire - Almodôvar - Ameixial - São Brás de Alportel - Estoi - Faro
Logo pela manha, após o pequeno-almoço fui surpreendida com uma experiencia rural, que consistiu em fazer uma visita à quinta dos animais do monte. Segui depois pela EN2 para fazer o último troço da estrada. Passei por Ervidel e Aljustrel, sem parar. A paragem foi na vila de Castro Verde, onde visitei a imponente Basílica Real da Nossa Senhora da Conceição e o Museu da Lucerna, que se encontrava fechado.
Retomei a EN2 em direção a Almodôvar e entretanto inicio a viagem vertiginosa pela Serra do Caldeirão. Passo pelo Ameixial e São Brás de Alportel, entrando assim no Algarve, em curva contra-curva, mas com uma paisagem magnifica da serra.
Já no Algarve, faço uma paragem em Estoi, para visitar as ruínas de Milreu e o charmoso Palácio de Estoi que para minha tristeza se encontravam fechados!!
Chegada a Faro, o último destino da rota, fui à rotunda onde fica o último marco da Estrada Nacional 2 que marca o km 738.
Terminei assim a estrada mítica e aproveitei para ficar aqui uns dias a descansar da viagem.
Foi sem duvida uma viagem inesquecível, pois é uma estrada surpreendente, com uma variedade de paisagens impressionante, onde ainda é possível visualizar o Portugal genuíno com um património riquíssimo, conferindo-lhe a sua identidade única, muitas vezes esquecida e ostracizada.
No entanto, por vezes senti algumas dificuldades, pois a sinalização da estrada está longe de ser a melhor. Ao longo do percurso vamos encontrando os famosos marcos de EN2, mas existem secções em que a estrada e os marcos desaparecem. Por isso aconselho fazer a estrada com GPS.
Viajar em tempos de pandemia foi uma experiência diferente pois a máscara e o desinfetante gel fizeram sempre parte da minha indumentária, mas em todos os locais onde estive houve sempre segurança sem aglomerados de pessoas.
sábado, 8 de fevereiro de 2020
À conquista do Trevim
O ano mal começou e nada melhor que ir fazer uma caminhada na natureza para começar bem o ano. Aproveitei e fui com um grupo de caminhada descobrir mais um pouco da Serra da Lousã.
Na fase descendente passamos pelo baloiço da Lousã, mundialmente conhecido nas redes sociais. Pena o nevoeiro mas ainda deu para vislumbrar um pouco do vale!!
Continuamos a descida e a certa altura entramos num mundo encantado de bosques de Faias, Castanheiros e Carvalhos. Foi a parte mais bonita da caminhada. Aqui pudemos apreciar a vegetação luxuriante da serra.
Já perto do fim entrarmos na zona da Ribeira do Coentral Grande que nos levou ao ponto de partida.
Foram 6 horas a caminhar e foi sem duvida uma caminhada desafiante pelos desníveis acentuados de subida mas valeu muito e pena apesar do tempo de chuva.
segunda-feira, 22 de outubro de 2018
Férias em Lagos
Todo o Algarve é muito procurado pelo turismo, no entanto, rapidamente percebi que Lagos, apesar da afluência turística, não sofreu a descaracterização que foram alvo a maioria das cidades do Algarve.
Lagos é uma cidade cheia de história, pois foi um importante ponto estratégico na altura dos descobrimentos e conserva ainda vestígios históricos de diferentes épocas.
No século XV, o Infante Dom Henrique viu nela o potencial marítimo. Central para os Descobrimentos Portugueses, esta foi a capital do Reino do Algarve donde partiram as nossas caravelas para nos dar o Mundo Novo.
Bem, o destino concentrava tudo o que eu gosto numas férias, ou seja, interesse cultural e praias para descansar.
Fiquei alojada no Aparthotel Dom Pedro Lagos, que tem uma óptima localização, mesmo em frente à Meia-Praia.
Cada dia deu para fazer uma actividade diferente, pois para além do centro histórico existem diversas praias perto de Lagos que merecem ser visitadas.
A forma de me deslocar foi andar de transporte publico que é bastante acessível e prático, não tendo que me preocupar com o estacionamento.
1. Centro da Cidade
Vale a pena visitar o centro da cidade, ou seja, a cidade velha amuralhada, pois andar pela zona pedonal do centro histórico é muito agradável.
2. Praia da Dona Ana
Esta praia tem vindo a ser considerada uma das mais bonitas do mundo por publicações internacionais.
É uma praia agradável, protegida por formações rochosas o que faz com que a partir das das 4/5 horas da tarde comece a sombra das rochas a surgir.
3. Praia do CamiloÉ também considerada uma das melhores praias em Lagos. Para lá chegar temos que descer uns degraus íngremes em madeira que nos levam à enseada arenosa da praia.
