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segunda-feira, 19 de maio de 2025

Passadiços do Mondego



Conhecer os passadiços do Mondego já estava na minha lista desde de 2022, altura em que foram inaugurados. No entanto, nunca surgiu a oportunidade até este ano, em que decidi juntamente com umas amigas, ir até à Guarda percorrer os famosos passadiços.

Para fazer o trilho é necessário adquirir um bilhete com antecedência, exclusivamente online (tickets.visiteguarda.pt) que custa 2,5€ por pessoa.

Os passadiços estão integrados no Parque Natural da Serra da Estrela e no Estrela Geopark Mundial da UNESCO. O percurso estende-se entre a Barragem do Caldeirão e a aldeia de Videmonte. Nós optámos por iniciar a caminhada junto à barragem do Caldeirão, pois é oficialmente o sentido recomendado.

São 12 km de caminhada sempre junto às margens do rio Mondego e afluentes com paisagens de cortar a respiração. O percurso aproveita cerca de 5 km de caminhos rurais já existentes (a maioria em terra batida) que vão intercalando com os 7 km de passadiços. É fascinante a dimensão do passadiço!

A caminhada ao longo dos passadiços é uma verdadeira imersão na natureza, pois ao longo do trajeto, podemos ver cascatas, pequenas lagoas e rochas impressionantes.

Existem poucas sombras, por isso não é aconselhável ir com muito calor e os locais para descanso ou piquenique também são escassos, no entanto, existem casas de banho, a meio do percurso.
Levámos almoço e conseguimos um spot fantástico improvisado à beira do rio.

O percurso é considerado de dificuldade média, que com o calor poderá se tornar de dificuldade elevada. É necessário ir com algum preparo físico, pois o mais difícil foi mesmo subir e descer tantos degraus. Mas no final de tudo, apesar de todo o esforço, não há a menor dúvida que valeu bem a pena. 

O regresso ao inicio, foi feito de taxi, que contratamos no final, pois já não havia pernas para voltar a pé!!

segunda-feira, 18 de março de 2024

Dois dias em Guimarães



Nada melhor que uma escapadinha a Guimarães - a cidade berço da nacionalidade portuguesa.
Aproveitei a companhia da amiga Adriana para ir conhecer esta cidade considerada Património Mundial pela UNESCO.

Foram 2 dias a explorar esta bela cidade. Tudo começou no Largo do Toural, onde está a Torre da Alfândega com o famoso letreiro “Aqui nasceu Portugal”. Daí embrenhei-me pelas ruelas estreitas da cidade e conheci os seus monumentos medievais, o seu centro histórico com as suas praças e igrejas. É sem dúvida uma das cidades mais charmosas e aconchegantes de Portugal.

Subi a colina sagrada e visitei o Castelo, apenas por fora pois encontrava-se em obras de restauro, o Paço dos Duques de Bragança, onde passei a maior parte do tempo e a Igreja de São Miguel do Castelo.

Para mim, visitar o Paço dos Duques foi o momento alto da viagem, pois há muito tempo que queria visitar este sitio. A arquitetura robusta do paço com as suas janelas e as numerosas chaminés tornam-no único em Portugal. Adorei visitar os seus belos salões com os seus tetos de madeira e a capela com uma estrutura em madeira deslumbrante. Fiquei rendida!!

No 2º dia aproveitei para visitar o Centro Internacional de José Guimarães e a Casa da Memória.

O edifício do CIAJG por si só já é interessante pois trata-se de um edifício moderno inspirado em Le Corbusier e Mies van der Rohe. O seu interior conserva um acervo de três coleções que José de Guimarães reuniu ao longo dos anos: Arte Africana, Arte Pré-Colombiana e Arte Antiga Chinesa. Existem também obras do próprio artista, como de outros artistas contemporâneos em estilos variados, como popular, religioso e arqueológico. Foi uma visita interessante!

A Casa da Memória transformou uma fábrica desativada num lugar de memórias da cidade. Neste museu expõe-se a cultura, o território e a história de Guimarães. Gostei particularmente deste espaço, pois teve a ajuda dos moradores para construir a coleção e aqui ficámos a conhecer um pouco de tudo a que a Guimarães diz respeito.

Foi sem dúvida uma bela escapadinha ao berço de Portugal. 

segunda-feira, 19 de junho de 2023

Um Paraíso chamado "Ilhas das Berlengas"


As ilhas das Berlengas são umas das paisagens mais maravilhosas e singulares de Portugal e por isso é obrigatório fazer uma viagem até lá. Considerada reserva natural foi também declarada Reserva Mundial da Biosfera pela UNESCO.

Berlengas é o nome do arquipélago que é constituído por três ilhas, a maior das quais se chama Berlenga. Esta ilha é a única habitada e que se pode visitar. 
Pode-se chegar ao arquipélago de forma independente ou num tour. Eu optei por ir num tour com a Wildest e deste forma já fui com tudo tratado, pois de modo a preservar os ecossistemas da ilha, existe um limite de 350 visitantes por dia (de Maio a Setembro) e desde 2022 que se passou a pagar uma taxa turística.

Chegámos a Peniche à hora de almoço. Almoçámos e de seguida apanhámos o barco no porto, por volta das 14:30. Fomos com a empresa Feeling Berlenga. A viagem de barco demorou cerca de 40 minutos e tivemos sorte pois quase não havia agitação marítima e por isso a viagem fez-se muito bem.

Assim que chegámos à ilha da Berlenga Grande a 1ª coisa que se avista é a pequena praia com a sua água azul-esverdeada transparente. Muito convidativo e o 1º passo foi dar um mergulho. Ao contrário do que parece a água é bastante fria.

De seguida, fizemos um passeio de lancha com fundo de vidro para visitar grutas e outras formações geológicas à volta da ilha.

Atracámos no Forte de São João Baptista e fomos visitá-lo que tem o custo de 1€. O forte tem uma localização geográfica fabulosa, com umas vistas incríveis. O forte funciona atualmente como um hostel um pouco singular pois as antigas celas são os quartos. Dá vontade de vir uma próxima vez e ficar aqui alojado.

De seguida, iniciámos o trilho pedestre de cerca 3km que circunda a maior parte da ilha. O inicio do trilho é a subir por uma escadaria um pouco ingreme mas à medida que subimos as vistas sobre o forte são maravilhosas. No ponto mais elevado encontramos o Farol do Duque de Bragança, que remonta a 1841. Continuámos o trilho onde vamos vendo imensas gaivotas e as suas crias. O trilho é muito fácil, sendo que a parte mais difícil é a subida da escadaria.

Existem várias regras que devem ser respeitadas de forma a preservar este ecossistema:
  • Circular apenas nos trilhos e respeitar a sinalização,
  • Ao circular pela ilha não atirar pedras para o mar,
  • Colocar o lixo nos locais apropriados ou levá-lo de volta consigo,
  • Não apanhar plantas nem amostras geológicas,
  • Manter-se à distância dos animais e não os alimentar.
Terminamos o trilho no Bairro dos Pescadores, onde existe 1 café e por isso aproveitamos para beber um refresco enquanto admirámos as paisagens.

Regressámos a Peniche e mais uma vez a viagem de barco foi super tranquila e muito animada. 

O arquipélago das Berlengas é sem dúvida um verdadeiro paraíso em Portugal e diferente de tudo o que existe no nosso país. Aqui encontramos uma Natureza em estado puro com paisagens incríveis e uma cor da água simplesmente irresistível.

segunda-feira, 22 de maio de 2023

Trilho da Barca da Amieira



Mais um trilho para explorar e desta vez foi no Alentejo - o Trilho da Barca d'Amieira.

É um dos trilhos mais recentes do país e tem uma extensão de cerca 3,6 km. O trilho é linear, de baixa dificuldade e quase sempre em terreno plano.

Começamos o trilho no Miradouro Transparente do Tejo “Skywalk”, próximo da Barragem do Fratel, onde parte do chão é em vidro, daí o nome de miradouro transparente. A paisagem deste lugar é fantástica. Daqui podemos admirar o Rio Tejo e a imponente Barragem do Fratel.

