Pesquisar neste blogue

domingo, 8 de outubro de 2023

Singapura, Indonésia e Malásia


A vontade de voltar ao sudoeste asiático era grande e desta vez surgiu a oportunidade de conhecer o maior arquipélago do mundo. A Indonésia era o grande destino destas férias e para lá chegar aproveitamos para fazer algumas paragens pelo meio.

Singapura foi a nossa porta de entrada e de saída da Ásia e foi surpreendente! Assim que se aterra no país ficámos logo surpreendidas, pois o aeroporto é fantástico. 
Ao chegar temos que preencher um formulário online através do QR code que é facultado em vários pontos no aeroporto e que temos que mostrar na alfandega. A partir daí estamos prontas para explorar o país e ser surpreendidas...não fosse o calor intenso e sufocante!!

A rede de transportes é fantástica e muito fácil de utilizar. Basta passar o contactless do cartão MB e lá vamos nós. Nós usamos tanto o metro como os autocarros que são excelentes.

Singapura é uma cidade-estado moderna, vibrante, limpa, organizada mas cara para dormir. Nós estivemos duas vezes na cidade (na ida e na vinda) e em ambas as vezes recorremos à cadeia de hotéis Ibis budget, pois foi o melhor que encontramos tendo em conta a relação preço/qualidade.

A organização e estrutura do País é admirável, mas provavelmente pelas regras bastante rígidas que tem.

O must do é caminhar pelas ruas e explorar cada canto, como Chinatown, Arab Quarter, Clarke Quay, Financial District e Marina Bay onde fica o hotel Marina Bay Sands conhecido pela sua infinity pool e pelas vistas fantásticas sobre a cidade.
Mas algo essencial é assistir ao espetáculo das Super Trees no Gardens By The Bay, que acontece todas as noites às 20h00, 21h30 e 23h00, com duração de 15 minutos.

De Singapura voámos para a Indonésia, o grande destino destas férias. O roteiro que definimos foi para 11 dias na Indonésia. 
Voámos diretamente para Yogyakarta, a 2ª cidade da ilha de Java e a cidade base para conhecer os preciosos templos que tanto queríamos conhecer e que estão ao seu redor - O Templo Budista Borobudur e o Templo Prambanan.

Descobrimos que o trânsito na Indonésia é uma loucura, cheio de motos e carros. Conduzir lá não é uma tarefa fácil. E para não fazê-lo a alternativa é contratar tours ou contratar um Grab (igual ao Uber) que te leve aos sítios.

Desta forma, consideramos que a melhor maneira de visitar os templos era ir num tour, por ser muito mais fácil e cómodo. Compramos o tour na nossa guest house, que saiu bastante cedo e que durou um dia inteiro. Foi duro acordar de madrugada, mas foi o melhor que fizemos! O tour foi ótimo e o tempo foi ideal para visitar tudo com calma.

Ambos este templos estão incluídos na lista de Património Mundial da UNESCO na Indonésia. Prambanan e Borobudur são muito diferentes entre si, não só pela vocação religiosa que os fez surgir, mas também pela forma arquitetónica como essa vocação se expressa.
Borobudur, é o maior monumento budista de toda a Ásia e Prambanan é o maior templo hindu da ilha de Java. São dois templos que vale muito a pena conhecer.

Outro ponto de interesse na Ilha de Java é o Monte Bromo que é um dos vulcões mais visitados na Indonésia, pela sua paisagem lunar.
Para lá chegarmos de forma independente sabíamos que ia ser difícil pois a probabilidade de sermos alvo de um esquema qualquer era grande, mas decidimos tentar fazê-lo na mesma.
Em Yogyakarta apanhamos um comboio para Probolinggo, onde ficamos alojadas e na nossa guesthouse contratamos um tour. Fomos de madrugada numa mini-van até Cemoro Lawang e de lá levaram-nos para assistir ao nascer do sol no vulcão. O nascer do sol foi um flop, pois o nevoeiro era tanto que não nos deixou ver nada. Mas o resto da tour foi incrível pois de seguida, subimos à cratera do vulcão a pé o que foi absolutamente indescritível!! Um verdadeiro sonho!!
Uma dica importante é levar roupa mais quente pois lá em cima a temperatura baixa drasticamente!

O nosso tempo na Ilha de Java estava a terminar e tivemos que seguir para outra ilha. Apesar de haver mais opções, optamos ir para Bali de autocarro que demorou 12h!!!

Chegadas a Bali, o autocarro levou-nos até Denpassar e lá arranjamos um Grab para nos levar para Ubud.
Ubud fica no centro de Bali, não tem praia e está cercado por arrozais. É a capital cultural da ilha. As pessoas aqui vivem com intensidade os seus costumes e a sua religiosidade. Bali é uma ilha hindu no meio da maior população muçulmana do mundo! Mas o hinduísmo praticado aqui é diferente do hindu da Índia, aqui a vaca não é sagrada, assim como não há o sistema de castas.

O fluxo de turismo é imenso e achámos que existem demasiados turistas, tornando a ilha bastante ocidentalizado. Por um lado é bom mas por outro lado considero que perdeu um pouco a sua originalidade.

Os transportes públicos em Bali são praticamente inexistentes. Existem basicamente três opções para explorar os principais pontos de interesse da ilha: alugar mota, alugar um carro com motorista, ou recorrer a tours para fazer os passeios.

Como a nossa experiência em andar de mota é nula, a opção foi contratar motoristas para nos levar aos sítios.
Foi assim que fizemos para visitar os campos de arroz de Tegallalang e os vários templos hindus. Visitámos:

- Terraços de arroz de Tegallalang, considerado Património Mundial da UNESCO por ainda utilizarem o tradicional sistema de irrigação balinês.