A praia é pequena mas vale pela vista de cima com as águas cristalinas.
4. Praia de Porto de Mós
É a praia que fica mais distante da cidade mas é a minha praia preferida, pelo acesso à praia, espaço e extensão do areal.
5. Ponta da Piedade
Os penhascos da Ponta da Piedade, oferecem uma vista deslumbrante do promontório e do farol.
Vale a pena desfrutar da vista, pois é um dos cenários naturais mais bonitos da costa Algarvia.
6. Passeio de barco às grutas
Fiz um passeio de barco pela costa entre Lagos e a Ponta da Piedade e assim o barco passa por todas as praias tendo-se uma vista diferente.
sexta-feira, 13 de abril de 2018
Rota das Aldeias Históricas

Escondidas na região da Beira Interior, existem algumas aldeias históricas estrategicamente alinhadas ao longo da fronteira com Espanha, onde se travaram batalhas entre castelhanos e portugueses.
1. Guarda
Cidade mais alta de Portugal e conhecida como a cidade dos 5 "F's" (Forte, Farta, Fria, Fiel e Formosa). Cidade com história e que acolhe uma dualidade tanto cultural como religiosa, entre católicos e judeus. É obrigatório visitar a imponente Catedral e passear pelas ruelas do centro histórico.
2. Castelo Mendo
Aldeia no cimo do monte, rodeada por muralhas medievais construídas há vários séculos e que hoje protegem as ruínas de um castelo e escondem casas simples e ruas estreitas. Apesar de penosamente deserta, ou talvez por isso, é uma das aldeias históricas mais genuínas de Portugal. As muralhas tinham 8 torres que foram destruídas no grande terramoto de 1755, mas mantêm as 5 portas: porta da aldeia, da guarda, do sol, da traição e porta D.Sancho.
3. Almeida
4. Castelo Rodrigo
A pequena aldeia, situada no topo de uma colina, deve o seu nome ao conde Rodrigo Gonzalez de Girón. É uma das aldeias mais bem recuperadas, e ainda conserva em ruínas o enorme palácio no alto do monte.
O palácio é amplo e de lá tem-se uma vista magnífica para toda a região. Daqui vê-se bem Figueira de Castelo Rodrigo e, do lado oposto, o miradouro da Serra da Marofa.
Ali perto, existe o Parque Arqueológico do Vale Côa (Património da Humanidade), com as figuras paleolíticas, que é essencial em qualquer roteiro turístico.
5. Castelo Melhor
Castelo Melhor é uma aldeia do concelho de Vila Nova de Foz Côa com pouco mais de 200 habitantes. Empoleirado no cimo do monte permanece uma muralha e um castelo em ruínas. De lá dizem que se avista uma paisagem fantástica com pombais, oliveiras e amendoeiras. Não consegui ir ver a paisagem pois, na proximidade da aldeia encontram-se os importantes sítios de arte rupestre do Vale do Côa - Núcleo Arqueológico da Penascosa. Então, decidi como tal, enveredar nesta experiência. Habitualmente, é necessário inscrição prévia para ir visitar as gravuras mas como era apenas mais 1 pessoa arranjou-se facilmente um lugar.
Após a visita às gravuras fui até Vila Nova de Foz Côa onde fiquei alojada no Hotel Vale do Côa. Visitei a cidade mas esta encontrava-se deserta. No dia seguinte visitei o Museu do Côa para compelmentar a informação que tinha recebido aquando a visita às gravuras. O Museu tem um vasto espólio proveniente de escavações realizadas, onde é possível observar pontas de lanças, partes de ferramentas e material feito de pedra que se conservou até aos nossos dias e possui ainda na parte exterior, vistas magníficas para o Vale do Côa.
6. Marialva
Marialva pertence ao Concelho de Mêda, Distrito da Guarda e situa-se no topo de um penedo granítico, em posição dominante sobre a vila e a planície cortada pela antiga estrada romana. O castelo dominante, no alto de um íngreme penhasco e com a configuração oval das muralhas que circundam a vila, é o monumento mais importante do conjunto urbano. No entanto, não pude visitá-lo porque o posto de turismo encontrava-se fechado e era necessário pagar bilhete para visitar o castelo. Apesar de não se ver ninguém a passear nas ruas, estas estavam bastante movimentadas por carros que se dirigiam ao alojamento Casas de Côro. Talvez uma próxima vez quando for rica!! Hehe...
7. Linhares da Beira
Aldeia medieval do séc. XII, muito bem conservada, com uma diversidade arquitectónica invejável face a outras aldeias.
Deambular pelas suas ruas é visitar o passado e descobrir o que de mais genuíno temos no Nosso Portugal.
