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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Costurar?!

Já estamos em Dezembro, na época natalícia e as noticias do país continuam péssimas, pois continuamos com a grave crise económica, que nos assola e que nos obriga a poupar e a contar os tostões, pois os cortes são mais que muitos e ao mesmo tempo os impostos sobem e os ordenados diminuem. É verdade, uma verdadeira tragédia! Mas não há nada a fazer o mal já está feito!
No final de contas, resta-nos menos dinheiro ao fim do mês, e nesta época de natal, não é fácil gerir isto, até porque gosto de oferecer um miminho às pessoas mais queridas, e não está fácil consegui-lo.
Então, pensei e pensei, até que me lembrei "porque não fazer as minhas prendas?". E "porque não costurá-las?". Impos-se um problema, Eu não sei costurar!
Decidi levar a ideia avante e fui aprender a costurar! E não é que descobri que não é tão dificil assim! E até gostei!!!
E foi assim, que descobri o meu novo hobbie - Costurar!
Tenho dedicado bastante tempo à costura, e tenho andado a fazer as prendas de natal para os meus amigos, e acho que não tenho me saído nada mal. O que acham??



E assim, foi com a crise que descobri o meu novo hobbie, que tem preenchido o meu tempo livre e que me tem agradado bastante. E para além de tudo ainda poupo uns trocos. Nada mau! Afinal, aprendi alguma coisa com a crise...

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

ROAD TRIP PELA CROÁCIA

Quem me conhece sabe que não sou adepta de viagens organizadas por agências e prefiro ser eu mesma a planeá-las. E estas férias na Croácia (que incluiram uma escapadela até a Bósnia e Montenegro) não foram excepção.
O meio de transporte escolhido foi o carro que alugámos logo no aeroporto em Zagreb o que nos permitiu percorrer o país com o máximo de liberdade.
A condução revelou-se muito fácil, pois as estradas são todas boas com bastante sinalização.
O itinerário foi:

1º dia: Lisboa/Zagreb
2º dia: Zagreb/Plitvice/Zadar
3º dia: Zadar/Krka Parque/Trogir/Split
4º dia: Split/Ilha de Brac
5º dia: Split/Makarska
6º dia: Makarska/Mostar/Dubrovnik
7º dia: Dubrovnik
8º dia: Dubrovnik/Kotor
9º dia: Kotor/Dubrovnik
10º dia: Dubrovnik/Lisboa

Zagreb: O tempo despendido na capital foi pouco e não deu para visitar muito da cidade, mas fomos conhecer à noite o centro a pé.
No dia seguinte de manhã, saímos de Zagreb em direcção ao Parque dos Lagos de Plitvice que são quase 150km. A viagem decorreu sem problemas.

Plitvice: Visitar este local por si só já é motivo suficiente para viajar à Croácia, pois não há dúvida de que Plitvice é um dos lugares mais surpreendentes deste país.
Explorar o parque demora cerca de 6h se se fizer todo o percurso a pé. Mas existem vários trilhos e dá para optar pelo melhor trilho para o tempo que queremos. Também dá para optar por fazer alguns trajectos de barco ou de autocarro. Apesar da grande extensão dos caminhos e da inclinação do terreno nalguns pontos, é um passeio fácil e não demasiado cansativo, acessível a toda a gente.
Nós fizemos o percurso a pé que demorou cerca de 3h e no final apanhámos o barco para a saída.
Fizemos o percurso em volta dos lagos inferiores, que deu para ver grande parte da beleza do parque pois são sequências de cascatas e lagos circulares, ao longo de vales escarpados e verdejantes, zonas de bosque com árvores altíssimas, adornado por passadiços de madeira. Saltam à vista os indescritíveis tons de azul das águas cristalinas que correm calmamente. São cenários de beleza natural sucedendo-se um após o outro. Ao longo do caminho, vamos parando para contemplar a paisagem, as fotografias são inevitáveis pois queremos capturar todo aquele cenário idílico, ou então simplesmente parar e apreciar a paisagem em silêncio. Plitvice é assim! Tudo parece perfeito. Deixa-nos sem palavras…

Plitvice

Zadar: Cidade pequena e simpática. Escolhemos passar por Zadar por ser um ponto estratégico no caminho em direção à costa. É também a cidade onde podemos ver um órgão gigante tocado pelas ondas do mar. Chama-se órgão marítimo ou Sea Organ e foi projectado como uma das estratégias para recuperar a costa de Zadar dos estragos da Segunda Guerra Mundial e assim atrair mais turistas.
Trata-se de um instrumento musical experimental feito com degraus de mármore branco e um conjunto de tubos que fica abaixo da água. Assim quando as ondas do mar e o vento batem nos degraus e nas cavidades formam sons harmónicos. Interessante! 
Zadar - Órgão do Mar (4).JPG

Krka Parque: De Zadar partimos para o Parque Nacional Krka, que demorou cerca de uma hora de viagem. Mais um lindo parque nacional com cascatas sucessivas a descer por dois rios de águas azuis transparentes, no meio de muita vegetação luxuriante. Percorremos o parque pelos seus passadiços e pontes de madeira. Ao contrário do que acontece no Parque Nacional de Plitvice, onde não é permitido nadar nos lagos, aqui pode-se mergulhar nas piscinas naturais, formadas pelo rio Krka. 



