Pesquisar neste blogue

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Serra da Freita

Mais uma caminhada a descobrir Portugal. Desta vez rumei em direcção a Arouca para conhecer a imponente Serra da Freita. Foi um fim-de-semana inteiro a caminhar mas sempre acompanhada de boa disposição e de boa gente.

No 1º dia, fizemos um percurso de cerca 8 km que demorámos 5 horas a percorrer. Foi um passeio cansativo mas ao mesmo tempo desafiante.
Partimos do parque de campismo do Merujal e fomos caminhando pela serra.

O caminho por vezes ficava um pouco mais periclitante mas superável. A paisagem era notável e pelo caminho ainda nos deparamos com uma pequena cascata onde fizemos uma breve pausa à sombra pois o sol era intenso.

Seguimos caminho até à aldeia da Ribeira onde fizemos a pausa de almoço.
De seguida, prosseguimos rumo à aldeia da Mizarela cujo principal atractivo é a Freixa da Mizarela - uma das maiores quedas de água da Europa, com cerca de 70 metros de altura. É realmente uma beleza rara!

Terminado o percurso regressámos ao Merujal e fomos de carro até o Radar Meteorológico que possui uma vista panorâmica que vala a pena. Contudo não conseguimos visualizar grande coisa devido à neblina que teimava em obnubilar a vista! Ouvimos no entanto, uma breve explicação do técnico sobre o funcionamento do radar e algumas particularidades da região que foi interessante!
De seguida, demos um salto rápido aos famosos passadiços sobre o rio Paiva, que foram a atracção deste verão, contudo, infelizmente, não resistiram ao incêndio que houve e que os destruiu parcialmente. Quisemos no entanto, marcar a nossa presença, nem que fosse por um curto período. Fica para uma próxima!

No 2º dia a distância já foi mais longa. Foram 15 longos km sempre a caminhar pelo planalto da Serra da Freita.
Saimos do parque de campismo do Merujal, como no dia anterior, seguindo o percurso da PR 15 que nos leva até à Albergaria da Serra.

Pelo caminho passamos pelas Pedras Boroas do Junqueiro, que são 2 blocos graníticos que se apresentam deslocados do corpo residual e que apresentam fissuras semelhantes a uma broa. Trata-se portanto de um sitio com interesse geológico.

Fomos seguindo o carreiro paralelo às margens do rio Caima até ao Vidoeiro onde prediminam as bétulas. Caminho que se faz pelo planalto da serra e que possui vistas fantásticas!

Paragem obrigatório para almoço junto a um pequeno ribeiro. Aqui as sombras são escassas, mas o som da água a correr ajuda a suportar o sol escaldante. Fomos seguindo a rota até à aldeia da Castanheira onde se podem ver as pedras parideiras, que resultam de um fenómeno de granitização raro.

Novamente breve pausa para descanso pois de seguida tivemos que trilhar por uma subida íngreme pela encosta e que nos conduziu até à aldeia dos Cabaços. Daí regressámos novamente ao Merujal para a pausa final.
Foi um fim-de-semana cansativo mas no final fica uma sensação de bem-estar inexplicável.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Sintra

Ao longo deste ano Portugal tem sido eleito várias vezes como melhor destino de férias. Chegadas mais umas férias, optei novamente por conhecer melhor este pequeno país que possui uma tão grande variedade de paisagens que fez dele o país do mundo com mais diversidade em menos espaço.
O local escolhido desta vez foi Sintra, a pequena vila reconhecida como Património da Humanidade pela UNESCO e ao visitá-la percebi porquê.

Cheguei a Sintra de comboio pela manhã, com o sol radiante num imenso céu azul e com uma temperatura super agradável. Resolvi percorrer a vila toda a pé. Comecei pelo Palácio Nacional, que outrora abrigou a Família Real Portuguesa até o fim da monarquia, em 1910.

O palácio é muito grande e pode tornar-se um pouco labiríntico, mas vale a pena visitá-lo. O seu interior é belíssimo, no entanto, o que mais chama atenção é a cozinha.

No fim da visita já era hora de almoçar, acabei por me sentar ao sol a comer uma sandes. Após o almoço, segui para a Quinta da Regaleira, um dos locais mais excepcionais de Sintra.

Ao percorrê-la parece que entramos num sub-mundo cheio de mistério e magia. Comecei a visita por entranhar-me no interior dos jardins onde a cada momento fui surpreendida com lagos, fontes, torres, terraços, grutas, passagens secretas e muitos elementos simbólicos. Varias vezes nos deparamos com seres e animais estranhos que povoam os nossos sonhos e pesadelos, tornando-se por vezes a visita um pouco arrepiante.