Podem-se considerar uns verdadeiros museus a céu aberto carregados de história. Conservam as velhas tradições de Portugal e revelam evidências das consecutivas conquistas territoriais à medida que se foi formando o país que hoje conhecemos.
Vale a pena conhecer este rico património histórico que caracteriza tão bem o nosso país.
segunda-feira, 2 de outubro de 2017
PR3 MDB

Nada melhor que aproveitar o fim-de-semana para conhecer melhor Portugal e fazer um trilho pedestre. Desta vez, juntamo-nos 3 amigas e fomos para norte, distrito de Vila Real. Resolvemos fazer o trilho das Fisgas do Ermelo que fica em plena Serra de Alvão. É um trilho circular de aproximadamente 12,4 km com um alto grau de dificuldade mas com paisagens magnificas.
Passa por locais de interesse ambiental e geológico de que se destacam as Quedas de Água das Fisgas de Ermelo, as pequenas lagoas de água cristalina designadas por Piócas de Baixo e de Cima e as singulares aldeias de montanha.
É sem duvida um percurso de rara beleza mas com grandes desníveis, o que o torna desafiante e que vale a pena pelas suas deslumbrantes paisagens. A Natureza em todo o seu esplendor!
Ao fim do dia, fomos para Mondim de Basto, onde pernoitamos no Hostel Carvalho. Mondim de Basto foi uma bela surpresa. Uma vila muito bonita, cheia de vida, com gente jovem e bonita. Jantamos no restaurante Casa da Cainha, que foi muito bom e recomendamos.
No dia seguinte, após o pequeno-almoço o plano era ir até a cidade de Vila Real que não fica muito distante. Chegadas lá, andamos um pouco a pé pela cidade e fizemos uma paragem na Pastelaria Gomes. Depois, seguimos viagem até Pinhão, passando por Mateus e Sabrosa. Chegamos a Pinhão à hora de almoço e nada melhor que comer numa esplanada à beira do rio Douro. Que maravilha!
Fizemos a famosa estrada N222, considerada a estrada mais romântica do país e que faz bem jus à fama que tem.
Estas paisagens do Alto Douro Vinhateiro são sem duvida de tirar o fôlego. Chegamos a Peso da Régua e tomamos a direcção para sul, para Lamego onde fizemos nova paragem para lanchar. De lá regressamos a Coimbra.
Foi sem duvida um fim-de-semana relaxante e que deu para confirmar aquilo que há muito já sabemos: Portugal é mesmo um dos países mais bonitos do mundo!
domingo, 1 de outubro de 2017
Percorrer as praias da costa alentejana
Uma semana não chega para explorá-la mas é melhor do que nada. O sonho seria fazê-la numa carrinha pão de forma, mas até lá terá que ser no meu velhinho Volkswagen Polo.
A viagem iniciou-se em Porto Covo.
1. Porto Covo
Quando chegamos a Porto Covo e às pequenas praias ficamos deslumbrados com as magníficas areias brancas e águas azuis.
- Praia da Samoqueira
2. Aljezur
Aljezur já é Algarve e vale muito a pena conhecer. A cidade de Aljezur tem um castelo na parte antiga da cidade cujas ruelas antigas e estreitas nos levam até lá.
Do alto do castelo tem-se uma vista soberba.
Nesta região vale a pena ir até:
- Praia da Amoreira. Na foz do rio de Aljezur, existe esta espectacular praia rodeada de dunas e falésias, mar e rio.
- Praia da Arrifana. Bastante conhecida e movimentada, é a praia rainha do surf do litoral de Aljezur.
Esta praia está situada numa bela enseada em forma de concha, protegida do vento e das ondas, o que a torna perfeita.
- Praia Monte Clérigo
- Praia Vale dos Homens
3. Odeceixe
É a primeira praia do Algarve para quem se desloca pelo litoral vindo do norte.
A belíssima aldeia de Odeceixe esconde esta praia magnífica com uma língua de areia na foz da ribeira de Odeceixe. A praia é magnífica, com parte de rio e mar, mas as vistas do promontório em frente são ainda mais avassaladoras.
4. Praia do Carvalhal
Terminei as ferias na praia do Carvalhal, a sul da Zambujeira do Mar. Esta é uma bela praia com um areal bastante grande, especialmente na maré baixa, e o mar magnífico.
Aqui decidi mimar-me um pouco e escolhi o Monte Carvalhal da Rocha para ficar alojada. Trata-se de um alojamento de qualidade e conforto um pouco superior aquele a que estive habituada ao longo das ferias. E revelou-se o local ideal para terminar as férias.
Perto daqui temos a Praia Azenhas do Mar, que em termos de beleza não é nada extraordinária e temos a Praia dos Machados, que é uma praia deserta sem acessos mas que vale a pena conhecer.
É possível ir a pé desta praia até a Praia do Carvalhal, pela rota vicentina,que por aqui passa.