- Pura Tirta Empul, mais conhecido pelo nome de Templo da Água, por ficar localizado junto a uma nascente sagrada e onde são realizados rituais de purificação, nos quais também podemos participar.

- Candi Gunung Kawi (Património Mundial da UNESCO), um dos maiores e mais antigos complexos de templos do Bali, onde encontramos impressionantes santuários esculpidos nas rochas.

- Templo Goa Gajah, também conhecido pelo nome de Caverna do Elefante, devido à caverna que se encontra no recinto do templo e em cujo interior se encontra a estátua do deus hindu Ganesh.

- Cascata Tegenungan é uma das cascatas mais majestosas de Bali. Infelizmente, foi transformada num autêntico parque de diversões onde não faltam baloiços, miradouros, uma ponte com fundo de vidro e até mesmo um bar/club com uma piscina infinita, tudo fabricado para o Instagram. A beleza da cascata continua lá, mas é preciso abstrair-se do ruído e das multidões.

Todos estes templos e atrações são a pagar e nos templos exigem que homens e mulheres vistam o sarong (uma saia típica) para poder entrar nos templos.

O resto do tempo foi a explorar o centro de Ubud, o mercado e os arredores acessíveis a pé.

De Ubud fomos para Amed de carro com motorista. Amed foi uma surpresa muito agradável. Não tinha grande expetativa mas acabou por se revelar uma vila muito tranquila onde passamos 2 dias bastante descontraídos.
Aproveitámos os dias para descansar e fazer praia. As praias são vulcânicas com vista para o vulcão.
Fomos visitar o Pura Lempuyang Luhur, o templo onde se tira a famosa fotografia em reflexo com o imponente Mount Agung como pano de fundo. Não vá é à espera de ver um lago no templo, pois a famosa fotografia não passa de um ilusório jogo de espelhos criado pelos locais. Escusado será dizer que a fila para tirar a icónica fotografia é colossal!

Bali é sem dúvida uma ilha magnifica e que merece ser visitada de Sul ao Norte e sem pressa. No entanto, tempo era algo que tínhamos bem contado. Ao todo passámos 5 dias em Bali mas com vontade de ficar por muito mais tempo.

De Bali seguimos para as ilhas Gili de barco pois estes são os únicos transportes que funcionam, quer seja para as Ilhas Nusa quer para as Ilhas Gili. Compramos o bilhete de barco+transporte de ida e volta, no hotel em Amed. O preço é muito variável mas mais vale assim do que estar a negociar no dia em Padang Bai que é simplesmente um circo!!

Passamos 2 dias na Ilha Gili Air a relaxar. É sem duvida uma ilha tranquila, perfeita para descansar pois não há veículos motorizados, apenas carroças e bicicletas. As praias são de areia fina com águas quentes e azul-turquesa.

Regressamos a Bali de barco. Em Padang Bai fomos de mini-van para o aeroporto, que estava incluído no bilhete de barco. 
Estando na Indonésia e em direção a Singapura, não podíamos deixar de ir ver como é a Malásia e por isso decidimos voar até Kuala Lumpur, a capital da Malásia.

Kuala Lumpur é uma cidade grande, com prédios altos, um pouco confusa, com muita gente, muitas culturas (hindu, muçulmana, cristã), mas com algum lixo e alguma pobreza...mas a comida é simplesmente maravilhosa, fruto desta mistura de culturas.

Ficámos alojadas na zona de Bukit Bintang, que é um bairro cheio de shoppings e de centros comerciais, bem como de bares e restaurantes. É uma zona bastante animada e muito bem servida de transportes públicos o que facilita a deslocação pela cidade.

Aproveitamos para visitar as Batu Caves, pois é um ponto obrigatório. Localizada na periferia da cidade chega-se lá facilmente de metro. 
Trata-se de um conjunto de cavernas cuja entrada é gratuita e que tem uma entrada imponente pela presença da imensa estátua dourada de Murugan, um deus hindu. Para aceder às cavernas, temos que subir os 272 degraus coloridos do templo. Pela escadaria existem centenas de macacos, que estão lá à procura de comida (e a tentar roubar comida ao turista desatento!). O lugar é bonito, mas infelizmente estava muito sujo.

Visitámos as Petronas Towers que são o ponto turístico mais famoso de toda a Malásia, por outrora ser o edifício mais alto do mundo. São milhares de visitantes que se aglomeram aos pés das torres, noite e dia, para tirar uma foto, pois têm sem dúvida uma construção bonita e imponente. Na base das torres funciona um shopping enorme - o Suria KLCC.

O tempo para visitar a cidade foi curto, pois só estivemos 1 dia e ficou muita coisa por ver. Deixamos a Malásia com vontade de voltar e de visitar melhor a sua capital assim como o resto do país, pois dizem que as praias e as suas ilhas são magnificas.

De Kuala Lumpur apanhamos um autocarro para Singapura que demorou cerca de 5 horas. Tivemos que passar a fronteira terrestre onde tivemos um contratempo na alfandega, nomeadamente no preenchimento do formulário online, mas conseguimos chegar ao destino apesar das peripécias.

Foram umas férias inesquecíveis, cheias de aventuras, onde vimos uma grande variedade de paisagens e de ambientes. Foi uma viagem planeada para visitar os três destinos, mas foi na Indonésia, onde passamos a maior parte do tempo. 
É sempre impossível ver tudo, pois o tempo é escasso e ficou muita coisa para visitar, mas apesar de tudo visitamos praias paradisíacas, vulcões e templos magníficos. As pessoas foram muito simpáticas, hospitaleiras e sempre de sorriso no rosto.