Ao longo do trilho vai havendo informações sobre a flora e a fauna, ilustrações, postos de observação e distrações como baloiços e uma Ponte Pedonal Suspensa. A ponte suspensa é o local do trilho com mais adrenalina e que por isso tem regras bem definidas que devem ser cumpridas.

De realçar que a maior parte do Trilho da Barca d’Amieira não é feito em passadiços de madeira, mas sim pelo muro de sirga, com vistas impressionantes para o Rio Tejo.

O trilho termina na Amieira do Tejo, onde antigamente havia uma embarcação que fazia a ligação entre a estação ferroviária da Barca d’Amieira – Envendos (Beira Baixa), margem norte do Rio Tejo, e a Amieira do Tejo (Alto Alentejo), margem sul do Rio Tejo. Hoje em dia existe uma embarcação mais moderna que assegura a passagem de motas e carros ligeiros entre os dois cais.

De seguida, visitámos o Castelo da Amieira do Tejo que se encontra muito bem preservado. No interior da torre principal do castelo há um pequeno museu que conta a importância e história deste castelo para a região e para Portugal. Muito interessante!

Já que estamos perto aproveitamos também para visitar a vila de Nisa conhecida pela olaria pedrada, o queijo e o seu artesanato.

Entrámos na Vila pela Porta de Montalvão e percorremos a encantadora Ruinha de Santa Maria, calcetada a barro e mármore em homenagem à olaria pedrada, uma arte centenária candidata a Património Imaterial da Humanidade. 
E de seguida fizemos uma visita ao Museu do Bordado e do Barro. 

Esta pequena vila alentejana é sem dúvida uma vila com um património interessante e que vale bem a pena a visita.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Camino de Hierro



Mais uma escapadinha de fim de semana e desta vez o destino é a uma das zonas mais remotas de Portugal - Parque Natural do Douro Internacional em Freixo Espada à Cinta.

Fomos, mais uma vez, com a Borealis para um fim de semana de caminhada. Ficamos alojados num hotel em Freixo Espada à Cinta, a vila mais manuelina de Portugal, localizada em Trás-os-Montes, na área fronteiriça.

A vila tem alguns sítios interessantes para visitar mas como o tempo era escasso, apenas deu para fazer uma pequena caminhada pela vila e apreciar este excelente exemplo do que é o país profundo.

No 1º dia iniciámos a caminhada bem cedo pelo Parque Natural do Douro Internacional. O percurso é simplesmente fabuloso. Ao longo de todo o percurso vimos o rio Douro a correr por um vale profundo e escarpado que serve de fronteira natural entre Portugal e Espanha. Aqui encontramos um Douro selvagem encaixado entre esmagadoras arribas, às quais aves majestosas como o grifo, sobrevoam com muita naturalidade. É verdadeiramente espantosoA certa altura deixamos o rio e dirigimo-nos para as montanhas em direção à Calçada de Alpajares. Mais uma paisagem incrível. A caminhada foi longa mas as paisagens são bem versáteis e belas. 

No 2º dia fomos para o lado espanhol, a área protegida junto à fronteira natural do rio Douro que tem o nome de Parque Natural Arribes del Duero. O objetivo foi percorrer o Camino de Hierro - a Rota dos Túneis e Pontes, ou seja, a linha férrea abandonada do Douro que vai de La Fregeneda (Espanha) a Barca d’Alva (Portugal).

São os últimos 17 km da antiga, e atualmente abandonada, linha do Douro que unia Salamanca a Barca d’Alva e posteriormente ao Porto. Uma verdadeira obra-prima da engenharia industrial e ferroviária do ano 1887.

No inicio do trilho é-nos feita uma breve explicação das regras de conduta ao longo da caminhada e é nos entregue um colete fluorescente e uma lanterna para utilizar dentro dos túneis.

Ao longo do percurso do Camino de Hierro, atravessamos 20 túneis, o maior dos quais com quase 1600 metros de extensão, e 10 pontes metálicas, algumas bastante vertiginosas. 

É sem dúvida um extraordinário trilho pedestre, cujas paisagens são de cortar a respiração. O percurso faz-se sempre ao longo do rio Águeda até à sua foz no Douro. Pelo caminho vamos sempre acompanhar o vale magnifico do rio com escarpadas falésias que tornam a paisagem simplesmente magnifica.

Terminámos o percurso em Barca D'Alva, na ponte internacional sobre o rio Águeda, a última ponte do percurso e que serve de fronteira entre Portugal e Espanha. A meio da ponte existem duas placas que marcam a fronteira física e desta forma chegámos a Portugal! 

«Então é Portugal, hein?...Cheira bem». Disse Jacinto, no livro "A cidade e as Serras", de Eça de Queiroz, quando atravessou esta ponte e chegou a Portugal. Jacinto veio de Paris até Tormes através desta linha. 

O trilho apesar de ser plano é um pouco exigente, com poucas sombras e com um piso um pouco irregular. É necessário levar bastante água e comida, pois ao longo dos 17km não há sítios para comprar ou recolher água ou alimentos. O almoço pode-se fazer em qualquer parte do percurso, sobre uma ponte ou pelos terrenos com vegetação que vão aparecendo. O importante é não deixar qualquer vestígio de lixo.

Foi sem duvida, um trilho diferente de todos que já fiz e revelou-se uma experiência fantástica. Recomendo vivamente este destino de natureza. 

domingo, 30 de outubro de 2022

Visita aos Passadiços do Paiva e à Ponte Suspensa



Se há percurso pedestre que dispensa apresentações em Portugal, são os Passadiços do Paiva. São um dos percursos pedestres mais populares no nosso país e a sua fama já chegou além fronteiras, tendo inclusivamente ganho vários prémios nos World Travel Awards, os Óscares do turismo. E o que já era bom ficou ainda melhor com a abertura da vertiginosa Ponte Suspensa 516 Arouca, a maior ponte pedonal suspensa do mundo.

Os Passadiços do Paiva e a Ponte 516 Arouca fazem parte do território Arouca Geopark que é reconhecido pela UNESCO como Património Geológico da Humanidade.

É discutível a massificação de passadiços de madeira em Portugal, mas a verdade é que se não fosse esta construção feita pelo Homem, este magnífico vale estaria provavelmente inacessível à maioria de nós.

Por todos este motivos e mais alguns, estava já na hora de conhecer este soberbo destino natural e de descobrir os seus encantos.

Localizados na margem esquerda do Rio Paiva, estes 8,7 quilómetros de passadiços fazem-se de forma é linear e tem o seu início/fim na praia fluvial do Areínho ou na praia de Espiunca.

Iniciamos a caminhada na Praia Fluvial do Areínho pois assim enfrentamos a maior subida de escadaria logo no início do percurso, quando ainda estávamos fresquinhas.

Passado poucos metros do inicio, deparamo-nos com a Ponte Suspensa de Arouca. Decidimos incluir a travessia da ponte na nossa visita. Esta ponte com uns impressionantes 516 metros de comprimento e uma elevação de 175 metros, oferece vistas de cortar a respiração sobre a Garganta do Paiva e a Cascata das Aguieiras. O preço não é barato mas atravessar a Ponte Suspensa é sem dúvida uma experiência ímpar cheia de adrenalina.

O bilhete que adquirimos dá direito a percorrer os Passadiços do Paiva e atravessar a ponte nos dois sentidos.

De seguida, retomámos a caminhada pelos passadiços junto ao rio, caminhando ao longo do vale. O percurso é verdadeiramente impressionante com uma beleza única onde os passadiços estão inseridos num autêntico santuário natural. A simbiose entre a construção do Homem e a natureza está simplesmente perfeita e harmoniosa.

As paisagens são de cortar a respiração com extraordinárias formações rochosas, vida selvagem ímpar e praias fluviais muito apetecíveis.

Fizemos os passadiços num só sentido e terminámos em Espiunca onde voltamos de táxi ao ponto de partida.