A certa altura do percurso surge um aglomerado de pedras que esconde uma disfarçada porta de pedra que nos transporta para um dos locais mais impressionantes da quinta - o fantástico poço iniciático que, como se fosse uma torre invertida, nos leva ao interior da terra. São 9 patamares circulares que aludem aos 9 círculos do Inferno, às 9 secções do Purgatório e aos 9 céus do Paraíso, que Dante consagrou na Divina Comédia.

Acredita-se que este local tenha sido usado em rituais de iniciação à Maçonaria (daí o seu nome iniciático).
Depois da visita aos jardins fui ainda visitar o palácio exuberante, que era a residência de veraneio da família Carvalho Monteiro.

A visita à Quinta foi sem duvida uma experiência surpreendente e enigmática que valeu muito a pena.
De regresso à vila, agora era tempo de relaxar. No regresso ao hostel deparei-me com uma cara familiar e que já não via há algum tempo e, como eu não acredito em coincidências, acabamos o dia, num café muito agradável, a conversar e a matar saudades.

2º dia em Sintra e adivinhava-se mais um dia de sol e de calor. Hoje é dia de subir a serra e visitar o Palácio da Pena. Optei por ir de autocarro até lá, pois a subida é muito longa e a descida faria-a a pé.
Hoje será mais um dia de encantamento, pois logo ao chegar aos pés do Palácio fica-se logo encantado! É sem dúvida um dos palácios mais lindos e diferentes que já visitei. As suas cores e adornos tornam-no único! A primeira vontade ao chegar à sua beira é sentar num dos bancos à sua frente e ficar admirar cada detalhe. E assim fiz!

Depois lá entrei fascinada com todos os pormenores, confusa para onde deveria dirigir o olhar pois tudo é admirável. Para além de todos os pormenores do palácio a vista em redor também é igualmente bela, de onde se avista o mar, Lisboa e o rio Tejo. Fabuloso!
A visita ao interior revelou-se também muito interessante, onde facilmente podemos perceber a vida que se levava no seu interior.
Depois de visitar o palácio fui passear pelo Parque da Pena, que é igualmente notável, pois todo o ambiente natural possui uma beleza rara. Fui deambulando pelos caminhos sugeridos pelo mapa, desfrutando da paisagem e do sossego do local. O momento alto para mim, foi subir ao Alto de Santa Catarina, que era o miradouro preferido da rainha D. Amélia, com um trono talhado na rocha e que possui uma vista privilegiada sobre o palácio.

Horas depois, terminada a visita decidi regressar ao centro histórico a pé, junto à muralha do Castelo dos Mouros. Que caminhada! Chegada ao destino final, nada como ir recarregar as baterias com uns travesseiros de Sintra na afamada pastelaria "Piriquita". Uma verdadeira delicia!
E assim terminou a visita a esta vila pitoresca que parece que está inserida num conto de fadas. Foi sem duvida uma experiência inesquecível!
No entanto, a visita à região ainda não terminara, pois decidi ir de autocarro até Cascais. O sol e o calor eram tão intensos que assim que cheguei a esta vila de pescadores e vi o mar a minha vontade era ir dar um mergulho naquele mar tão apetitoso, no entanto, fica para uma próxima.

Passeei pela vila e visitei algumas das suas praias. Gostei muito desta vila que se revelou bastante charmosa.

Voltei a Sintra de autocarro, para apanhar o comboio até Lisboa e parei em Queluz para fazer uma ultima visita cultural - Palácio Nacional de Queluz. Um palácio de grande dimensão em estilo rococó e que foi residência de veraneio preferida da família real na 2ª metade do séc. XVIII e que é verdadeiramente notável pela sua sumptuosidade e elegância. Dei ainda um breve passeio pelos jardins que tem uma ligeira semelhança com os jardins de Versailles e que gostei muito e recomendo.

 






Terminaram assim mais umas férias que foram muito agradáveis, passadas a descobrir a beleza que o nosso país tem para oferecer e por isso é sempre muito interessante e valoroso.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Grutas do Casmilo-Vale das Buracas

Não há nada melhor que fugir da urbe e ir ao encontro da natureza para despertar os nossos sentidos.
Desta vez, agarrei em mim, na máquina fotográfica, numa garrafa de água, e lá fui eu equipada para fazer uma pequena caminhada.
A poucos quilómetros de Condeixa existem as Buracas do Casmilo que se situam na aldeia do Casmilo. Uma pequena aldeia serrana esquecida, como tantas outras neste Portugal, onde o fosso entre o urbano e o rural é cada vez maior.
Com inicio na aldeia serrana, a caminhada demora cerca de 15 minutos, por um caminho de terra batida.