Trogir: Chegámos a esta cidade de noite e apenas por uma breve passagem para jantar, mas que valeu pela descoberta, pois é uma cidade pouco divulgada como destino turístico, no entanto, o seu centro histórico foi classificado pela Unesco como Património da Humanidade. Esta cidade fica numa ilhota e é circunscrita por muralhas. O seu centro medieval é pequeno e labiríntico com ruas estreitas mas cheio de vida. Revelou-se uma pequena cidade de encantos. Há vários restaurantes, nós optamos por um junto ao porto, cujos preços são acessíveis. A comida é tipicamente mediterrânica, à base de saladas e massas. 

Split: É a 2ª maior cidade da Croácia, cujo centro histórico também foi classificado Património da Humanidade pela UNESCO. A entrada na cidade faz-se pelas portas das muralhas. As suas ruas medievais são tão estreitas que não cabem carros e desembocam em praças amplas com vestígios romanos como catedrais que outrora foram templos e palácios. Fora da muralha existem passeios marítimos e barcos que partem para as diversas ilhas do mar Adriático. 

Ilha de Brac: Partimos do porto de Split num ferryboat com o carro, com destino à ilha de Brac. Brac é uma das 47 ilhas habitadas da Croácia e a 3ª maior das ilhas do Adriático. No entanto, esta ilha deve a sua popularidade à praia com formato em V e que muda ligeiramente consoante as marés- Zlatni Rat. Esta praia de formato triangular, é rodeada pelo fantástico azul do Adriático e com areia muito clara. É tão bonita quanto as fotografias a retratam. A praia é um verdadeiro paraíso com águas cristalinas, limpas e uma temperatura morna. Aí passamos o resto do dia a relaxar, tomar banho e a fotografar. 

Riviera Makarska: Saímos de Split em direcção a Dubrovnik sempre pela costa onde a certa altura reparámos que estávamos entre o Adriático e uma imponente montanha que se chama Biokovo. Ao longo de toda a costa fomos encontrando várias praias e baías e do outro lado montanhas e zonas de pinhais verdejantes, constituindo assim paisagens deslumbrantes. 
Uma das vantagens de não optar pelas viagens organizadas por agências é a liberdade de escolher o percurso que se prefere e outro é poder parar onde se quer ou quando de repente nos deparamos com um sitio lindo e alteramos assim o percurso a nosso belo prazer. E assim foi. Sempre que avistámos uma praia paradisíaca (e que são bastantes) paramos para dar um belo mergulho nas águas mornas e límpidas.

Chegámos à cidade de Makarska onde apenas pernoitámos. O plano seguinte é chegar a Dubrovnik mas há um pequeno pormenor: é preciso passar pela Bósnia-Herzegovina.

Mostar (Bósnia-Herzegovina): No posto alfandegário da Bósnia é necessário parar para mostrar os passaportes e os documentos do carro, mas tudo com tranquilidade. E com isto, ganhámos um carimbo no passaporte, e entrámos na Bósnia-Herzegovina. Já que temos que entrar no país porque não explorá-lo um pouco mais?! E assim decidimos ir até Mostar, a cidade mais perto da fronteira. 
As estradas da Bósnia eram uma incógnita para nós. Estávamos até um pouco apreensivas, mas as estradas são tão boas quanto as croatas.
Chegámos tranquilamente a Mostar, antiga cidade turca, conhecida pela sua ponte de pedra - Ponte Velha, antigo símbolo da união entre cristãos e muçulmanos e que foi destruída em 1993 por fortes bombardeamentos durante a guerra da Bósnia. Esta foi reconstruida à imagem da antiga e declarada Património da Humanidade.

Revelou-se uma povoação muito bonita, cheia de influências otomanas, diferente da maioria das cidades europeias. Aqui atravessámos a Ponte Velha e percorremos o Bazar, na rua principal que conduz à Ponte Velha. As marcas de guerra são ainda visíveis nalguns edificios, fazendo nos lembrar da fraqueza dos Homens.
Voltámos à estrada para regressar ao nosso destino inicial - Dubrovnik, no entanto, aconteceu-nos um imprevisto pois metemo-nos por uma estrada secundária que se revelou estreita e sinuosa, em mau estado onde não se via vivalma, por entre aldeias abandonadas e bombardeadas. Viemos a saber mais tarde que essa zona possui muitas minas terrestres ainda não identificadas!!!
Chegámos sã e salvas à fronteira croata. Parámos em Ston para ganhar novo fôlego e continuámos viagem até Dubrovnik. 

Dubrovnik: Chegámos à cidade ao fim da tarde e estacionámos o carro. Aqui decidimos ficar alojadas no centro histórico.  Assim que entrámos dentro da cidade muralhada ficámos logo deslumbradas e fascinadas. É dificil de explicar!

A cidade antiga de Dubrovnik é fascinante a todas as horas, seja vista de noite ou de dia, mas ter o primeiro contacto com ela de noite com luz artificial pouco agressiva é uma experiência absolutamente avassaladora: é amor à primeira vista. 
De dia a cidade transfigura-se cheia de turistas, pois vive nitidamente para o turismo. Existe gente por todo lado, tornando-se por vezes cansativo. Mas o charme da cidade consegue superar este excesso de gente. 
A cidade tem imensas coisas para ver e há que fazer opções. Aqui ficámos 2 dias e percorremos as suas ruas, ruelas, praças, e praçetas. Fizemos as suas muralhas a pé, que se revelou um passeio de 2km com vistas inesquecíveis sobre a cidade e os seus telhados e sobre o mar tranquilo e azul.