Fomos no Outono, apesar da chuva foi uma boa opção, pois implica menos gente e por isso tivemos os passadiços praticamente só para nós, desfrutando em pleno do silêncio e da tranquilidade da natureza.

Sem dúvida que regressamos a casa de coração cheio e com uma sensação relaxante única.
Podemos afirmar, que a fama mundial não é de todo à toa e que, nós portugueses, somos uns privilegiados por ter esta maravilha mesmo “à porta de casa”.

segunda-feira, 6 de junho de 2022

Fim de semana no Porto


Já tinha estado algumas vezes no Porto, mas a maioria das vezes de passagem e sem nunca ter tido oportunidade de visitar a cidade com a merecida atenção. Então, desta vez resolvi descobrir mais esta cidade.

Durante a minha escapadinha no Porto visitei alguns dos pontos principais da cidade que ainda não conhecia.

Fiquei no Stay Hotel Centro Trindade, em pleno coração da baixa, com uma excelente localização, pois fica perto da estação Trindade e com uma boa relação qualidade/preço.

Comecei pelo centro da cidade, ou seja, a Praça da Liberdade, mais conhecida como Avenida dos Aliados.
Seguindo o passeio fui encontrando igrejas com fachadas forradas a azulejo que se destacam pela sua beleza. A Igreja das Almas é uma delas. Localizada na esquina entre a Rua de Santa Catarina e a de Fernando Tomás, esta capela possui uma das paredes mais instagramáveis da cidade, pois é considerada por muitos a mais bonita da cidade do Porto.
Outra igreja deslumbrante no Porto é a Igreja do Carmo, igualmente forrada com azulejos e que se destaca também pela sua beleza singular.
Estação Ferroviária de São Bento é outro edifício igualmente imperdível, considerada uma das mais belas do mundo. É claro que aqui aproveitei para entrar e apreciar os magníficos painéis de azulejos que decoram o átrio de entrada.
Seguiu-se a Sé Catedral do Porto que domina a parte velha da cidade. Do terreiro da Sé pode-se apreciar as magníficas vistas sobre os telhados do casario portuense, a Torre dos Clérigos, o rio Douro e Gaia.
Passei também pela Ponte D. Luís I, uma das pontes mais bonitas do mundo e o verdadeiro cartão de visita da cidade. A ponte tem uma passagem superior e uma inferior, a superior destina-se à passagem do metro do Porto e a inferior à circulação rodoviária. Tanto na parte superior como inferior existem passagens pedonais. Atravessei o rio pelo tabuleiro superior onde as vistas sobre o Rio Douro e sobre a ribeira do Porto e Gaia são soberbas.
Segui o tabuleiro passando pelo Miradouro da Serra do Pilar e fui dar ao Jardim do Morro, onde o ambiente é absolutamente descontraído e delicioso. Terminar aqui o dia e assistir ao pôr-do-sol é indescritível.

A cidade do Porto é realmente uma cidade bonita e descontraída. Ficou ainda muito por descobrir, pois há ainda muito por desvendar acerca do Porto...mas terá que ficar para uma próxima escapadinha.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Natal em Lisboa

O Natal para mim é possivelmente o período do ano mais especial. O espirito que se vive nesta altura é único e as luzes e os enfeites de natal ajudam a torná-la numa época mágica.

Viver o natal em qualquer sítio do país é especial, mas as festividades natalícias na nossa capital são levadas a um nível mais elevado. Ano após ano os governantes têm investido em atividades e decorações cada vez mais elaboradas e magnificas. E daí nasceu a minha vontade em conjunto com umas amigas, para irmos passar uns dias à capital para poder vivenciar todo este ambiente natalício. 

As atrações temáticas são imensas, desde mercados de natal espalhados pela cidade, como a iluminação de Natal nas principais ruas do centro, que por si só já é uma atração, dando especial destaque à árvore de Natal do Terreiro do Paço. 

Outra atração é o Wonderland Lisboa, situado no parque Eduardo VII e que tem várias atrações, como uma pista de gelo, bancas de artesanato e de outros produtos, bancas de comida e uma roda gigante. 

Claro que aproveitamos para comer aqui e em andar na roda. De lá de cima, tem-se uma vista privilegiada do parque Eduardo VII assim como do Marquês Pombal e da Avenida da Liberdade.

Visitámos também o Mercado de Natal do Rossio, mas o que foi mesmo especial foi caminhar pelas várias ruas e apreciar as luzes, as montras enquanto se ouviam as músicas de natal e se comiam umas castanhas. As ruas estavam apinhadas de gente a fazer o mesmo que nós.

Sem dúvida que nesta época do Natal, a cidade de Lisboa torna-se ainda mais vibrante e encantadora. Foram uns belos passeios natalícios.

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Comboio Histórico do Douro



O Comboio Histórico do Douro é considerado um dos passeios de comboio mais bonitos de Portugal e por este motivo é algo obrigatório a fazer. Aproveitamos para marcar fim-de-semana no Douro e realizar este passeio.

A viagem começa na estação de Peso da Régua e funciona de Junho a Outubro.

Logo à nossa chegada espera-nos uma antiga locomotiva a vapor 0186, construída em 1925 pela Henschel & Sohn, uma empresa Alemã. Esta locomotiva foi uma de dez locomotivas que chegaram a Portugal nos anos 1924-25 como parte do pagamento da dívida da Alemanha causada pela Primeira Guerra Mundial.

Constituída por 5 carruagens de madeira estas têm pormenores encantadores e super-românticos (janelas, puxadores...) o que as torna uma verdadeira preciosidade.

No inicio da viagem, um grupo de folclore anima os turistas e é nos oferecido um copo de Vinho do Porto, aumentando o nosso entusiasmo pela viagem.

À hora designada, o Comboio sai com fumarolas e apitos estridentes, sempre a par do majestoso rio Douro. Temos a sorte de ir junto à janela do lado onde corre o Douro, o que quer dizer que temos a melhor paisagem garantida durante todo o percurso. A nossa carruagem vai quase cheia e na sequência da pandemia, é obrigatório o uso de máscara e o distanciamento social.

Pouco tempo depois fazemos uma breve paragem no Pinhão e seguimos viagem. Estava um dia de sol maravilhoso e as cores das vinhas e do rio tornaram-se mais vivas e deslumbrantes. A quantidade de quintas de vinho espalhadas pelas encostas do Douro, faz-nos perceber a grande imponência do Alto Douro Vinhateiro. É sem duvida, uma paisagem de cortar a respiração.

De vez em quando a locomotiva apita, exaltando os ânimos e fazendo-nos recuar no tempo.

A viagem para cada lado demora cerca de 80 minutos e o passeio termina no Tua, onde fazemos uma paragem de cerca de meia hora antes do regresso à Régua.

A estação do Tua é cheio de encanto, pois parece que parou no tempo. Aqui aproveitamos para visitar o Centro Interpretativo do Vale do Tua, instalado nos dois antigos armazéns ferroviários que estavam desocupados na estação e que conta a história da linha.

No caminho de regresso ao Peso da Régua fazemos nova paragem no Pinhão e aproveitamos para ver os famosos azulejos.

Regressamos à Régua completamente embevecidos e deslumbrados. É sem dúvida uma viagem mágica de 30 quilómetros e que vale a pena fazer.

sexta-feira, 7 de maio de 2021

Férias para deconfinar


Portugal continua em estado de emergência, no entanto, já iniciou medidas de descofinamento e como tal, o objetivo nestas férias era ir para fora, nomeadamente até aos picos da Europa no país vizinho. Mas tal não deu, pois apesar do descofinamento, as fronteias continuam encerradas e por isso tive que alterar os meus planos e ficar cá dentro. 
O destino escolhido desta vez foi Sesimbra.

Sesimbra é uma pitoresca vila piscatória, às portas do Parque Natural da Arrábida, ideal para descansar e relaxar de um inicio de ano muito stressante.