O caminho vai dar então ao Vale das Buracas, que é um vale ladeado por altas montanhas rochosas, nas quais existem cavidades de diferentes tamanhos, designadas por Buracas.
Estas têm dimensões variáveis não passando despercebidas. Este vale encantador possui a maior concentração de buracas do país.

Permaneci um bom bocado no vale, a desfrutar e apreciar o silêncio e o sossego do local, assim como a paisagem, que é verdadeiramente acolhedora e encantadora.
Este contacto directo com a natureza provoca-me uma sensação de bem-estar assim como, uma sensação de equilibrio e liberdade. Ideal para recarregar as energias para conseguirmos lidar com a rotina, o ruido e o stress do dia-a-dia. 

quarta-feira, 27 de maio de 2015

De carro pela Suíça



Uma visita em família ao país dos chocolates e da Heidi...Optamos por percorrer o país de carro, dando-nos mais liberdade para parar onde nos apetecesse. As estradas estão muito bem cuidadas e sinalizadas, o que tornou a viagem bastante fácil e segura. 


Iniciámos a viagem em Genebra, onde estivemos reunidos com toda a família emigrante. 

Genebra é uma cidade bonita, organizada e cosmopolita. Aqui encontram-se várias sedes de organizações mundiais como a ONU europeia, a OMS e a Cruz Vermelha, conferindo-lhe importância diplomática.  
Possui avenidas largas e organizadas, mas o que torna a cidade encantadora é o Lago Léman com o seu famoso jacto de água. 

Saímos de Genebra e seguimos sempre pela marginal do lago até Lausanne. Uma viagem que vale a pena, pois ao longo de todo o caminho, o lago imenso acompanha-nos com paisagens magnificas de um lado e do outro vastas áreas de exuberantes vinhedos, tornando a paisagem diferente do resto da Suíça. 
A caminho de Montreux, passamos por uma pequena localidade - Vevey, conhecida pela cidade onde morou Charlie Chaplin e por ser a sede mundial da Nestlé. O centro revelou-se bastante charmoso com lojinhas e restaurantes. Mas o que salta à vista é o passeio à beira do lago. 


Seguimos para Montreux e visitámos o Castelo Chillon localizado sobre uma rocha na margem do Lago.

A dormida foi numa pequena cidade a caminho de Berna - Friburgo. 

No dia seguinte partimos para Berna, a capital da Suíça. Declarada como Património Mundial da UNESCO esta cidade tem uma zona antiga engraçada com uma atmosfera medieval.
Andámos a percorrer as ruas do centro histórico e apreciar a arquitectura dos prédios, as fontes e o famoso relógio. Não é muito grande e é possível visitá-la toda a pé numa numa tarde.


Saímos da capital e ao seguirmos para Zurique passamos por Interlaken. Aqui os cenários são impressionantes, com montanhas gigantescas banhadas por lagos imensos. Aqui e ali vimos casinhas de madeira impecavelmente conservadas e floridas. 
Nestas cadeias montanhosas gigantescas fica o Jungfrau, considerado o "Topo da Europa" (4158m). Apesar de ser final de Maio a neve no topo ainda é bastante visível, tornando o cenário idílico. 
Ao longo de todo o caminho, não conseguimos desviar os olhos da janela, embevecidos com a magnifica paisagem...

Chegámos a Zurique que é a maior cidade suíça. Ficámos alojados no Hotel Ibis, que fica nos arredores da cidade. Mas como seria de esperar, aqui os transportes públicos funcionam, por isso, apanhamos facilmente o autocarro para o centro da cidade.
Saímos numa estação central e dali percorremos a pé toda a cidade. Zurique revelou-se uma cidade jovem e dinâmica, cheio de cafés e esplanadas. 
Possui também um lago - Lago Zurique que é imenso e que se situa numa das pontas da cidade.

Seguimos direcção para sul e passámos por Lucerna, mas não visitámos a cidade. Fizemos apenas uma paragem rápida à beira do lago.

A caminho ficamos alojados no Hotel Gerig, um hotel familiar muito charmoso, localizado na montanha, já no Passo de São Gotardo a 2106m de altitude. Esta passagem liga a suíça alemã à suíça italiana. 

