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sábado, 12 de julho de 2008

Ver para Contar

Hoje, já recuperada mas com uma dor aguda e lacerante nos gémeos, recordo o Opitmus Alive e com uma satisfação enorme, por poder contar como correu esta primeira noite daquele fantástico festival.
Chegámos cedo ao festival, mesmo a tempo da abertura das portas, sob aquele calor infernal! Nós e mais 40 mil! Finalmente entrámos por volta das 17:30 e fomos reconhecer o território e os melhores spots! Já agora aproveitar para observar as vistas!! Assistimos aos Spiritualized mas não muito convencidas, pois o que queríamos mesmo ver eram os The National. Jantámos qualquer coisa, tipo hambúrguer (aquilo era tudo menos um hambúrguer!) Ancorámos junto à grade, que separa o público e o palco, e guardámos afincadamente aquele lugar cativo como nosso. Lá começaram os nossos meninos. Para quem ainda não tinha assistido a nenhuma actuação, achámos que tinha sido fantástico e único. Cantámos (ou melhor, gritámos) todas as músicas que conhecíamos. De seguida, Gogol Bordello... Estava especialmente expectante em relação a estes e sem sombra de dúvida que superaram, e muito, as minhas expectativas. Pois esta dor de pernas devo-a a eles. Absolutamente inesquecíveis com uma energia contagiante. Fizeram a festa dentro da festa.

De seguida, vieram os The Hives que também foram uma surpresa super agradável. Pois estes 5 rapazes suecos, todos vestidos de fatinho preto, comandados por uma caricata personagem, dominaram o palco durante todo o concerto, sempre com uma euforia e pose inigualável. Se a actuação de uma banda se medisse pela quantidade de suor nas camisas dos músicos, então os The Hives tinham dado o melhor concerto da noite.


Assim que terminaram, a multidão convergiu para a frente do palco, exibindo t-shirts com estrelas vermelhas, com Che Guevara, com palavras de ordem e, enfim, com referências aos mais aguardados da noite: Rage Against The Machine. Digamos que dos 40 mil espectadores, 39 mil estavam ali para ver esta mítica banda. Assim que eles começaram a actuar fomos completamente expulsas de cena pelos "eufóricos" fãs, pois era só moch! Apesar de não ser uma das minhas bandas de eleição não posso deixar de dizer que foi interessante assistir ao concerto. Parecia a Festa do Avante, pois a ideia que ressaltava à vista era o comunismo.


Enfim, uma noite inesquecível, ou seja, era imperativo ver para contar!!

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