Fiquei alojada no SANA Sesimbra Hotel, que fica no coração da vila a poucos passos da areia e da praia de águas azuis.
A estadia fui muito relaxante e agradável. A altura escolhida não podia ter sido melhor, pois havia poucas pessoas na rua, na praia e nas esplanadas, tornando o ambiente sereno e seguro.
Tive sorte com o tempo e por isso passei os dias entre a piscina e a passear à beira mar e pela marginal. Ao fim do dia nada mais revigorante que ver o pôr do sol. 

Aproveitei também para fazer alguma atividade cultural e visitei o Forte de Santiago do século XVII. Este monumento já serviu de fortaleza, alfândega e por ultimo de quartel da Guarda Fiscal. Atualmente, dentro da Fortaleza está o posto de turismo, um Museu e um restaurante. Vale a pena a visita, pois a fortaleza está muito bem conservada e tem uma vista fabulosa sob o mar.

Visitei também o castelo de Sesimbra que está bem preservado e de onde a paisagem sobre a vila, o mar e a serra
é arrebatadora. Dentro das muralhas é possível visitar a Igreja Santa Maria do Castelo, cujo interior surpreende pelos painéis de azulejo.

No regresso a Lisboa, fiz uma paragem em Palmela, para visitar o Castelo.
Construído numa localização estratégica, o Castelo possui uma vista fantástica, avistando-se de um lado Setúbal, o Rio Sado e a Serra da Arrábida e do outro lado, o rio Tejo e Lisboa. 

O resto dos dias foi em Leiria a recarregar baterias e a matar saudades da família, de quem estive tanto tempo afastada. 

As nossas vidas provavelmente nunca mais serão as mesmas por causa desta pandemia e o turismo terá de se reinventar, para fazer face às novas exigências de cariz sanitário e até às mudanças de mentalidade, que irão certamente afetar comportamentos e formas de viajar.
Resumindo e concluindo todos temos que nos adaptar a esta nova realidade, e ter esperança que melhores dias virão...

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Caminhada Rota dos Arrozais



Aproveitei que estava de folga no feriado de 25 de abril para fazer uma caminhada pela natureza. Desta vez, escolhi a região da Figueira da Foz.

Juntei-me à agência de viagens Ás de Ir e fui com eles num passeio pedestre pelas Rota dos Arrozais. É um trilho circular, relativamente fácil de 13km e que durou cerca de 4h30.

O ponto de encontro foi no centro da vila de Maiorca, no Terreiro do Paço, junto ao Paço dos Viscondes de Maiorca, mais conhecido por Paço de Maiorca.

Um trilho praticamente plano, onde percorrermos os extensos arrozais, por caminhos de terra batida e de alguma gravilha.

Passámos por várias pontes (Ponte dos Arcos, Ponte das Cinco Portas, Ponte do Arco Porqueiro) e alguns pontos de Interesse, como os Montes de Santa Olaia e Ferrestelo, um sitio classificado, mas que está completamente abandonado.

Outro ponto alto do percurso é a visita à Lagoa de Maiorca. É o resultado de uma antiga pedreira abandonada, que deveria estar vedada, no entanto, a cerca de proteção foi cortada, permitindo o acesso. 
As suas águas são de um azul-esverdeada o que lhe dá um ar paradisíaco, tornando-o num local de rara beleza.

Existem, no entanto, partes do trilho menos empolgantes, como por exemplo, a parte que se percorre na estrada de acesso à A14 em direção a Maiorca.

Valeu a pena pela caminhada e pelo convívio.

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Férias em Pandemia


Devido à COVID-19 os últimos meses têm sido de medo, perdas e incerteza em relação ao futuro. Esta incerteza paira em muitos aspetos da nossa vida, incluindo nas férias, pois estas foram canceladas durante um longo período. 
Chegámos a Novembro e o número de contágios está mais ou menos controlado e surge assim a possibilidade de ter férias. 
Aventurar-me a sair do país está fora de questão, e então decidi passar os meus dias de férias pela região centro, a explorar sítios que ainda desconhecia.

1. Óbidos

Uma das visitas foi à vila medieval de Óbidos que transborda de história, pois em 1148 foi tomada dos mouros por D. Afonso Henriques e no século seguinte, D. Dinis ofereceu a vila como presente de casamento à sua esposa, D. Isabel. A partir de então, Óbidos passou a pertencer à Casa das Rainhas. 

Aqui passei um dia inteiro a passear sem rumo pelas suas ruelas. Visitei alguns monumentos como o castelo e algumas igrejas e também algumas lojas. A vila é pequena e encantadora e visita-se facilmente. Faz-nos viajar no tempo e faz-nos ter orgulho do nosso património. 
Neste dia, havia muito pouca gente a visitá-la, o que provavelmente se deve à pandemia.

2. Foz do Arelho e Lagoa de Óbidos

Saí de Óbidos em direção a Foz do Arelho onde fiquei alojada no INATEL , que tem uma vista privilegiada para a Lagoa de Óbidos e para a Praia de Foz do Arelho. São sem sombra de dúvida dois paraísos naturais com uma paisagem única.

Aqui passei dois dias a explorar tanto a lagoa como as praias da região.

Num dos dias viajei de carro, percorrendo toda a lagoa. A Lagoa de Óbidos é o sistema lagunar mais extenso da costa portuguesa com uma área total aproximada de 6.9Km2. É separada do Oceano Atlântico por um cordão de dunas, e mistura água doce e salgada, criando um ecossistema interessante. É também bastante apreciada por quem gosta de bird watching pela sua diversidade.
Passei por locais muito bonitos e interessantes, como a castiça aldeia piscatória do Casal da Lapinha e miradouros para a lagoa. Pelo caminho, fiz uma paragem obrigatória no Covão dos Musaranhos, para esticar as pernas e beber um refresco.
Chegada ao fim da lagoa, encontrei mais praias com uma beleza ímpar, como a Praia do Bom Sucesso e a Praia de Rei Cortiço.

No dia seguinte fiquei pela Praia da Foz do Arelho que também tem uma beleza única, resultante da confluência da lagoa com o seu mar. Mas para além deste pormenor a praia possui outro encanto que são os passadiços. Apesar de não serem muito extensos, têm uma paisagem de cortar a respiração e que vale a pena fazer.

3. Caldas da Rainha

No dia seguinte, meti-me a caminho da cidade das Caldas da Rainha, para visitar a cidade, mas em particular o Museu José Malhoa.
É um museu que queria visitar há muito e chegou a oportunidade. O museu é um belo edifício que fica no coração do parque D. Carlos I. Aqui encontra-se o maior núcleo da obra do pintor naturalista, assim como de artistas contemporâneos do pintor. Percorri o museu lentamente apreciar as obras de arte e recordo o encantamento de obras como "Retrato da Rainha D. Leonor" e "As promessas".

Vale a pena a visita pois na minha perspetiva excedeu em muito as minhas expectativas.

Aproveitei também para passear no Parque D. Carlos I, um jardim de estilo romântico, muito bonito. Atravessei o jardim e demorei-me a percorrer as alamedas, a admirar a vegetação, o lago, o coreto, e os “Pavilhões do Parque” que serviram de alojamento aos frequentadores da estância termal. Estes edifícios têm uma arquitetura única, cheia de imponência e que lamentavelmente estão ao abandono.

Logo ao lado fica o Hospital Termal Rainha D. Leonor, fundado em 1485 e considerado o hospital mais antigo do mundo. Descobri mais tarde que é possível fazer uma visita ao espaço. Terá que ficar para uma próxima visita.  

4. Praia de Magoito

Segui ainda para sul, para a região de Sintra, para visitar a bonita Praia do Magoito, que fica perto da vila de Magoito. É um lugar onde enormes arribas erguem-se imponentes direcionando o nosso olhar ao longo da costa até ao Cabo da Roca. Possui um extenso areal e o mar é bastante agitado. Vale a pena a visita pela paisagem. Aqui fiquei alojada pelo airbnb numa casa perto da praia.