Por aqui a paisagem é bastante árida e fria, com muita neve, mas com paisagens indescritíveis!! De km a km era obrigatório parar para apreciar as belas paisagens. 

Seguimos para Lugano que já faz parte da suíça italiana, pois aqui a língua falada e lida nas ruas é italiano. É uma bela cidade, que também tem um lago enorme no centro, cercada de todos os lados por montanhas altíssimas!.
Visitámos o seu centro que tem lojas de marcas caríssimas!! Já a arquitectura é bem diferente da que encontrámos em Berna e em Zurique.

Ao sair de Lugano, fizemos um pequeno desvio para Locarno e visitámos uma ponta do Lago Maggiore do lado suíço. 


Continuámos viagem e cruzámos a fronteira Suiça-Itália para cortar caminho. 


Passámos por Sion e Martigny. Estas cidades situam-se num vale bastante ensolarado e por isso são conhecidas pela sua produção agrícola, nomeadamente de vinho e fruta. A paisagem aqui é também fabulosa, pois avista-se o Mont Blanc, tornando tudo muito pequenino!! 


Aí ficámos alojados numa pequena localidade chamada Orsières, numa casa de bed&breakfast, perto do Passo de Sao Bernardo. Este passo situa-se a 2469m de altitude, perto da fronteira França-Itália. Esta região é também conhecida pelo cão São Bernardo pois foi aqui que foram criados pelos monges, inicialmente como cães de guarda e, em seguida, como cães de busca em caso de avalanches.
Regressámos a Genebra, sempre pela marginal do Lago Léman e obrigatoriamente cruzámos a fronteira Suíça-França até Genebra. 


A Suíça é sem duvida um dos países mais belos da Europa. E p
ercorrer este país de carro é um deslumbre, pois por todo lado vimos paisagens magnificas, de tirar a respiração!

A água dos lagos – entre o azul e o verde, misturado com o verde e o branco das montanhas, é sensacional!!! A Natureza invade todos os nossos sentidos, pois tudo é naturalmente encantador!!

Do tempo que lá estive, a Suíça pareceu-me ser um excelente sitio para viver…o
s transportes públicos funcionam, as pessoas são educadas, tem locais bonitos para visitar…Não há grandes monumentos para ver mas vive-se um espírito de quase aldeia nas cidades e isso torna-se interessante. 

No entanto, a Suiça é um dos países mais ricos do mundo, e por isso um dos mais caros. 

O alojamento e a alimentação poderão tornar-se muito caros. Quem não quer gastar muito dinheiro, pode optar por dormir em hotéis mais baratos como a cadeia Ibis. Outra opção é comer nos supermercados, pois os preços são mais amigáveis.

É sem duvida um país a voltar!!

sábado, 16 de maio de 2015

Momento Cultural


No âmbito das comemorações do Dia Internacional dos Museus, a entrada na Casa Museu Bissaya Barreto é gratuita e por isso resolvi aproveitar para visitá-la. 



Esta casa foi outrora a residência do Prof. Doutor Bissaya Barreto, ilustre Médico-Cirurgião, Professor da Faculdade de Medicina de Coimbra e responsável pela criação de uma grande obra social no centro do país.

Na Casa-Museu podemos apreciar a própria beleza arquitectónica exterior do edifício, tipicamente português de D. João V, assim como a beleza das salas interiores.

Dentro da casa encontramos varias peças reunidas por Bissaya Barreto ao longo de 50 anos. Existem colecções de azulejos portugueses, porcelanas da Companhia das Índias e pintura contemporânea portuguesa. Assinam obras do naturalismo português pintores tão reputados como José Malhôa, Fausto Gonçalves, Souza Pinto, Fausto Sampaio, Simão de Veiga, João Reis, entre outros. 




No exterior o jardim afigura-se como um pequeno refugio com um espaço cénico, ornamentado por várias esculturas e os muros forrados com azulejo.














domingo, 3 de maio de 2015

Gerês na Primavera

Chegaram mais umas férias e chegou a vez de visitar um dos locais mais bonitos de Portugal. Trata-se do Parque Nacional da Peneda-Gerês que foi criado em 1971 e é a área protegida mais antiga de Portugal.
Em 2010 foi classificada como uma das 7 maravilhas naturais de Portugal. Então, para quê mais motivos para planear uma escapadela a este local.

Com o intuito de conhecer esta canto singular de Portugal fiz-me à estrada e resolvi realizar algumas caminhadas pelo Parque.