Kotor (Montenegro): De Dubrovnik até à fronteira com Montenegro não chegam a ser 40 km, por isso achámos que seria um desperdício não aproveitar a oportunidade de visitar um bocadinho desse país. Pegamos novamente no carro e atravessamos a fronteira para Montenegro, que foi tranquilo. Seguimos com destino a Kotor onde pernoitamos. A estrada até chegar lá é magnifica, sempre a contornar uma baía de um lado e um espectacular anfiteatro montanhoso do outro. 
Kotor, Património da Humanidade, é uma cidade muralhada com um castelo no topo da montanha. É uma cidade medieval pequena e muito bem preservada. Não circulam carros e é possível andar a passear distraidamente pelas suas ruelas labirinticas. 
Também é possível subir às muralhas que não é tarefa fácil, por isso é melhor fazê-lo de manhã cedo de forma a evitar o calor, mas vale a pena, pois de lá de cima a vista é incrível onde se avista o porto, as montanhas e a baía de águas verdes.
No dia seguinte, resolvemos rumar um pouco mais a sul, a cerca de 30 km, e visitámos Sveti Stefan, uma zona balnear lindíssima e muito popular entre o jet-set internacional desde há várias décadas. Apesar da distância curta, demorámos quase uma hora a chegar lá, pois a estrada continuou a ser cheia de curvas e contracurvas. Última paragem é uma visita rápida a Budva. Vítima do desenvolvimento turístico da área e da construção desenfreada, a cidade é algo incaracterística e a visita vale sobretudo pelo centro histórico, junto à marina. Apesar de menos interessante do que Kotor, merece ainda assim um passeio.
Regressámos a Dubrovink e terminámos a viagem com regresso a Lisboa. 

A Croácia é sem sombra de dúvida um país muito bom para viajar, com inúmeros locais de uma beleza fora de série, muita história e um património arquitectónico e cultural invejável. As pessoas não são as mais simpáticas do mundo, pois nalgumas delas ainda é possível ver alguns traumas de guerra, o que por vezes se poderá traduzir nalguma desconfiança. No entanto, existe um esforço da parte deles para tornar a nossa estadia o mais aprazível possível e isso é de agradecer. 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Keep Calm and Carry On

Depois de uma noite espectacular, ficou isto na memória...

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Há palavras que nos beijam



Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

Alexandre O'Neill

domingo, 28 de agosto de 2011

Algarve...soube a pouco

Todas as profissões têm coisas boas e coisas más. Existem muitas coisas na minha profissão que não gosto (mesmo), mas uma das coisas que gosto, são os horários, isto é, o "roulement". Pois permite-nos, por exemplo, juntarmos algumas folgas, de forma a ficármos uns dias sem trabalhar, o que é espectacular! E foi assim que consegui juntar 5 folgas e ir até o algarve ter com os meus pais. O que foi maravilhoso!
Já soube um pouco a férias, já que férias só em outubro, pois todos estes meses de verão, passei-os a trabalhar. Enfim...opções!
Foram 5 dias espectaculares na Praia da Oura, com bom tempo, de "papo para o ar" sem fazer nada, na bela companhia dos papás. Serviram para relaxar e abstrair-me um pouco do dia-a-dia, aqui por Coimbra. Foram uns diazinhos muito bons, apanhar sol e a dar uns belos mergulhos naquele mar magnifico de águas transparentes!

Claro que soube a pouco mas já foi muito bom!
Na vinda para cima, fizemos um desvio até à Barragem do Alqueva, que possui aquela paisagem inigualável. Visitámos a imponente obra de engenharia, que ali pacientemente estanca as águas do Guadiana, para que os terrenos tenham alguma água.

Fizémos também uma breve paragem na Aldeia da Luz, a aldeia que quanto a mim, se parece a uma aldeia fantasma, onde não se vê vivalma e que apesar de nova é uma aldeia desprovida de identidade. Pelo menos, é o que me parece.

E claro, paragem obrigatória em Monsaraz, bela vila medieval que não me canso de visitar, pois ainda em maio lá estive. Não me canso de olhar para toda aquela paisagem em redor que tanto me seduz.


Assim foi esta semana, que serviu para me reabastecer de novas energias para mais um mês de trabalho antes das férias.

domingo, 7 de agosto de 2011

Saudade



"...Saudade é amar um passado que ainda não passou,
É recusar um presente que nos machuca,
É não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais..."

Pablo Neruda

sábado, 6 de agosto de 2011

Andanças 2011


Depois de regressar do 16º festival internacional de danças populares, que me deixou completamente exausta, ficam as saudades de todo aquele ambiente vivido e do que mais se fez por lá – Dançar!
O Andanças é um festival que promove a música e a dança popular.
Lá revivemos as danças e a música tradicional, aprendemos vários estilos de dança diferentes. Eu tentei aprender tudo de um pouco, no entanto é muito dificil conseguir ir a tudo, tal é a quantidade de actividades.
Participei nas danças castelhanas, valencianas, europeias (que foram maravilhosas), ranchos (variados), danças populares portuguesas de roda, danças orientais, escocesas, danças tribais africanas (que me deixaram rota!). Foi tudo espectacular!
Era de manhã cedo até altas horas da noite, sempre a dançar e a viver intensamente tudo o que conseguia.
Havia workshops de tudo, até de massagem, para relaxar o corpo e que bem que me soube! Tentei também um pouco de malabarismo, mas percebi que aquilo não é para mim.
O festival é caracterizado por ter gente de todo o lado. São adultos e crianças a correr alegremente por todo o recinto. Parece uma Aldeia Global.
A energia e o ambiente que se vive ali pode-se dizer que é único! Digamos que é um ambiente de partilha e de muito boa energia.
A realçar são as condições que nos são proporcionadas, quer no campismo quer em todo o espaço, e que só são possíveis graças aos muitos voluntários que nele participam.
O festival é marcado por atitudes de sustentabilidade como a utilização pessoal de uma caneca e por variadas atitudes de consciência ambiental como a simples separação do lixo e o desperdício zero! E a verdade é que quando queremos conseguimos mesmo fazer a difernça!
Foi sem dúvida um festival muito exaustivo mas ao mesmo tempo muito revigorante! Obrigadas amigas pela vossa companhia. Venha o próximo…