A incerteza e a insegurança são dois termos que nos perseguem e provavelmente nos perseguirão nos próximos tempos. Estas foram umas férias calmas e tranquilas, muito diferentes das minha férias habituais, mas ao qual terei que me habituar. Posso afirmar que foram umas férias seguras, longe de aglomerados e de cidades com grandes dimensões populacionais. Em todo o lado é nos exigido cuidados de segurança que temos que cumprir sempre para que consigamos vencer esta pandemia. Portugal é sempre um destino de excelência pela sua história e paisagens.


domingo, 6 de setembro de 2020

Passadiços das Fragas de São Simão


Uma vez que os passadiços estão na moda decidimos fazer um passeio em família e visitar os novos passadiços das Fragas de São Simão, no concelho de Figueiró dos Vinhos. Assim, aproveita-se para passear ao ar livre e exercitar o corpo, enquanto admirámos a paisagem, uma vez que ultimamente as nossas vidas e liberdade tem sofrido bastante por causa do Coronavírus. 


À chegada ficamos um pouco indecisos onde deixar o carro, pois existem 3 locais para estacionar. Acabamos por deixar os carros no parque de estacionamento que fica a meio e que tem acesso direto à Praia Fluvial das Fragas de São Simão.

Daí subimos a escadaria de madeira até ao miradouro panorâmico de onde a vista é deslumbrante. De lá vêem-se as imponentes cristas quártzicas que se destacam na paisagem. A vista é maravilhosa e vale o esforço de subir. Para cima custa um bocadinho, sobretudo se houver muito calor, pois o troço não tem qualquer tipo de sombras. De seguida voltamos a descer até à praia fluvial que se fez muito bem. O percurso tem aproximadamente 1 km.

Lá em baixo, pelo meio das fragas, passa a Ribeira de Alge, dando origem à praia fluvial de são simão.  
A praia fluvial estende-se por uma grande área entre inúmeras árvores, tornando-a muito refrescante. Ai conseguimos encontrar um sitio idílico para o nosso pic-nic, onde passamos o resto da tarde. Nos intervalos entre comer e beber, íamos à água, que apesar de fria é tão límpida, que se vislumbram as mais pequenas pedras.  

Mais tarde fui fazer o outro troço do Passadiço das Fragas de São Simão que liga a praia fluvial à aldeia do Casal de São Simão. O percurso pedestre tem igualmente 1 km de extensão e sobe pelo bosque acima até à aldeia de xisto.
O caminho é um misto de passadiço e pequenas escadas em madeira com terra batida e não um passadiço contínuo. É bastante agradável. 

Chegados à aldeia, vimos as casinhas arranjadas e enfileiradas que a torna muito charmosa. É uma aldeia pequena que se visita rapidamente. Terminada a visita regressámos pelo mesmo caminho até a praia fluvial.

Foi sem dúvida um belo dia de passeio passado com a família na natureza e que deu para recarregar baterias para esta nova vaga que aí vem. Digamos que foi uma lufada de ar fresco, literalmente! Mas sempre com os cuidados devidos, especialmente pelo uso da máscara. Recomendo vivamente a visita, mesmo em tempos de COVID-19.

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Viagem pela Estrada Nacional 2


Tal como prometido, chegaram as férias e chegou a hora de explorar melhor o nosso país. Fazê-lo em tempos de COVID-19 foi sem duvida uma experiência diferente pois tem que se respeitar sempre as medidas de segurança, no entanto, o desejo de voltar a algo que se assemelhe à normalidade é muito grande.

Nestas férias decidi percorrer de carro a Estrada Nacional 2. O entusiasmo era grande pois a estrada, dizem os entendidos, é mítica. Dizem que é 3ª maior estrada nacional do mundo!! Ela conta com 739 km e atravessa Portugal de norte a sul pelo seu maravilhoso interior, desde Chaves a Faro.

Parti então de Leiria em direção a Chaves, o quilómetro zero da estrada. Pelo caminho fiz uma paragem em Amarante para uma visita relâmpago, que valeu a pena, pois a cidade transpira charme.

Comecei em Chaves e percorri a estrada em 7 dias, a um ritmo lento, onde pude apreciar as paisagens, as aldeias e as vilas. Foi sem duvida uma oportunidade para visitar o interior do País e descobrir Portugal numa nova perspetiva.

Passei por vários distritos, serras e rios, o que por si revela a sua variedade.
Ao longo da rota fiz alguns desvios para visitar lugares que me foram sugeridos com algum interesse cultural ou paisagens inesquecíveis.
Quanto aos alojamentos, as ofertas são variadas, desde hotéis a alojamentos Airbnb. Sendo esta época particularmente especial, todos em que fiquei apresentaram regras de higiene e segurança o que me tranquilizou.

Roteiro:

1º dia
Chaves - Vidago - Pedras Salgadas - Vila Pouca de Aguiar - Lagoa do Alvão - Vila Real - Santa Maria de Penaguião - Miradouro São Leonardo da Galafura - Peso da Régua

Em Chaves visitei a cidade a pé, pelas suas ruas estreitas, revelando-se uma cidade pequena mas encantadora. Visitei o Castelo e subi a Torre de Menagem onde visitei o Museu Militar. Atravessei a Ponte de Trajano, a milenar ponte romana sobre o rio Tâmega e apreciei as vistas sobre o rio.
De seguida, iniciei a rota pela Estrada Nacional 2 rumo a Vidago, a localidade onde se encontra o histórico Vidago-Palace Hotel que, para minha tristeza, se encontrava fechado. Próxima paragem foi o Parque Termal de Pedras Salgadas, que também se encontrava fechado, no entanto, deu para andar pelo parque que é muito agradável.
Em Vila Pouca de Aguiar, fiz uma visita ao Castelo, que fica um pouco afastado da localidade e que também se encontrava fechado. Aí fiz um desvio para visitar a Lagoa do Alvão, que apresenta passadiços em volta da Lagoa, sendo um passeio bastante aprazível. Segui para Vila Real mas não parei e ao ir para Santa Maria de Penaguião fiz um desvio para o Miradouro São Leonardo de Galafura, que fica a 640m de altura. As vistas sobre o Douro Vinhateiro são soberbas e por isso vale a pena o desvio.
Terminei o dia em Peso da Régua, com um passeio pela ecopista ribeirinha onde dá para apreciar o rio Douro de perto. Aqui fiquei alojada no Hotel Columbano.

2º dia
Peso da Régua - Lamego - Serra de Montemuro - Castro Daire - Viseu - Tondela - Caldas de Sangemil

No segundo dia pela EN2 continuei pelas sinuosas estradas do Douro Vinhateiro que me levaram até Lamego. Aí visitei a Sé Catedral e os seus claustros e de seguida subi a escadaria infindável do Santuário de Nossa Senhora dos Remédios. Segui em rumo a Castro Daire, mas pelo caminho fiz um desvio para visitar a Serra de Montemuro, cuja estrada até lá tem paisagens super cénicas. Passei ao lado de Castro Daire e de Viseu, perdendo muitas vezes a vista aos marcos da EN2 tornando-se confuso. Segui até Tondela e fiz um desvio até às Caldas de Sangemil, onde pernoitei no Hotel Beira Dão, situado no Vale do Rio Dão, justamente na praia fluvial de Caldas de Sangemil. Um local muito agradável e tranquilo, onde deu para terminar o dia apreciar o rio Dão.

3º dia
Caldas de Sandgemil - Santa Comba Dão - Barragem da Aguieira - Penacova - Góis - Pedrógão Grande

Parti em direção a Tondela, passando de seguida ao lado de Santa Comba Dão. Aqui o troço até Penacova torna-se novamente confuso, devido à IP3 e perdemos por momentos a EN2 de vista. Passei pela Albufeira da Barragem da Aguieira e pela Livraria do Mondego. Segui para a zona que me é bastante familiar, pela proximidade a casa, ou seja, de Penacova a Góis. Na vila de Góis, visitei o monumento mais emblemático - a Ponte Real - junto à Praia Fluvial da Peneda, que se encontrava interdita a banhos por causa do COVID. De Góis a EN2 segue em direção a Pedrogão Grande e pelo caminho fiz um pequeno desvio para visitar algumas Aldeias do Xisto da Serra da Lousã - Aigra Nova e Aigra Velha. A estrada até Pedrógão Grande é bastante agradável com vistas espetaculares da Serra da Lousã. Já em Pedrogão Grande passei na bonita Albufeira da Barragem de Cabril e aí pernoitei no Hotel da Montanha com uma vista fabulosa para esta albufeira.