O alojamento foi nas Caldas do Gerês no Hotel Baltazar, cujo negócio familiar, revelou-se muito aconchegante e genuíno.

O  1º dia de caminhada foi percorrer o Trilho da Cidade de Calcedónia. O dia não nasceu ideal para caminhar, com o céu nublado e a chuva incessante...A vontade retraiu-se um pouco mas não cedi, então de mochila e impermeável às costas lá fomos nós.
A caminhada iniciou-se em Covide, passando pela Geira, a via romana que ligava Bracara Augusta (Braga) a Asturica Augusta (Astorga). Começámos ascensão do trilho.
A subida tem um declive acentuado e o terreno revelou-se acidentado e a chuva não ajudava. Mas quando parávamos para contemplar a paisagem o que sobressaía eram as cores, o roxo e o amarelo, das urzes e da flor de carqueja. Fabuloso!!!

Chegados ao maciço granítico contornamos pela direita e fomos ter à Fenda da Calcedónia, com os seus imponentes blocos graníticos. A chuva não parava e por isso não pudemos entrara na fenda, pois seria um pouco imprudente.

Ficámos um pouco a contemplar o local mas depois seguimos a nossa caminhada. Um pouco mais à frente, encontramos uma pequena gruta onde nos abrigámos e aproveitamos para comer. Deu para retemperar as forças para prosseguir. A paisagem do caminho de regresso pelo Tonel revelou-se também extraordinário apesar da chuva intensa!
Chegámos ao fim completamente ensopados mas com a sensação de dever cumprido! Conseguimos!!

No 2º dia apesar da pequena neblina e da chuva quase imperceptível ao olhar, o dia tornou-se idílico para caminhada, com uma pitada de sol. Percorremos assim o Trilho do Vale de Teixeira.
A caminhada iniciou-se no miradouro da Pedra Bela, passando pela mata da Pedra Bela, onde o chilrear da passarada sobressaía ao longo do caminho, uma verdadeira sinfonia natural. É impressionante a diversidade de habitats deste lugar!
Passámos pela Cascata do Arado, que imponentemente debitava as suas águas. De seguida, empinámos escadas acima em direcção ao Curral da Giesteira, mais um paraíso bucólico no meio da agrura granítica que caracteriza esta zona da Serra do Gerês.
Pouco mais à frente estávamos no Vale de Teixeira e no Curral de Teixeira que foi o local eleito para o repasto do dia.
Quando reiniciámos a caminhada deparamo-nos com meia-dúzia de Garranos selvagens que descansavam e pouco se importaram com a nossa presença.

Atravessámos o rio com alguma dificuldade pois o caudal era grande mas lá conseguimos e começámos a subir. Do promontório granítico a vista sobre o vale é indescritível!! Ao olharmos para o Vale de Teixeira vê-se uma das paisagens mais singulares da Serra, com o rio no fundo do vale, onde é possível constatar que tudo está harmoniosamente encaixado.

Prosseguimos em direcção ao Curral da Lomba do Vidoeiro, zona pejada de mariolas que outrora servia de orientação e depois em direcção ao Curral da Carvalha das Éguas.
Terminámos na Pedra Bela e aproveitámos e fomos espreitar o miradouro e comprovar que a paisagem é mesmo bela!!

No 3º dia a chuva era tanta que acabámos por desistir da caminhada e fizemos um pouco de turismo de carro.
Visitámos a Portela do Homem, a Mata de Albergaria, a estrada da Geira, a Barragem de Vilarinho das Furnas, as Cascatas de Tahiti que estava com numa fúria demoníaca!

Terminámos na Aldeia Ermida a almoçar na Casa do Pasto.

Foram 3 dias de esforço mas valeram bem a pena pelo prazer das paisagens. É um local que merece todo o nosso respeito pelas suas características. É um santuário da Natureza em Portugal e um local único no nosso país. Um local a preservar tanto pelo seu valor natural como pelo respeito para todos aqueles que um dia procuraram lá ganhar a sua vida e certificar o seu futuro.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Um pequeno esconderijo

Numa das minhas deambulações pela cidade, enquanto passeava à beira rio com o sol acompanhar-me descobri acidentalmente um pequeno refugio escondido, muito agradável e afastado de olhares indiscretos.
Trata-se de uma pequena esplanada sobre o rio, inserido no Museu da Água de Coimbra e que é o sítio idílico para estar tranquilamente a ler um livro ou simplesmente contemplar a beleza do rio Mondego.


sábado, 11 de abril de 2015

Feira de Artesanato Urbano





A Câmara Municipal de Coimbra tem vindo a organizar a Feira de Artesanato Urbano no intuito de promover e valorizar produtos artesanais. Tem também como objectivo aumentar a afluência de pessoas ao coração da cidade - Baixa de Coimbra.