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Frieza


Os teus olhos são frios como as espadas,
E claros como os trágicos punhais,
Têm brilhos cortantes de metais
E fulgores de lâminas geladas.

Vejo neles imagens retratadas
De abandonos cruéis e desleais,
Fantásticos desejos irreais,
E todo o oiro e o sol das madrugadas!

Mas não te invejo, Amor, essa indif'rença,
Que viver neste mundo sem amar
É pior que ser cego de nascença!

Tu invejas a dor que vive em mim!
E quanta vez dirás a soluçar:
"Ah, quem me dera, Irmã, amar assim!..."

Florbela Espanca, in "Livro de Sóror Saudade"

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Meco, Sol & Rock N’Roll



Depois de 3 dias intensos no 17º Super Bock Super Rock ficam as saudades e a nostalgia de todo aquele ambiente festivaleiro apesar de todo o pó e falta de condições no campismo, mas tudo isto se aguenta estoicamente em nome da boa musica.

Ficam as memórias do acordar com o calor sufocante na tenda mal os primeiros raios solares apareciam, dos banhos de água gelada pela manhã, das casas de banho pestilentas e das filas intermináveis. Aliado a tudo isto ficam obviamente os momentos de convívio extraordinários, o companheirismo e a musica fabulosa acompanhar todos estes momentos.


Acrescentar a tudo isto fica também na memória o meu 33º aniversário, que foi inesquecível. O dia começou ao som de Portishead e Arcade Fire que foram arrasadores. Foi um dia passado na companhia dos meus amigos com muito boa disposição. Foi sem dúvida um dia Espectacular!!


Quanto aos concertos, destaco Arcade Fire que foram brilhantes e para mim os melhores do festival, Portishead, The Strokes e Artic Monkeys. Houve agradáveis surpresas como Noiserv, Chromeo e The Vaccines.
Ficou por ouvir Lykke Li, El Guincho, L.A. e Junip de José Gonzales, mas não dava para ouvir tudo.
menos bom foi Beirut, do qual sou fã, mas fiquei um pouco desiludida pois, o concerto foi morno, o som estava baixo demais e achei o Zach um pouco apagado. Digamos que o concerto não correspondeu às minhas expectativas. Espero voltar a vê-los, talvez numa sala mais pequena e sossegada.

Ao olhar para todo o festival digamos que a musica compensou todo o pó e sujidade dos 3 dias, por isso o saldo foi positivo. Foram 3 dias espectaculares, com musica da melhor que há. Vamos ver para o ano...

sábado, 9 de julho de 2011

Optimus Alive 2011


Para mim já começaram os festivais. O Optimus Alive foi o 1º de muitos que ainda hão-de vir este verão, assim o espero!
Foram dois dias de festival muito intensos, como sempre!
No 1º dia, a estreia do festival, digamos que foi morno. As coisas ainda estavam aquecer. Não vi muitos concertos, mas valeu a pena ver Grouplove, uma novidade para mim. Vi um pouco de Avi Buffalo e Mona, não foram maus. Passámos algum tempo no Palco Clubbing que este ano estava bastante melhorado em relação a anos anteriores. Com alguma pena não vi Blondie, pois nessa altura estávamos a jantar. E finalmente, Coldplay, a banda mais esperada da noite. Sinceramente, nada de muito surpreendente. A surpresa da noite, para mim, foi Patrick Wolf, que nos presenteou com um espectáculo exuberante e deliciosamente teatral. Tive pena de só ter ouvido 2 músicas. Fica para a próxima.
A noite acabou cedo, pois o melhor é ir descansar que amanhã há mais!
No 2º dia, foi um dia cheio de surpresas, para mim pelo menos. Boas e más...
É inacreditável como a vida e o destino nos proporcionam momentos fantásticos e ao mesmo tempo angustiantes. Para mim, este dia foi um pouco dificil de suportar, mas apesar de tudo, talvez tenha sido melhor assim. O importante é conseguirmos aguentarmo-nos e levantar a cabeça.
Quanto aos concertos, houve agradáveis surpresas, como Seasick Steve. Um concerto muito genuíno! Espectacular! Assistimos ainda aos My chemical Romance, Primal Scream e os Golpes.
Finalmente, para acabar em beleza Foo Fighters, um concerto frenético de 2h30 que foi non-stop. Foi um concerto delirante, onde gastámos todas as nossas energias. Nós, o Dave Grohl e aquele fantástico baterista, Taylor Hawkins. Espectacular!! Para mim foi o concerto do festival. Ainda bem que pude estar lá. Obrigada Elodie.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Patchana e Bajoja



Regresso outra vez à casa
ao quarto
à cama.
Onde me escondo outra vez
dentro de mim
quando lá fora
o mundo continua a ser um lugar austero.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Foge Foge Bandido


Ontem à noite o bandido veio cá a Coimbra e deu um concerto inesquecível.
5 músicos fantásticos que vieram apresentar "O Amor Dá-me Tesão/Não Fui Eu Que Estraguei", que lançaram em 2009 e que infelizmente chega ao fim.