4º dia
Pedrogão Grande - Pedrogão Pequeno - Sertã - Dornes - Centro Geodésico - Vila de Rei - Abrantes

Primeira visita do dia foi em Pedrogão Pequeno, à sua Ponte Filipina sobre o rio Zêzere, onde tive que fazer uma pequena caminhada para a conhecer, mas valeu a pena.
Segui para a Sertã, uma vila pacata, onde fiz uma paragem no seu jardim, junto ao rio e visitei também a sua Ponte Filipina. Aqui a estrada segue para sul, mas eu fiz um desvio até Dornes, a aldeia templária, que há muito tempo queria conhecer. Chegada à aldeia, constatei que esta é muito pequena, mas com muito charme. Visitei a praia fluvial, e a sua conhecida Igreja, mas não entrei por estar a decorrer a missa. O que há a realçar nesta pequena aldeia é a sua tranquilidade.
Despedi-me de Dornes e segui o caminho de volta até a EN2 rumo ao Centro Geodésico de Portugal, que assinala, com pompa e circunstância, o Centro de Portugal. Daqui as vistas são longínquas e conseguimos avistar a Serra da Estrela. Segui a EN2 e passei ao lado de Vila de Rei até Abrantes, onde terminei o dia. Aqui visitei a parte antiga da cidade a pé. O ponto alto da visita foi o passeio pelo jardim do castelo e as vistas sobre o rio Tejo. Nesta cidade arrendei uma casa muito agradável no centro histórico - A Casa da Barca.

5º dia
Abrantes - Ponte de Sor - Galveias - Avis - Parque Ecológico do Gameiro - Montargil

Abrantes visitada é hora de atravessar o rio Tejo e seguir em direção a Ponte de Sor. Aqui a paisagem muda drasticamente e começam as extensas planícies alentejanas. Depois desta cidade fiz um desvio da EN2 e segui até as Galveias. Pequena aldeia alentejana que é muito querida à minha mãe e por isso fiz questão de a visitar. Seguiu-se a vila de Avis, onde fiz uma visita ao seu castelo, que se encontra praticamente em ruínas. Uma pena!!
Ao longo da estrada torna-se bastante apetecível fazer uma paragem para um pic-nic nas planícies, no entanto, a realidade é que essa ideia poderá tornar-se bastante desagradável pela quantidade de mosquitos!!
Próxima paragem foi o Parque Ecológico do Gameiro, um sitio bem agradável com uma praia fluvial, onde fiz uma paragem para descansar e tomar um refresco. A estadia desta vez foi em Montargil, no Monte da Granja Nova, uma herdade com vários alojamentos, bastante agradável para terminar o dia.

6º dia
Montargil - Barragem de Montargil - Mora - Brotas - Ciborro - Montemor-o-Novo - Santiago do Escoural - Anta de São Brissos - Alcáçovas - Torrão - Ferreira do Alentejo

Fui conhecer a albufeira da Barragem de Montargil que fica paralela à EN2. De seguida passei por Mora, Brotas, Ciborro, parando apenas em Montemor-o-Novo. Nesta cidade aproveitei para visitar o Castelo de Montemor, que a julgar pelo que resta, deveria ser um castelo bastante imponente.
Aproveitei e almocei pela cidade. De Montemor-o-Novo avancei em direção a Santiago do Escoural e aí fiz um desvio para a Anta de São Brissos. Trata-se de uma anta primitiva que foi transformada em capela, mas que se encontrava fechada.
Regressei à EN2, em direção a Alcáçovas onde queria visitar o Paço dos Henriques, mas que também se encontrava fechado.
Segui para Torrão e terminei o dia em Ferreira do Alentejo. Aproveitei para jantar nesta vila e pernoitei no Monte Chalaça.

7º dia
Ferreira do Alentejo - Ervidel - Aljustrel - Castro Daire - Almodôvar - Ameixial - São Brás de Alportel - Estoi - Faro

Logo pela manha, após o pequeno-almoço fui surpreendida com uma experiencia rural, que consistiu em fazer uma visita à quinta dos animais do monte. Segui depois pela EN2 para fazer o último troço da estrada. Passei por Ervidel e Aljustrel, sem parar. A paragem foi na vila de Castro Verde, onde visitei a imponente Basílica Real da Nossa Senhora da Conceição e o Museu da Lucerna, que se encontrava fechado.
Retomei a EN2 em direção a Almodôvar e entretanto inicio a viagem vertiginosa pela Serra do Caldeirão. Passo pelo Ameixial e São Brás de Alportel, entrando assim no Algarve, em curva contra-curva, mas com uma paisagem magnifica da serra.
Já no Algarve, faço uma paragem em Estoi, para visitar as ruínas de Milreu e o charmoso Palácio de Estoi que para minha tristeza se encontravam fechados!!
Chegada a Faro, o último destino da rota, fui à rotunda onde fica o último marco da Estrada Nacional 2 que marca o km 738.
Terminei assim a estrada mítica e aproveitei para ficar aqui uns dias a descansar da viagem.
Foi sem duvida uma viagem inesquecível, pois é uma estrada surpreendente, com uma variedade de paisagens impressionante, onde ainda é possível visualizar o Portugal genuíno com um património riquíssimo, conferindo-lhe a sua identidade única, muitas vezes esquecida e ostracizada.

No entanto, por vezes senti algumas dificuldades, pois a sinalização da estrada está longe de ser a melhor. Ao longo do percurso vamos encontrando os famosos marcos de EN2, mas existem secções em que a estrada e os marcos desaparecem. Por isso aconselho fazer a estrada com GPS.

Viajar em tempos de pandemia foi uma experiência diferente pois a máscara e o desinfetante gel fizeram sempre parte da minha indumentária, mas em todos os locais onde estive houve sempre segurança sem aglomerados de pessoas.

sábado, 8 de fevereiro de 2020

À conquista do Trevim


O ano mal começou e nada melhor que ir fazer uma caminhada na natureza para começar bem o ano. Aproveitei e fui com um grupo de caminhada descobrir mais um pouco da Serra da Lousã. 

A caminhada começou na aldeia do Coentral Grande que fica na vertente sul da serra. 

O dia estava chuvoso e cinzento e assim se manteve até o fim, o que condicionou muito pudermos vislumbrar as paisagens.

A primeira parte da caminhada foram 5 km´s praticamente em subida constante o que fisicamente foi um pouco exigente.

Passamos pelos Poços de Neve e a capela de Santo António da Neve, onde reza a história que aqui se condicionava neve para levar para a capital para que os nossos reis e sua corte pudessem saborear gelados no verão.

A subida continuou assim como a chuva até que chegamos ao ponto mais elevado da Serra da Lousã com 1204 metros. Dominado pelas antenas de radio-telecomunicações, em dias de céu limpo a vista daqui deve ser maravilhosa mas não hoje. 

Na fase descendente passamos pelo baloiço da Lousã, mundialmente conhecido nas redes sociais. Pena o nevoeiro mas ainda deu para vislumbrar um pouco do vale!!

Continuamos a descida e a certa altura entramos num mundo encantado de bosques de Faias, Castanheiros e Carvalhos. Foi a parte mais bonita da caminhada. Aqui pudemos apreciar a vegetação luxuriante da serra.

Já perto do fim entrarmos na zona da Ribeira do Coentral Grande que nos levou ao ponto de partida.

Foram 6 horas a caminhar e foi sem duvida uma caminhada desafiante pelos desníveis acentuados de subida mas valeu muito e pena apesar do tempo de chuva. 

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Férias em Lagos


Tenho sempre vontade de conhecer um pouco mais deste pequeno país onde vivo e por isso decidi fazer mais umas férias cá dentro. 
Desta vez a região escolhida foi Lagos, pois dizem que é a cidade mais pitoresca do Algarve e por isso escolhi-a para a visitar.

