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quarta-feira, 15 de abril de 2020

COVID-19 - Viver em tempos de pandemia

Covid-19, a impressão digital do novo coronavírus

Já lá vai mais de um mês que o mundo ficou abalado com o surgimento de um vírus letal e altamente contagioso entre os humanos e que todos desconhecem, chamado Coronavirus ou COVID-19.

De repente, o nosso mundo transformou-se e parece que estamos a viver um filme de ficção cientifica. O inconcebível está de facto a acontecer e não sabemos como nem quando vai terminar.

É decretado o Estado de Emergência e é exigido a todos o isolamento social e a quarentena.

Tudo fechado, escolas, lojas, centros comerciais, empresas, tudo excepto hospitais e supermercados.

A cidade está vazia. Poucos carros a circular. Poucas pessoas na rua...Mas nem tudo é mau neste cenário apocalíptico, ouvem-se aqui e ali os passarinhos a cantar e os níveis de poluição pelo mundo inteiro baixaram.

O trabalho para mim mantém-se, pois nós profissionais de saúde temos a obrigação de aliviar os efeitos do vírus no Homem, no meu caso nas crianças. O dia-a-dia no trabalho revela-se assustador pois trabalhamos de frente a frente com um inimigo invisível. Mas esse medo torna-se o nosso maior aliado nesta luta, impedindo-nos de baixar a guarda.
Os dias de folga, esses são passados em casa, em isolamento. Por vezes é necessário ir à rua, o que é um alívio, mas igualmente assustador, e o ir à rua resume-se em ir às compras.

A parte difícil de tudo isto é o afastamento da nossa querida família. O que mais quero é matar as saudades e abraçar/beijar a minha família.

Também sinto falta dos amigos e dos momentos de convívio.
Ansiosa para voltar à normalidade, o mais provável é que esse regresso à “normalidade”, se é que isso existe, há de ser gradual, meio-a-medo, com reservas e cautelas.

São momentos de crise como este que, pessoalmente, me levam a ser confrontada com uma concepção existencialista da vida. E questiono-me:
Será que podemos tirar alguma conclusão disto tudo? Será que depois desta pandemia vale a pena repensarmos nalguns hábitos nossos?

Durante este tempo reflecti e vou propor-me a um desafio: quando tudo isto passar, quando acalmar a pandemia e pudermos regressar à nossa vida mais ou menos normal, vou apostar em conhecer melhor o nosso país e incentivar a economia local.