Foi uma noite magnífica, um concerto dinâmico cheio de boa música. Manel Cruz deu-se por inteiro ao longo de 2 horas, com o seu humor único e boa disposição.
"Grande dia - 1º dia de Verão - sofrimento maravilhoso"

Mais uma vez é de louvar a música portuguesa que se faz em Portugal!

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Tabacaria - Álvaro de Campos

Ontem foi noite de poesia.
Fui até o Centro Cultural D. Dinis assistir a um espectáculo, com a interpretação de uma grande amiga, onde a poesia é enaltecida.
A poesia eleita foi a de Álvaro de Campos, um dos heterónimos mais conhecidos do poeta Fernando Pessoa e o espectáculo conjuga 7 mulheres que através da dança (movimento) e da voz, exaltam a poesia de forma excepcional. É realmente um espectáculo a não perder.
Obrigada Mi

Aqui fica um dos poemas apresentados:

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?

Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.

(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)

Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.

(Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)

Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente

Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.

Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,

Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.

Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.

Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.

Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.

(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.
(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.

Álvaro de Campos, 15-1-1928

sábado, 4 de junho de 2011

Passeio pelo Alentejo


Mais umas férias e desta vez, decidimos passar as férias cá dentro. Afinal, Portugal é maravilhoso e com imenso para ver.
Para além de paisagens lindas, todos os sítios têm história e a comida é a melhor do mundo. Então, porque não explorar o melhor que o nosso país tem?
E assim foi, eu, a minha irmã e a Salete optámos por ficar cá dentro e a região eleita foi o Alentejo.

Partimos de carro de Lisboa em direcção a Évora.
1º dia - Évora
Cidade muralhada cheia de história e de encanto. Pernoitámos no hostel Sant'Antão na Praça de Giraldo. Muito bem localizado e com boas condições.
Iniciámos a visita à cidade pelo Jardim Botânico, onde está o Palácio de D. Manuel. Seguimos para a Capela dos Ossos, visitámos as igrejas, a Catedral, os Palácios e obviamente o Templo de Diana, que se ergue desde o século I d.C. Percorrémos as ruas e ruelas medievais que possuem muito encanto. Sem dúvida, é uma cidade encantadora, cheia de vida e de animação.
2º dia - Portel, Vidigueira, Ruínas S. Cucufate, Cuba, Beja.
Saímos de Évora por volta das 12h e partimos pelo IP2 em direcção a Portel. Em Portel, parámos para visitar o castelo, que é enorme e cujas muralhas estão praticamente intactas. No entanto, o inteior está um bocado abandonado. É uma pena! Mas foi o que mais constátamos ao longo de toda a nossa viagem, que o nosso Património histórico está completamente ao abandono e isso entristeceu-nos bastante. Enfim, mais uma daquelas políticas que não perecebemos!!
Acabámos por almoçar nesta localidade e depois seguimos para Beja, passando pela Vidigueira e Cuba.
Chegámos a Beja, por volta das 17h. Aí permanecémos na pousada de juventude.
Visitámos o castelo que já estava fechado, no entanto, andámos a explorar a cidade percorrendo as suas ruas e ruelas também muito pitorescas e a relaxar numa esplanada.
3º dia - Serpa, Pias, Moura, Barragem do Alqueva, Reguengos de Monsaraz, Monsaraz, Mourão.
Saímos de Beja pela manhã, rumo a Serpa. Em Serpa visitámos as muralhas, que ainda possui alguns importantes panos de muralhas. Pareceu-nos uma cidade pacata, aninhada dentro da sua muralha, e com um encanto único que tão bem caracteriza o alentejo.
De seguida passámos por Pias, Moura, onde parámos para almoçar e visitar a cidade.
Esta por sua vez estava bastante movimentada. Mais um castelo, e este estava em recuperação, por isso não deu para visitar.
Continuamos a viagem, vislumbrando sempre paisagens magnificas de campos e campos dourados pontuados. Surge entretanto o rio Guadiana que começa a serpentear os campos, até que nos deparámos na Barragem do Alqueva, a maior barragem da Europa e que torna a paisagem bastante agradável.
Daí vamos para Reguengos de Monsaraz e finalmente Monsaraz.
Lá foi a surpresa total. Ergue-se no alto uma vila medieval cercada por muros. Interessantíssima! As ruelas, as casas, os cafés e as lojinhas de artesanato, todas com uma vista fabulosa. Absolutamente encantador!
Próxima paragem foi Mourão, que também possui um castelo imponente, mas que está, mais uma vez, completamente abandonado. Uma pena!!
Dali fomos para o nosso pequeno "paraíso" onde pernoitámos no "Monte Falperras". Um verdadeiro paraíso, delicioso e onde recarregámos as baterias.
4º dia - Redondo, Estremoz, Borba, Elvas, Badajoz.
Saímos de manhã, após um pequeno-almoço maravilhoso e rumámos para norte em direcção a Estremoz. Cortámos a Serra D'Ossa, passámos pelo Redondo e parámos em Estremoz. Ainda chegámos a tempo da feira de artesanato que é realmente uma feira digna de se ver. Depois de almoço fomos dar um passeio pela cidade, subimos ao castelo e visitámos a capela da Rainha Santa, que segunda a senhora, que nos abriu a porta, foi em tempos o quarto dela. Entrámos na pousada (soberba!) e subimos à Torre de Menagem que possui uma vista espectaular.
De seguida, passámos por Borba e fizémos uma paragem em Elvas e Badajoz. Elvas revelou-se uma cidade muito grande mas um pouco suja e desprezada. Badajoz, por sua vez uma verdadeira metrópole. Porque será estas diferenças??
5º dia - Vila Viçosa, Alandroal, Terena, Évoramonte
Partimos para Vila Viçosa de manhã e visitámos o palácio ducal onde viveram reis e rainhas de tempos passados, e que revelou-se extraordinário!
Ao visitá-lo é possível imaginar o ambiente familiar que ali se viveu. Cada uma das divisões tem uma história para contar. Vale mesmo a pena!
Ainda nesta vila visitámos o Castelo e o Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, que se situam dentro dos muros medievais do castelo.
Depois de Vila Viçosa fizémos uma paragem no Alandroal para almoçar e uma paragem em Terena para visitar o Castelo, que se vislumbra belo ao longe mas à medida que nos aproximamos vamos nos aperecbendo da detrioração.
No caminho já para Lisboa, parámos em Évoramonte, que também possui um castelo lindíssimo, que se ergue imponentemente lá no alto.
De lá partimos para Lisboa, terminando assim a nossa viagem por esta região de Portugal.
Esta viagem pelo Alentejo foi inesquecível onde vimos paisagens assombrosas, de campos dourados pontuados por oliveiras e sobreiros, cidades e aldeias históricas aninhadas junto a muralhas medievais, aliado a uma gastronomia única e deliciosa.