Todo o Algarve é muito procurado pelo turismo, no entanto, rapidamente percebi que Lagos, apesar da afluência turística, não sofreu a descaracterização que foram alvo a maioria das cidades do Algarve.

Lagos é uma cidade cheia de história, pois foi um importante ponto estratégico na altura dos descobrimentos e conserva ainda vestígios históricos de diferentes épocas.
No século XV, o Infante Dom Henrique viu nela o potencial marítimo. Central para os Descobrimentos Portugueses, esta foi a capital do Reino do Algarve donde partiram as nossas caravelas para nos dar o Mundo Novo.

Bem, o destino concentrava tudo o que eu gosto numas férias, ou seja, interesse cultural e praias para descansar.

Fiquei alojada no Aparthotel Dom Pedro Lagos, que tem uma óptima localização, mesmo em frente à Meia-Praia. 

Cada dia deu para fazer uma actividade diferente, pois para além do centro histórico existem diversas praias perto de Lagos que merecem ser visitadas.

A forma de me deslocar foi andar de transporte publico que é bastante acessível e prático, não tendo que me preocupar com o estacionamento.

1. Centro da Cidade

Vale a pena visitar o centro da cidade, ou seja, a cidade velha amuralhada, pois andar pela zona pedonal do centro histórico é muito agradável. 
As ruas estreitas ladeadas por casas típicas, fazem as delícias de qualquer visitante. 

Vale a pena visitar a Igreja Santo António, pois sem dúvida que é umas das mais bonitas do país com a sua decoração em talha dourada e os seus painéis de azulejos.

Do centro de Lagos vai-se facilmente a pé para algumas praias mais próximas da cidade. Passa-se pela Fortaleza da Ponta da Bandeira e logo avistamos as primeiras praias: a Praia da Batata e a Praia do Estudante.
2. Praia da Dona Ana

Esta praia tem vindo a ser considerada uma das mais bonitas do mundo por publicações internacionais.
É uma praia agradável, protegida por formações rochosas o que faz com que a partir das 
das 4/5 horas da tarde comece a sombra das rochas a surgir.  

3. Praia do Camilo
É também considerada uma das melhores praias em Lagos. Para lá chegar temos que descer uns degraus íngremes em madeira que nos levam à enseada arenosa da praia.
A praia é pequena mas vale pela vista de cima com as águas cristalinas. 

4. Praia de Porto de Mós

É a praia que fica mais distante da cidade mas é a minha praia preferida, pelo acesso à praia, espaço e extensão do areal.

5. Ponta da Piedade

Os penhascos da Ponta da Piedade, oferecem uma vista deslumbrante do promontório e do farol.
Vale a pena desfrutar da vista, pois é um dos cenários naturais mais bonitos da costa Algarvia.
Todo o espaço está ladeado por passadiços de madeira o que facilita a caminhada.

6. Passeio de barco às grutas

Fiz um passeio de barco pela costa entre Lagos e a Ponta da Piedade e assim o
 barco passa por todas as praias tendo-se uma vista diferente. 
No passeio vamos por entre as rochas em forma de penhasco com nomes como "Cozinha" e "Sala de Estar" por seus formatos incomuns.Valeu a pena a experiência pois tem-se uma visão diferente.

Foram sem duvida umas óptimas férias onde comprovei mais uma vez a beleza deste país, que não pára de me surpreender!

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Rota das Aldeias Históricas

Mapa distrito Guarda




Escondidas na região da Beira Interior, existem algumas aldeias históricas estrategicamente alinhadas ao longo da fronteira com Espanha, onde se travaram batalhas entre castelhanos e portugueses.
Curiosa em relação a estas aldeias e suas histórias decidi ir à aventura e percorrer, durante 4 dias, algumas estradas e caminhos pouco explorados com o objectivo de descobrir as Aldeias Históricas de Portugal.
Iniciei a viagem na cidade da Guarda.

1. Guarda

Cidade mais alta de Portugal e conhecida como a cidade dos 5 "F's" (Forte, Farta, Fria, Fiel e Formosa). Cidade com história e que acolhe uma dualidade tanto cultural como religiosa, entre católicos e judeus. É obrigatório visitar a imponente Catedral e passear pelas ruelas do centro histórico. 
Fiquei alojada na Guesthouse da Sé, situada bem no coração do centro histórico da cidade da Guarda, a dois passos da Sé. Trata-se de uma casa carismática com quartos decorados de forma tradicional.

2. Castelo Mendo

Aldeia no cimo do monte, rodeada por muralhas medievais construídas há vários séculos e que hoje protegem as ruínas de um castelo e escondem casas simples e ruas estreitas. Apesar de penosamente deserta, ou talvez por isso, é uma das aldeias históricas mais genuínas de Portugal. As muralhas tinham 8 torres que foram destruídas no grande terramoto de 1755, mas mantêm as 5 portas: porta da aldeia, da guarda, do sol, da traição e porta D.Sancho.
Durante a visita, vimos as ruínas da igreja de Santa Maria do Castelo, a Igreja de São Vicente do século XIII, o pelourinho e as casas com séculos de história.


3. Almeida

Almeida é uma pequena vila situada perto da fronteira entre Portugal e Espanha. É uma das mais fortificadas de Portugal. A sua muralha imponente em forma de estrela, foi estratégica na defesa da fronteira, ao longo dos séculos.
A vila não é grande, com uma população de cerca de 1300 pessoas, mas merece bem uma visita! No seu interior existem vários edifícios de natureza militar, e outros com uma arquitetura civil inegável.
Fiquei alojada na Casa Morgado que fica situado a pouco mais de 200 metros da aldeia histórica de Almeida e que oferece quartos simples mas extremamente cómodos.

4. Castelo Rodrigo

A pequena aldeia, situada no topo de uma colina, deve o seu nome ao conde Rodrigo Gonzalez de Girón. É uma das aldeias mais bem recuperadas, e ainda conserva em ruínas o enorme palácio no alto do monte.
O palácio é amplo e de lá tem-se uma vista magnífica para toda a região. Daqui vê-se bem Figueira de Castelo Rodrigo e, do lado oposto, o miradouro da Serra da Marofa.
A muralha que circunda a povoação tem partes que estão em ruínas mas que são bem perceptíveis quando se vê a aldeia à distância. A quase totalidade do casario está em bom estado e algumas das fachadas têm inscrições ou elementos decorativos como janelas manuelinas.

Ali perto, existe o Parque Arqueológico do Vale Côa (Património da Humanidade), com as figuras paleolíticas, que é essencial em qualquer roteiro turístico.

5. Castelo Melhor

Castelo Melhor é uma aldeia do concelho de Vila Nova de Foz Côa com pouco mais de 200 habitantes. Empoleirado no cimo do monte permanece uma muralha e um castelo em ruínas. De lá dizem que se avista uma paisagem fantástica com pombais, oliveiras e amendoeiras. Não consegui ir ver a paisagem pois, na proximidade da aldeia encontram-se os importantes sítios de arte rupestre do Vale do Côa - Núcleo Arqueológico da Penascosa. Então, decidi como tal, enveredar nesta experiência. Habitualmente, é necessário inscrição prévia para ir visitar as gravuras mas como era apenas mais 1 pessoa arranjou-se facilmente um lugar.
A viagem faz-se de jipe a todo o terreno até ao local das gravuras, e lá são explicados todos os pormenores interpretativos das gravuras pré-históricas, junto ao rio Côa. São cerca de 2 horas no local a ver e ouvir as explicações. Toda a paisagem até lá é fantástica assim como o sitio onde estão as gravuras. Vale mesmo a pena.
Após a visita às gravuras fui até Vila Nova de Foz Côa onde fiquei alojada no Hotel Vale do Côa. Visitei a cidade mas esta encontrava-se deserta. No dia seguinte visitei o Museu do Côa para compelmentar a informação que tinha recebido aquando a visita às gravuras. O Museu tem um vasto espólio proveniente de escavações realizadas, onde é possível observar pontas de lanças, partes de ferramentas e material feito de pedra que se conservou até aos nossos dias e possui ainda na parte exterior, vistas magníficas para o Vale do Côa. 