Aqui participam centenas de pessoas que apresentem variados produtos nas mais diversas áreas de produção artesanal. Alguns já profissionais nestas andanças e outros apenas amadores. E assim, a Coxiquices decidiu participar neste evento para divulgarmos o nosso artesanato. 





































domingo, 22 de março de 2015

Férias por aí

O nosso país é belo e por vezes esqueço-me desse facto. Tirando as politiquices e afins temos um país lindo com belas paisagens, um tempo fabuloso, uma gente simpática e uma comida inigualável!...Coisas que se conseguem apreciar melhor quando chega a Primavera, por isso nada melhor que dar um passeio para conhecer melhor o nosso país. E assim foram estas férias, desta vez sem andar de avião, apenas a passear por Portugal.

A 1ª paragem foi em Unhais da Serra, Serra da Estrela. É maravilhoso apreciar o verde que circunda a Serra, tornando-a tão calma e relaxante!

A estadia foi no Hotel H20 que recomendo vivamente, pois há todo um ambiente tranquilo e revigorante que nos ajuda a recarregar as baterias.

No caminho de regresso a casa fizemos um desvio até Vila Velha de Ródão, pequena vila nos confins da Beira Baixa, onde o Tejo delineia as fronteiras de Portugal e Espanha. Uma paisagem de cortar a respiração!

Já que chegou a Primavera e estou de férias, porque não dar um passeio também por Lisboa?
1º dia reencontro à noite com amigos de longa data e saída à noite ao Bairro Alto.
2º dia almoço no Mercado de Campo de Ourique, que recentemente ganhou novos ares e possui um espaço inovador com as tradicionais bancas de frutas e legumes, peixe, talhos e novas tasquinhas, todas com um toque gourmet. 

Aproveitámos e visitamos o Bairro e suas proximidades o que inclui uma visita à Basilica da Estrela e ao Jardim da Estrela. 
Em seguida, paragem obrigatória na "fábrica de experiências" que possui uma atmosfera totalmente original e descontraída - Lx Factory. 

O 3º dia foi dedicado à história e por isso fizemos uma Visita ao Palácio da Ajuda.

O Museu do Palácio engloba 2 pisos distintos de apartamentos privados e salas nobres esplendorosas, juntamente com um espólio de artefactos que ajudam a perceber um pouco a vida da família real portuguesa. A visita está bem organizada e tem explicações elucidativas. A vista para o Tejo e soberba! É sem duvida um local digno de ser visitado.



Terminaram assim as férias mas com a sensação de que há muito mais para descobrir e desfrutar num país que não acaba de surpreender!

sábado, 7 de março de 2015

"Mil Vezes Boa Noite"



Já há muito tempo que não via um filme que me marcasse e me abalasse tanto. Gosto quando isso acontece. "Mil vezes boa noite" retrata um drama familiar mas também faz questionar-nos acerca do nosso papel neste mundo e sociedade em que estamos inseridos.
A protagonista é uma das melhores fotógrafas de guerra em actividade e enfrenta um turbilhão de emoções tendo que escolher entre a família e o trabalho que ela gosta tanto.

Este filme faz-nos questionar qual o nosso papel neste mundo que consegue ser ao mesmo tempo tão belo e por vezes tão desumano e vil. Enquanto nos encontramos no conforto do nosso lar, na nossa bolha, o Mundo lá fora é devastado por conflitos e desumanidades cometidas sob o olhar de todos. Mas será que nos preocupamos realmente com o que se passa? Será que o nosso individualismo deverá prevalecer sobre esta problemática? Foram estas questões que me vieram à cabeça e que me fizeram pensar.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Se estou só quero não estar



Se estou só, quero não estar,
Se não estou, quero estar só,
Enfim, quero sempre estar
Da maneira que não estou.

Ser feliz é ser aquele.
E aquele não é feliz,
Porque pensa dentro dele
E não dentro do que eu quis.

A gente faz o que quer
Daquilo que não é nada,
Mas falha se o não fizer,
Fica perdido na estrada


(Fernando Pessoa)

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Destino



Cada um cumpre o destino que lhe cumpre,
E deseja o destino que deseja;
Nem sempre cumpre o que deseja,
Nem deseja o que cumpre.


Fernando Pessoa