sábado, 23 de abril de 2011

Patrick Watson em Coimbra



Ontem tive o privilégio de assistir a um concerto inesquecível cá em Coimbra, no TAGV, que foi o concerto "Patick Watson".
O Patrick veio acompanhado pela sua banda, Robbie Kuster, Mishka Stein, e Simon Angell, 3 músicos fantásticos, que deram um espectáculo digno de se ver, do inicio ao fim!
Foi um concerto cheio de melodias e imprevisibilidades sonoras.
A voz do Patrick é uma delícia sonora, que aliada ao seu piano, transporta-nos através das mais variadas e exuberantes experiências musicais.
A sua voz aliada aos outros músicos e à diversidade instrumental que possuem, torna o concerto único e diria quase mágico!
Pará além de toda esta performance, o Patrick Watson também se revelou um excelente comunicador e entertainer, com sentido de humor, onde o riso esteve presente.
Foi um concerto simplesmente espantoso!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Talvez...



A esta hora branda d’amargura,
A esta hora triste em que o luar
Anda chorando, Ó minha desventura
Onde estás tu? Onde anda o teu olhar?

A noite é calma e triste… a murmurar
Anda o vento, de leve, na doçura
Ideal do aveludado ar
Onde estrelas palpitam… Noite escura

Dize-me onde ele está o meu amor,
Onde o vosso luar o vai beijar,
Onde as vossas estrelas co fulgor

Do seu brilho de fogo o vão cobrir!
Dize-me onde ele está!… Talvez a olhar
A mesma noite linda a refulgir…

Florbela Espanca, Trocando Olhares

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Workshop de Lomografia

Neste momento estou de costas voltadas para a fotografia digital e dediquei-me inteiramente à analógica e à lomografia.
Apesar de não perceber muito, tenho investido algum do meu tempo para praticar. Parece fácil mas não é. Tem os seus truques, mas nada que com a prática não se consiga.
Resolvi então, frequentar um workshop de lomografia em Lisboa, na Embaixada Lomográfica para me aprefeiçoar nesta arte.
Apesar de ter ficado um pouco desiludida com o workshop, porque esperava mais, aprendi alguns truques e dicas, que passei a praticar.
Recebi as fotos há pouco tempo e tenho a dizer que apesar de tudo, não estão nada más.
Ficam aqui algumas fotos tiradas nesse workshop com a minha Diana F+.
Espero que comentem ou que tecem alguma critica (construtiva, claro) para poder melhor.













quarta-feira, 30 de março de 2011

Viena-Bratislava-Budapeste

E assim foi mais uma viagem de mochila às costas com direito a comboio e tudo! Lá fomos nós, 4 raparigas à procura de aventura pela Europa!


A viagem começou em Budapeste onde apanhámos o comboio, na estação de Keleti, para Viena, que durou 3 horas bem passadas a jogar Bismark.
Budapeste nesta altura pareceu-nos cinzenta e suja e a ansiedade para chegar a Viena era mais que muita.

Chegámos a Viena à estação Wien Meidling por volta das 20h e aí estivémos um pouco à nora para apanharmos o metro para a pousada, mas como boas portuguesas que somos lá nos desenrascámos. Saímos em Kettenbruckengasse, no Nashmarkt e demos logo com a pousada "Wombats City Hostel". Espectacular! Recomendo totalmente. Foi uma bela surpresa.

Foram 3 dias a passear em Viena, que revelou-se ser uma cidade majestosa e imperial, com todos os seus palácios e palacetes. A cidade respira música e história e é bastante limpa e civilizada.

Passámos um bocado de frio mas nada nos impediu de correr Viena de cima a baixo. Visitámos alguns museus e palácios. Claro que não conseguimos ver tudo, mas para mim há que realçar a Stephansdam e o Belvedere onde pude ver e admirar o famoso quadro de Klimt "O Beijo".