6. Marialva

Marialva pertence ao Concelho de Mêda, Distrito da Guarda e situa-se no topo de um penedo granítico, em posição dominante sobre a vila e a planície cortada pela antiga estrada romana. O castelo dominante, no alto de um íngreme penhasco e com a configuração oval das muralhas que circundam a vila, é o monumento mais importante do conjunto urbano. No entanto, não pude visitá-lo porque o posto de turismo encontrava-se fechado e era necessário pagar bilhete para visitar o castelo. Apesar de não se ver ninguém a passear nas ruas, estas estavam bastante movimentadas por carros que se dirigiam ao alojamento Casas de Côro. Talvez uma próxima vez quando for rica!! Hehe...


7. Linhares da Beira

Aldeia medieval do séc. XII, muito bem conservada, com uma diversidade arquitectónica invejável face a outras aldeias.
É o seu castelo que nos chama primeiro a atenção, ao longe, ainda antes de se chegar à aldeia. Visto de perto, somos surpreendidos pelo facto de assentar sobre um enorme penedo.
Deambular pelas suas ruas é visitar o passado e descobrir o que de mais genuíno temos no Nosso Portugal.
Ali no alto do Castelo, avista-se uma paisagem fantástica!


Estas aldeias são na sua maioria terras perdidas no tempo, quase desertas, com uma população maioritariamente idosa que nos recebe com olhares curiosos, à espera de um bom dia ou boa tarde. Possuem Castelos, pelourinhos, muralhas, igrejas e solares que são elementos comuns a quase todas elas. E acima de tudo estão inseridas em regiões de paisagens deslumbrantes.
Podem-se considerar uns verdadeiros museus a céu aberto carregados de história. Conservam as velhas tradições de Portugal e revelam evidências das consecutivas conquistas territoriais à medida que se foi formando o país que hoje conhecemos.
Vale a pena conhecer este rico património histórico que caracteriza tão bem o nosso país.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

PR3 MDB

Fisgas de Ermelo


Nada melhor que aproveitar o fim-de-semana para conhecer melhor Portugal e fazer um trilho pedestre. Desta vez, juntamo-nos 3 amigas e fomos para norte, distrito de Vila Real. Resolvemos fazer o trilho das Fisgas do Ermelo que fica em plena Serra de Alvão. É um trilho circular de aproximadamente 12,4 km com um alto grau de dificuldade mas com paisagens magnificas.
Passa por locais de interesse ambiental e geológico de que se destacam as Quedas de Água das Fisgas de Ermelo, as pequenas lagoas de água cristalina designadas por Piócas de Baixo e de Cima e as singulares aldeias de montanha.

Iniciamos o trilho nas quedas de água das Fisgas de Ermelo e daí partimos em direção às Piócas de Baixo e depois Ermelo. Nos entretantos, perdemo-nos pois deixamos de ver as marcações por distracção e perdemos algum tempo a retomar o trilho. Por sorte chegamos à aldeia de Ermelo onde fizemos uma paragem no café da aldeia que é um verdadeiro oásis. As horas já tardavam e o cansaço já teimava, e por ainda faltarem muitos quilómetros pela frente (7 km) pedimos boleia até às Piócas de Baixo e poupamos 5 km a andar. Batota, eu sei, mas tivemos receio das horas e do pôr-do-sol. Fica para a próxima!
Visitamos as Piócas de Cima e seguimos o resto do trilho até ao fim.

É sem duvida um percurso de rara beleza mas com grandes desníveis, o que o torna desafiante e que vale a pena pelas suas deslumbrantes paisagens. A Natureza em todo o seu esplendor!

Ao fim do dia, fomos para Mondim de Basto, onde pernoitamos no Hostel Carvalho. Mondim de Basto foi uma bela surpresa. Uma vila muito bonita, cheia de vida, com gente jovem e bonita. Jantamos no restaurante Casa da Cainha, que foi muito bom e recomendamos.

No dia seguinte, após o pequeno-almoço o plano era ir até a cidade de Vila Real que não fica muito distante. Chegadas lá, andamos um pouco a pé pela cidade e fizemos uma paragem na Pastelaria Gomes. Depois, seguimos viagem até Pinhão, passando por Mateus e Sabrosa. Chegamos a Pinhão à hora de almoço e nada melhor que comer numa esplanada à beira do rio Douro. Que maravilha!
Fizemos a famosa estrada N222, considerada a estrada mais romântica do país e que faz bem jus à fama que tem.
Estas paisagens do Alto Douro Vinhateiro são sem duvida de tirar o fôlego. Chegamos a Peso da Régua e tomamos a direcção para sul, para Lamego onde fizemos nova paragem para lanchar. De lá regressamos a Coimbra.
Foi sem duvida um fim-de-semana relaxante e que deu para confirmar aquilo que há muito já sabemos: Portugal é mesmo um dos países mais bonitos do mundo!


domingo, 1 de outubro de 2017

Percorrer as praias da costa alentejana

O objectivo destas férias foi conhecer as praias da costa alentejana e vicentina. Esta região é sem duvida das mais bonitas de Portugal.
Uma semana não chega para explorá-la mas é melhor do que nada. O sonho seria fazê-la numa carrinha pão de forma, mas até lá terá que ser no meu velhinho Volkswagen Polo.
A viagem iniciou-se em Porto Covo.

1. Porto Covo

Quando chegamos a Porto Covo e às pequenas praias ficamos deslumbrados com as magníficas areias brancas e águas azuis.
A aldeia de Porto Covo é tão pitoresca e pacata, que faz-nos sentir bem . Esta aldeia conseguiu ao longo dos anos, preservar toda a traça tradicional que lhe confere tamanha beleza, tornando-a especial.
Quanto ao alojamento o parque de campismo é uma boa solução. 

Aqui vale a pena visitar:
- Praia dos Buizinhos
- Praia Grande de Porto Covo
- Praia da Samoqueira
- Praia da Ilha do Pessegueiro 


2. Aljezur

Aljezur já é Algarve e vale muito a pena conhecer. A cidade de Aljezur tem um castelo na parte antiga da cidade cujas ruelas antigas e estreitas nos levam até lá.
Do alto do castelo tem-se uma vista soberba.

Nesta região vale a pena ir até:
- Praia da Amoreira. Na foz do rio de Aljezur, existe esta espectacular praia rodeada de dunas e falésias, mar e rio.
- Praia da Arrifana. Bastante conhecida e movimentada, é a praia rainha do surf do litoral de Aljezur.
Esta praia está situada numa bela enseada em forma de concha, protegida do vento e das ondas, o que a torna perfeita.
- Praia Monte Clérigo
- Praia Vale dos Homens

3. Odeceixe

É a primeira praia do Algarve para quem se desloca pelo litoral vindo do norte.
A belíssima aldeia de Odeceixe esconde esta praia magnífica com uma língua de areia na foz da ribeira de Odeceixe. A praia é magnífica, com parte de rio e mar, mas as vistas do promontório em frente são ainda mais avassaladoras.

4. Praia do Carvalhal

Terminei as ferias na praia do Carvalhal, a sul da Zambujeira do Mar. Esta é uma bela praia com um areal bastante grande, especialmente na maré baixa, e o mar magnífico.

Aqui decidi mimar-me um pouco e escolhi o Monte Carvalhal da Rocha para ficar alojada. Trata-se de um alojamento de qualidade e conforto um pouco superior aquele a que estive habituada ao longo das ferias. E revelou-se o local ideal para terminar as férias.

Perto daqui temos a Praia Azenhas do Mar, que em termos de beleza não é nada extraordinária e temos a Praia dos Machados, que é uma praia deserta sem acessos mas que vale a pena conhecer.
É possível ir a pé desta praia até a Praia do Carvalhal, pela rota vicentina,que por aqui passa.