Assistimos também a um concerto de música clássica que também foi interessante e que melhor que tudo - não tinha dress code!!

De resto foi passear pela cidade e contemplar a sua forma de vida. Percebemos que a vida aqui não é propriamente barata, por isso lá se foram alguns euros a mais!
Terminada a visita a Viena estava na hora de pegar novamente nas mochilas e apanhar o comboio para Bratislava, capital da Eslováquia.



Dirigimo-nos à estção de Wien Sudbanhof e por meros minutos perdemos o comboio das 19h. Que chatice! Tivémos que secar durante 1h pelo próximo comboio, mas a chatice maior foi que a compra dos bilhetes era feita apenas nas máquinas automáticas, que tivémos alguma dificuldade em decifrar. Depois de muito perscrutármos a máquina, percebemos que não existem bilhetes de apenas ida para bratislava, só existem bilhetes de ida e volta e foi o que acabámos por comprar. Balcão de Informações nesta estação não existe!!!!

Viagem de comboio Viena-Bratislava foi durante 1h. Chegámos à capital eslovaca às 21h. Apanhámos facilmente o autocarro para a pousada e as pessoas revelaram-se muito simpáticas e prestáveis. A primeira impressão da cidade foi bastante positiva e manteve-se assim o resto da viagem.

Bratislava é uma cidade pequena mas que possui o seu encanto. Passeámos relaxadamente pela cidade, a contemplar a sua arquitectura e modo de vida.


O sol sempre acompanhar-nos, mas bom bom foi a sopa que comémos num restaurante tipicamente eslovaco. Foi maravilhoso, porque não era uma sopa qualquer. Era uma sopa de alho com queijo servida num pão! Extraordinário!

Terminámos de ver a cidade em meio dia e então o próximo passo foi pegar nas mochilas e rumar a Budapeste. Só que desta vez fizémos mal a pesquisa e fomos a correr desenfriadas para a Estação Petrzalka, a estação onde chegámos de Viena. Mas não era aqui que se apanhava o comboio para Budapeste. Então, tivémos que apanhar o autocarro de volta para a cidade, para a Estação Hlavaná, que ficava a meros passos da pousada onde estávamos. Inacreditável!!

Tivémos que esperar umas horitas pelo próximo comboio, mas a nossa preocupação maior era a hora de chegada a Budapeste que seria às 23h o que não é nada aconselhável, segundo os guias. Bem, não há-de ser nada! E não foi mesmo nada! Inclusivamente, cometemos uma infracção, porque apanhámos o metro até Blaha Luiza Square sem bilhete! Tivémos uma sorte, porque mais tarde descobrimos que revisores são o que abundam mais em Budapeste! Não é meninas??
Bem, Budapeste revelou-se uma cidade enorme, uma verdadeira metrópole. Foi uma agradável surpresa!
Passeámos por toda a cidade. Optámos por começar por Peste, que é a parte mais urbana e comercial, onde se concentram a maioria dos pontos turísticos. A destacar a Igreja de Sto. Estêvão, que é magnânime e o Parlamento, nas margens do Danúbio!



Em Buda visitámos o Castelo ou Palácio Real (é a mesma coisa) e passámos horas no Bastião dos Pescadores a contemplar a maravilhosa paisagem!
Esse dia foi finalizado com um banho termal divinal nas Termas de Szechenyi, onde permanecemos 3 horas seguidas dentro de água! Recomendo totalmente!

Mas no meio de toda a beleza da cidade pudemos constatar que existem muitos esquemas para extorquir dinheiro às pessoas e nós fomos alvo de uma tentativa. Por isso aqui vai uma dica, piquem sempre os bilhetes, quer seja no metro, autocarro ou eléctrico, porque existem revisores falsos que topam logo e que tentam de tudo para nos enganar. Ah, e não acreditem em revisores que não estejam fardados! São falsos!!!
Mas no final tudo acabou bem, são e salvo!
Foi uma viagem cheia de aventuras e acontecimentos. E como sempre a Europa e as suas cidades conseguem-me surpreender sempre pela positiva!

segunda-feira, 14 de março de 2011

País à Rasca


O país está à RASCA!! Sabemos todos que isto não é só de agora, é já de há algum tempo, mas o que acontece é que já não aguentamos mais esta injustiça social em que vivemos. O povo está a chegar ao seu limite e foi por isso que no passado sábado, dia 12 de Março, se uniu todo e veio para as ruas manifestar-se, aproveitando o proteso da Geração à Rasca.
A brincar a brincar, o proteso juntou cerca de 300 mil pessoas na rua.



Foram novos e velhos, famílias inteiras e crianças que participaram na marcha. Todos apelaram aos seus direitos, por melhores condições de trabalho e reclararam pelo seu futuro.
Desta vez, não houve partidos, nem entidades politicas na organização, apenas o POVO! Um verdadeiro exemplo de solidariedade nacional e patriótica.
Aqui em Coimbra, a manifestação foi morna. a praça da República estava um pouco despida, pois ao que parece a maioria das pessoas deslocaram-se até à capital para protestarem.
O país tem estado apático e entorpecido mas parece que está acordar e que já começa a dar sinais do seu mal-estar. 1º foi a eleição da musica "Lutar é Alegria" dos Homens da Luta para o Festival da Eurovisão e depois esta mega manifestação...
O país está acordar e não vamos deixar que nos continuem a pisar e a maltratar. Já existem promessas de novas manifestações. Por isso, cuidem-se governantes...

quinta-feira, 3 de março de 2011

Just Another Ordinary Day



Hoje foi mais um dia ordinário em Coimbra.
Um dia entre muitos dias da vida e que foi passado a passear pela cidade, a conversar, a trocar ideias, pontos de vista.
Também a fotografar, a observar pessoas, estilos, comportamentos, e energias(?)...
Basicamente, foi viver!
Tudo isto podemos fazer numa dia qualquer e ordinário da nossa vida, mas dependendo de como o vemos e vivemos, ele pode até se transformar num dia extraordinário.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Fim de Semana na Neve


A fabulosa aventura do fim de semana na neve começou por volta das 15h na sexta-feira, quando o pessoal me veio buscar a Coimbra, para partirmos rumo à nossa querida Serra da Estrela. Foi assim o inicio de um belo fim-de-semana, cheio de boa disposição, companheirismo e de diversão.
Pernoitámos na bela residência "Cabeça da Velha" em Catraia de São Romão (Seia), onde tinhamos uma lareira preciosa e a bela da garrafa de whisky de 12 anos, à nossa espera. Mas o que veio depois foi ainda melhor, não foi pessoal...?
Jogos de entretenimento, comida à boa maneira portuguesa, bebida para aquecer o corpo e boa disposição com muita conversa à mistura, foi o que não faltou ao longo dos 3 dias... Ah...e não esquecer as dores do corpo...
Apesar de pouca neve, a experiência de esquiar e fazer snowboard foi fantástica. Ficámos todos fãs e super entusiasmados para futuros planos na neve. Foi uma risada pegada com as nossas inúmeras quedas na neve mas foi extraordinário. Eu descobri que até tenho jeito para a coisa e o pior é que gostei.
No último dia, com o sol a irradiar o nosso dia, nada melhor que um passeio pela Serra e suas redondezas. Visitámos Manteigas, que se aninha ao fundo do vale glaciar e que humaniza e embelza toda aquela paisagem. Tivémos ainda direito a um piquenique ao sol com vista priveligiada para esta pequena e linda vila. Que paisagem soberba! Continuámos o passeio, com paragem pelo mondeguinho e também pelo poço do inferno. Ou seja, paragens obrigatórias da região.
O regresso foi por Gouveia, Magualde e jantar em Viseu.
Foi um fim-de-semana extraordinário com pessoas espectaculares e que serviu para revitalizar a mente e o corpo. Aguardo ansiosamente a próxima aventura...
E fica assim, contada mais uma página de felicidade no livro, que segundo o Nuno, se chama vida.
Obrigada a todos

domingo, 30 de janeiro de 2011

A Mudança


Chegou finalmente o dia da mudança e cá estou eu, já a trabalhar no novo Hospital Pediátrico de Coimbra. A 1ª noite do hospital e calhou-me a mim. Confesso, que a ansiedade, de ver o hospital a funcionar, já era alguma apesar de toda a nostalgia que já estava a sentir pelo velho hospital. Mas o caminho é em frente e mais nada... por isso toca andar para a frente.
Para já é tudo muito diferente. Sentimo-nos umas estranhas num sitio que não conhecemos e que não é nosso (para já!). Mas as pessoas são as mesmas e quando nos cruzamos, uns com os outros, confidenciamos as nossas preocupações e a nossa opinião acerca de tudo.
É tudo muito grande e espaçoso! O cheiro a novo está por todo lado. Estávamos habituados a um espaço pequeno e apertado. O cheiro já nem se fala!! Sim é verdade, já merecíamos TODOS este novo edificio. E finalmente chegou o dia tão desejado.
Agora, desejo boa sorte e bom trabalho a todos. E espero que consigámos manter o bom nome da instituição e que continuemos a fazer o bom trabalho que temos feito até aqui.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Contagem decrescente para a mudança


Hoje é a minha última noite no velho HP e já sinto uma nostalgia e saudade deste velho e histórico edificio. Já lá vão 9 anos a trabalhar neste local, com muitas experiências e histórias para contar. Vivi momentos de aprendizagem, de alegria, de convívio, e outros de grande mágoa e tristeza.
A mudança será daqui a 3 dias e o meu 1º primeiro turno no novo hospital será novamente noite. Como será? Afinal vai ser tudo diferente: novo edificio, novos equipamentos, novo espaço, etc... tudo diferente. Eu até sou apologista da mudança e de tudo o que é novidade, no entanto, estou um pouco renitente a esta mudança. Não sei porquê...

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Noite de Teatro



Na Oficina Municipal do Teatro está a decorrer a peça Noite de Reis de William Shakespeare, até dia 29 de Janeiro e aconselho vivamente todos a irem ver. Pois eu fui e gostei muito.
Trata-se de um espectáculo delirante e muito divertido, quer pelo texto quer pelo espírito dos actores. Ao longo da peça persiste uma ironia e um sarcasmo inteligente, com uma crítica à nossa sociedade cultural, que faz com que obras como “Noite de reis” tenham que usar nove actores para várias personagens em simultâneo, pois os actores experimentam todos os papéis, todas as personagens, tudo ao mesmo tempo. A certa altura na peça há uma confusão de papéis, de actores e de personagens. Hilariante!
É musicalmente também interessante, com músicas e cantorias bem animadas.
Digamos que toda a peça é muito animada, que vale a pena ver!